Arquivo do mês: maio 2016

Mais do golpe

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Aqueles que ainda resistem e apoiam a legalidade do governo golpista de Temer serão reconhecidos, dentro de alguns poucos anos, como os mesmos que acreditaram nas boas intenções de Stálin, nas ideias liberais de Bush ou nos valores morais do golpe de 64. As palavras de desprezo pela democracia – duramente construída – serão varridas para o lixo da história, e isso virá mais cedo do que pensam. O fim da CGU, da LavaJato, a anistia para Aécio e o provável perdão negociado de Cunha mostrarão a tolice imensa de quem acreditou no “combate à corrupção”. Para os “libertários”, que para mim são as formigas que desejariam ser tigres e destruir a todos em nome do que chamam “liberdade”, restará apenas a raiva pela traição dos que agora usurpam o poder.

Mas quando a desilusão chegar, e os mesmos que agora festejam perceberem que a casa está caindo, a resposta que os golpistas darão eu já antecipo desde agora:

O que? Está bravo? Mas não fiz promessa alguma, não fui votado, não tenho compromisso algum com vocês. O que esperavam? Fidelidade ao meu programa, às minhas “promessas de campanha”? Que campanha, que eleição? Eu não cheguei aqui pelo voto, seu tolo!! Eu me tornei presidente com 1% de intenção de votos. Sou provavelmente o presidente mais rejeitado do mundo!! Portanto, chega de mimimi e nos assistam fazer o governo que NOS interessa. Ah, e obrigado pelas paneladas, seus trouxas“.

O GOLPE contra a democracia foi político, jurídico e MIDIÁTICO. Teve a participação MACIÇA da MÍDIA fazendo uma fantástica propaganda contra Dilma e o PT exatamente porque eles se contrapunham aos LADRÕES famintos da política nacional. E vocês da DIREITA caíram como PATOS – aliás, o símbolo da FIESP era para vocês – porque o GOLPE recolocou os donos em seus devidos lugares. Agora não se investiga mais nada, PF está amordaçada, o juiz Moro pede a “comunhão nacional e o desarmamento dos espíritos”, Aécio está livre das acusações, Cunha será perdoado, e as raposas tem a chave do galinheiro.

Acabou tudo seu tolos. Uma burrice lesa pátria, liderada por vendilhões pagos por multinacionais, como Kim, um presidente informante dos Estados Unidos, e composta por personalidades doentes como Lobão, Janaína e o Alexandre Frota. Uns sujeitos idiotizados comandando ingênuos hipnotizados pelas campanhas da TV. Gente que acredita na Friboi, nos aviões do Lula, nos pedalinhos, no Triplex e em todas essas afirmações que NUNCA foram comprovadas. Tiraram Dilma – uma mulher reconhecidamente honesta – do poder para colocar sujeitos reconhecidamente desonestos e com contas a ajustar com a justiça. Temos um presidente inelegível!!!! Isso é inédito, e gravíssimo!!!

Cara … isso é uma vergonha. É triste ver como a PROPAGANDA manipula as mentes de pessoas que não conseguem enxergar 1cm à frente do seu nariz… Pior ainda: trabalhador pobre festejando por ser roubado e tratado como escória…

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Conversa

Caetano e Gil

– Como era o nome daquele negócio de investigar, tipo uma coisa da Polícia Federal que tinha, mas ninguém divulgava muito…
– LavaJato?
– Não, não… essa tinha todo dia na TV. Era uma outra coisa, de gente graúda, mas os caras não iam muito a frente, não investigavam muito.
– Helicoca? Aeroporto de Cláudio? Furnas?
– Não era isso, era outra coisa, mas era tão vergonhoso quanto isso.
– Era do Moro?
– Acho que não, mas tinha uns caras muito importantes envolvidos.
– Petrolão?
– Não… esse aí saía todos os dias no Jornal Nacional!! Era uma outra, carajo!! Não lembro o nome. A palavra tem alguma coisa a ver com correio.
– Entrega?
– Não…
– Correspondência?
– Nada disso. Cara, você já está me confundindo…
– Hummm, pacotes, malotes?
– Isso!!!! Zelotes !!!!
– Bahh, nem me lembro mais. O que é feito disso?
– Não sei, mas agora tenho esperança que o Temer vá investigar.
– Ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra
– Ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra

