
“Uma das candidatas [ao concurso da Magistratura] aptas a realizar a segunda etapa entrou em trabalho de parto durante o período de aplicação das provas e deu à luz a uma menina na tarde deste domingo (16/07/2023). A candidata Júnea Fábia Cardoso chegou a realizar a prova discursiva no local de aplicação no sábado, no entanto, ao entrar em trabalho de parto durante a madrugada de domingo, notificou a organização do concurso. (…) Júnea deu à luz a filha pouco antes das 14h e iniciou a prova de sentença logo após receber autorização médica e afirmar à comissão executiva do concurso, de forma tácita, que estava apta a iniciar a avaliação. Conforme previsto no edital, ela poderá fazer pausas para amamentar a filha.” (
Ou seja, uma candidata dá à luz seu bebê durante a realização das provas para a Magistratura e acredita ser justo que sua atenção esteja focada no concurso público e não das condições da criança que recém chegou ao mundo, seu bebê, que vai demandar 100% do seu cuidado e atenção. Não estará nossa busca (justa) por equidade – em especial no trabalho – cruzando uma linha perigosa? Não será temerário para a própria humanidade que as mulheres valorizem sua colocação no mercado de trabalho às custas da ancestral (e vital!!) dedicação materna aos recém-nascidos? Se não… o que precisa ocorrer para que essa linha seja cruzada?