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Truman

Truman

Alguns filmes procuro pelo artista principal. Explico: se este artista aceitou fazer este filme é porque ele deve ser bom. Assisti hoje o último filme com Ricardo Darin, “Truman”, um bela obra e um belo filme sobre a amizade e as despedidas. Agora ao ver que as minhas estão cada vez mais próximas, este filme me ofereceu a oportunidade de refletir sobre as derradeiras escolhas. Peço apenas que meu último aceno só ocorra após ter cumprido algumas singelas determinações pessoais, pedidos de perdão e abraços há muito tempo devidos. Espero ter deixado um humilde legado de ideias e amores, e que eu possa seguir em paz levando como única vaidade a ilusão de que, por um breve instante e para algumas poucas pessoas, pude fazer a diferença entre a lágrima e o sorriso.

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Conceito de humanização

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“Humanização do nascimento é uma atitude que emerge da mudança conceitual surgida nas últimas décadas sobre o verdadeiro papel da mulher na sociedade, considerando-se os seus direitos reprodutivos e sexuais e reconhecendo suas inatas capacidades de gestar e parir com segurança. Surge através do reconhecimento das inquestionáveis violências institucionais que as mulheres sofrem no período gravídico-puerperal e a responsabilidade que advém desse conhecimento para quem se ocupa da atenção a elas.

Humanizar o nascimento é garantir o protagonismo à mulher, tratá-la com dignidade, oferecendo uma visão integrativa – fugindo do modelo objetualizante e biologicista – e oferecendo um cuidado baseado em evidências atualizadas. É tarefa dessa geração de homens e mulheres que se interessam pela temática abrangente do nascimento mergulhar nesses conceitos e garantir às mulheres a atenção que elas merecem, para o bem de toda a humanidade.”

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Crença e descrença

Fé

“O ateu que fica puto com um cumprimento ingênuo, sincero e natural como “fique com Deus” é porque faz do seu ateísmo a mais chata das religiões. Aliás, são estes os ateus que dão ao ateísmo uma má reputação.”

O ateísmo é apenas um sistema de crenças como qualquer outro. A crença na inexistência, assim como a confiança – irracional – no sentido do Universo, se equivalem em suas imponderabilidades. O teísmo é, ao meu juízo, uma orientação de caráter pessoal e inamovível. Eu não consigo deixar de crer em Deus mesmo que queira, até porque se trata de uma crença que está aquém (ou além, se preferirem) da racionalidade. Para um ateu convicto a fé não faz sentido; é como explicar o som para um sujeito que nasceu surdo, ou um parto para um que nasceu homem. É uma percepção tão profunda que não é atingida pela razão, seja para comprová-la seja para expor sua falsidade. Por esta razão eu não entro em debates racionais sobre algo que não se estabelece sobre a razão. Já as consequências da fé – a imposição de seus valores, as interpretações viciosas de textos sagrados, as proibições ligadas ao estrato que a sustenta na cultura (o patriarcado), etc – estes me dizem respeito como cidadão, pai, avô e até como médico. Todavia, a fé dos outros (ou sua falta) não me diz respeito.

Eu perdi a vergonha da minha fé; saí do armário sem pudor algum.

A ideia de que um sujeito seja burro, ignorante ou incompetente pelas suas crenças é totalmente contrária à minha ideia de que “a crença vem de um outro lugar, e não do seu universo racional“. Para mim sua queixa – que considero válida e justa – tem o mesmo valor de um preconceito que eu escutei por muito tempo sobre os homossexuais. Dizia-se deles serem mais “inteligentes“, “sensíveis“, “doces” ou “frágeis“. Basta olhar uma briga de travestis (entendidos também aqui como homossexuais) para desmontar esta visão essencialista. Os gays são tão idiotas quanto os heterossexuais, e tão amáveis, carinhosos, inteligente, sensíveis ou brutos, apenas porque a orientação sexual não tem NADA a ver com isso.

O mesmo com ateus e crentes. Conheço ateus tolos e cristãos geniais e vice versa (apesar de conhecer mais ateus geniais do que o oposto, mas esta é uma questão cultural). Misturar elementos cognitivos com a fé é um preconceito e uma burrice.

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Tecnocracia

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Muitos amigos – em especial os liberais de direita – apregoam que a administração pública seja entregue aos técnicos, pessoas que “conhecem profundamente seu trabalho”, seja ele a saúde, a administração, a defesa, a aviação, etc. Assim .. médicos para o Ministério da Saúde, banqueiros para a economia, administradores para a Fazenda, militares para a segurança, advogados para a justiça. Em outras palavras, “tecnocratas que não se deixam contaminar pelo cheiro do povo“. Viram que eu disse médicos? Porque não enfermeiros? Ora … porque na tecnocracia vale o poder e a visão que os poderosos desejam ver implementada.

Os que assim se posicionam pensam a coisa pública como sendo uma máquina que se pode ajustar, da mesma maneira com um mecânico arruma um automóvel. Esse é o erro típico da direita positivista e ingênua: a incapacidade de ver a sociedade como algo mais complexo do que uma máquina. Um estado, dos menores municípios aos conglomerados de países, é um organismo composto por seus inevitáveis choques e pressões, o que extrapola a simplicidade de um mecanismo sem vida. Um estado é um corpo animado, onde nós somos as células. O erro dos positivistas é imaginar haver uma forma “certa” de administrar e gerenciar estruturas complexas como os governos, como se fossem máquinas sem vida. Isso é impossível, em especial a tarefa de apaziguar seus infinitos conflitos.

Uma escolha política é apenas procurar alguém com a mesma visão política de quem chegou ao poder. Como, porque, onde e quanto investir em uma determinada pasta ou região. Isto é completamente diferente do conceito de CONCHAVO. Política nada mais é que a arte de gerir o bem comum. As escolhas precisam ser políticas nos altos escalões, podendo ser meramente técnicas nos baixos. Até um diretor de hospital precisa ser político, mas o chefe do bloco cirúrgico pode ser técnico. Afinal, ele apenas receberá as ordens e as cumprirá da melhor maneira possível.

Pobre do Brasil se for entregue aos “técnicos” e infeliz de qualquer país que despreze a política como comandante suprema das aspirações do seu povo.

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Religião, por quê?

bolsonaro

Ao ver ontem as imagens do batismo de Bolsonaro na Palestina – esse é o verdadeiro nome daquele local – eu fiquei me perguntando qual o real sentido das religiões tradicionais na vida atual. Pergunto isso porque no cenário contemporâneo não há ninguém mais afastado dos valores cristãos – que podem ser sumarizados no Sermão da Montanha – do que as figuras públicas que explicitamente abraçam a religião, como uma bandeira ou uma atividade lucrativa.

Sou cercado de ateus e agnósticos no meu cotidiano, e de algumas pessoas claramente crentes e devotadas a uma filosofia religiosa. Entre elas não consigo perceber nenhuma diferença de caráter ético ou moral. Meu filho é agnóstico e minha mulher é espírita, a entre eles só vejo posturas que valorizam a moralidade e a ética. Nenhuma atitude deles revelaria qual dos dois é o “crente”. Que diferença faz chamar um sujeito nascido há dois mil anos de “Mestre” ou acreditar mas forças da natureza e na importância da fraternidade na prática?

Poucas pessoas se distanciam mais das palavras de Jesus do que Bolsonaro, Malafaia, Feliciano, Everaldo, Edir Macedo e toda essa turma gigantesca de vendilhões do templo e mercadores de indulgências. Não é a toa que se postam junto às facções mais reacionárias da política, as do “boi” – os latifundiários donos de terra – e as da “bala” – os que desejam pena de morte (para pretos e pobres, como sempre) e diminuição da idade penal.

Qual o sentido de mantermos estruturas gigantescas e ineficientes como as grandes religiões se elas são totalmente incompetentes para estimular o pensamento crítico, o crescimento da consciência (social e de si mesmo) e a reforma íntima dos que dela se aproximam?

O batismo de Bolsonaro, teatro bufo retratando uma tragédia nacional, apenas demonstra que as religiões falham espetacularmente em sua tarefa essencial de modificar o homem em direção aos valores superiores da fraternidade e da justiça. Uma farsa, uma mentira e um engodo social, que atinge apenas desesperados; ou espertalhões em busca de holofotes.

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Telefonema

celular roubado

Minha filha foi novamente assaltada e teve o celular roubado. Estava na passeata contra o golpe porco e sórdido que nosso país sofreu quando foi abordada por um jovem com uma faca que lhe solicitou o celular. Como ela é uma pessoa inteligente, não reagiu e o entregou.

Por uma mistura de curiosidade mórbida e a ilusão de fazer uma negociação qualquer liguei para o número dela logo após saber do roubo, e quem me atendeu foi o próprio ladrão. Disse a ele que sabia que ele havia roubado o telefone da minha filha. Ele deu uma risada com um linguajar super “bagaceiro” e me disse: “Ah meu, a mina deu mole, azar né…” e desligou.

Para minha surpresa hoje pela manhã ele me devolveu a ligação. Titubeei antes de atender, mas resolvi pagar para ver. Ele iniciou a conversa com um papo muito bobo, em um lugar onde parecia estar rodeado por uma galera fuleira. Iniciou a conversa dizendo:

– O seu merda, por que me ligou ontem? Eu vou aí na tua casa e vou te encher de bala. Vai te f* seu idiota. Tu vai ver o que vou fazer contigo”.

Senti o clima de deboche ao redor dele mas resolvi não aceitar o jogo. Respondi com toda a calma.

– Só liguei ontem porque você roubou o telefone da minha filha. E você não vai me pegar coisa nenhuma. Você é um ladrão de celular que ataca meninas; não ia se arriscar comigo. E eu não tenho medo de você.

Eu vi que ele ficou brabo, e os amigos ao redor começaram a gritar. “Filho da p*, otário, vai tomar no c*…

Expliquei a eles que me xingar não faria diferença alguma; isso não me atinge e sequer me irrita. Falei ainda que me agredir era inútil, mas fui duro com ele:

– Escuta cara, você roubou um celular velho. Na sua mão isso não vale nada. Vou bloquear em minutos e você vai ganhar talvez 100 reais por ele no mercado negro. Entretanto, se você continuar assim em 10 anos só existem 3 possibilidades: vai estar preso, morto ou ainda estará roubando celular para ganhar míseros 100 reais, correndo o risco de apanhar, ser linchado ou preso. Tem certeza que esse é o futuro que você pensou para si mesmo?

Ele interrompeu sua fala debochada e arrogante. Percebeu que os xingamentos não me irritaram e que não poderia se divertir me ameaçando. Tentou me dizer que eram mais de 100 reais que conseguia, e que fazia isso porque tinha que sustentar seu vício, o que é uma desculpa usada por todo tipo de adito: das drogas aos remédios, bebidas ou cigarro. Terminou seu curto discurso com um outro clichê previsível: “Essa sociedade não me dá outra possibilidade. Não tenho alternativa“.

Sabia que ele usaria essa desculpa fácil, mas também entendia que não poderia responder um clichê batido com outro pior.

– Você tem razão ao dizer que essa sociedade é injusta e não lhe dá oportunidades. Também parece claro para mim que a sociedade olha de maneira diferente para você e para a minha filha. Mas você pode sair desse jogo perverso. Existem, sim, alternativas para criar uma vida digna. Roubar pessoas dá essa sensação passageira de ser malandro, esperto e ter “vencido” os “manés” pela força. Mas basta você ser humilhado numa delegacia para ver que isso é uma ilusão, que o mané é você mesmo e que o seu destino é ser tratado como traste em uma cadeia abarrotada. É isso que você quer para você? É essa a sua resposta para uma sociedade injusta? Acha que o roubo desse telefone prejudica a minha filha mais do que você? Olha meu, você está enganando. Quem foi roubado foi você.

Ele insistiu nas desculpas manjadas, numa derradeira tentativa padronizada e estereotipada de justificar seu crime.

– Roubei o celular para pagar meu aluguel, disse ele.

– Nada justifica ameaçar uma menina para roubar um celular velho. Entenda… não tenho raiva de você. Em termos econômicos, isso não fará diferença alguma para a minha vida, e nem para a minha filha. O que a gente perde mesmo é a confiança nos outros, aumentando nossa sensação de insegurança. Minha tristeza é ver um jovem ser enganado pela ilusão de que roubar um celular pode lhe trazer alguma coisa boa na vida. Isso sim é triste.

– Bem, desculpe qualquer coisa. Eu realmente roubei, mas…

Ele não sabia o que dizer. Aliás, que poderia ele falar diante do que fez?

– Meu amigo, não se lamente. Pense apenas no que eu lhe disse. Como vê sua vida no futuro? Seja feliz, siga sua vida. Abraços e boa sorte.

Ele se despediu de forma sincera.

– Ok. Um abraço para sua família e desculpe o transtorno.

Dito isso, desligou.

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Golpe

golpe2016

O GOLPE contra a democracia foi político, jurídico e MIDIÁTICO. Teve a participação MACIÇA da MÍDIA fazendo uma fantástica propaganda contra Dilma e o PT exatamente porque eles se contrapunham aos LADRÕES famintos da política nacional. E vocês da DIREITA caíram como PATOS – aliás, o símbolo da FIESP era para vocês – porque o GOLPE recolocou os donos em seus devidos lugares. Agora não se investiga mais nada, PF está amordaçada, o juiz Moro pede a “comunhão nacional e o desarmamento dos espíritos”, Aécio está livre das acusações, Cunha será perdoado, e as raposas tem a chave do galinheiro.

Acabou tudo seu tolos. Uma burrice lesa pátria, liderada por vendilhões pagos por multinacionais, como Kim, um presidente informante dos Estados Unidos, e composta por personalidades doentes como Lobão, Janaína e o Alexandre Frota. Uns sujeitos idiotizados comandando ingênuos hipnotizados pelas campanhas da TV. Gente que acredita na Friboi, nos aviões do Lula, nos pedalinhos, no Triplex e em todas essas afirmações que NUNCA foram comprovadas. Tiraram Dilma – uma mulher reconhecidamente honesta – do poder para colocar sujeitos reconhecidamente desonestos e com contas a ajustar com a justiça. Temos um presidente inelegível!!!! Isso é inédito, e gravíssimo!!!

Cara, isso é uma vergonha. É triste ver como a PROPAGANDA manipula as mentes de pessoas que não conseguem enxergar 1cm a frente do seu nariz. Pior ainda: trabalhador pobre festejando por ser roubado e tratado como escória.

Aqueles que ainda resistem e apoiam a legalidade do governo golpista de Temer serão reconhecidos, dentro de alguns poucos anos, como os mesmos que acreditaram nas boas intenções de Stálin, nas ideias liberais de Bush ou nos valores morais do golpe de 64. As palavras de desprezo pela democracia – duramente construída – serão varridas para o lixo da história, e isso virá mais cedo do que pensam. O fim da CGU, da LavaJato, a anistia para Aécio e o provável perdão negociado de Cunha mostrarão a tolice imensa de quem acreditou no “combate à corrupção“. Para os “libertários“, que para mim são as formigas que desejariam ser tigres e destruir a todos em nome do que chamam “liberdade”, restará apenas a raiva pela traição dos que agora usurpam o poder.

Mas quando a desilusão chegar, e os mesmos que agora festejam perceberem que a casa está caindo, a resposta que os golpistas darão eu já antecipo desde agora:

O que? Está bravo? Mas não fiz promessa alguma, não fui votado, não tenho compromisso algum com vocês. O que esperavam? Fidelidade ao meu programa, às minhas “promessas de campanha”? Que campanha, que eleição? Eu não cheguei aqui pelo voto, seu tolo!! Eu me tornei presidente com 1% de intenção de votos. Sou provavelmente o presidente mais rejeitado do mundo!! Portanto, chega de mimimi e nos assistam fazer o governo que NOS interessa. Ah, e obrigado pelas paneladas, seus trouxas“.

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Ofélia

Ofélia (2)

Conversa com Ofélia no MSN

Ofélia: Em que cidade você se encontra?

Ric: Que eu me lembre havíamos nos despedido, e você disse que me encontrar tinha sido um “equívoco”. Portanto, um equívoco em Lisboa, na Austrália ou no Rio, que diferença faz?

Ofélia: É que não estou conseguindo saber de onde podemos ter nos conhecido

Ric: … continua sendo um equívoco

Ofélia: Você disse que o adicionei, eu não me recordo do seu rosto

Ric: Você deve perguntar isso a você mesma, pois foi VOCÊ quem adicionou

Ofélia: Creio que fiz confusão, só pode ser

Ric: Ok. Mais uma vez…. te desejo boa sorte

Ofélia: Desculpe estar sendo incômoda

Ric: Não me incomodas…  tudo de bom e um ótimo fim de semana

Ofélia: Você acredita em acasos?

Ric: Não; acredito em causalidade, e não em “casualidade”

Ofélia: Estou procurando dar sentido ao ocorrido

Ric: Procure dentro de você, no universo complexo das suas motivações

Ofélia: Márcia é você? Só pode …

Ric: ???? Márcia? Credo. Boa sorte e bom trabalho, seja ele qual for

Ofélia: Sou arquiteta

Ric: Bons projetos para você.

Ofélia: Bom atendimento no PS para você

Ric: Obrigada querida. Puxa… levou tempo até você descobrir que era eu. Quase te peguei, né?

Ofélia: Que maneira estranha você tem de dialogar

Ric: É verdade; estranha, complicada, incisiva e, por vezes, dilacerante

Ofélia: Você está em uma fase negra, né?

Ric: Sim, problemas com marido, filhos… você sabe como é, e conhece bem a minha história

Ofélia: Gente, sem palavras.  És maçom?

Ric: Como poderia ser maçom sendo mulher? Você não sabe que esta ciência secreta é vedada a nós, mulheres?

Ofélia: Em que mundo você vive? Eu sou maçom. Existem lojas mistas

Ric: Eu e Platão vivemos no mundo das ideias. “Lojas mistas” é coisa sem aceitação. Modernismos de alguns poucos, sem representatividade

Ofélia: você demonstra muito conservadorismo

Ric:Eu não sou conservadora, a maçonaria é que é

Ofélia: Maçonaria não é assim

Ric: Meu marido é maçom, você sabe disso

Ofélia: Você frequenta apenas jantares?

Ric: E os encontros também…

Ofélia: Que chatice, né? É maçante

Ric: Maçom, maçante…. a palavra “maçom” deve ter surgido daí.

Ofélia: Você tem humor, maravilha, seria interessante tê-la em nossa loja.

Ric: Quem sabe; se o meu marido deixar

Ofélia: Você só faz o q seu marido permite?

Ric: Só… é da minha religião, você sabe

Ofélia: Qual sua religião?

Ric: Sapratista

Ofélia: De religião sou leiga

Ric: Na minha religião o marido manda em quase tudo, mas as mulheres podem determinar o tamanho das melancias e a qualidade das manteigas

Ofélia: Você só pode estar brincando comigo

Ric: … e podem comprar sapatos (sem cadarço) aos sábados, por isso a religião chama-se “sapratista“, que mistura as palavras “sábado” e “sapato”…

Ofélia: Sua mente é criativa

Ric: As religiões são criativas

Ofélia: Neste ponto concordo com você, muito criativas em criar ilusões. Você deveria pensar em escrever

Ric: Mas a nossa religião é um avanço da epistemologia e da metafísica. Acreditamos num Deus gay, portanto ele é soberbo e altivo

Ofélia: qual sua idade?

Ric: 49

Ofélia: Já era tempo de ter descoberto que somos livres para pensarmos e agirmos. Nenhuma religião ou pessoa (marido) tem direitos sobre você.

Ric: Por certo

Ofélia: Se você está nisso é porque gosta e permite

Ric: Mas fui eu que escolhi esta religião. Porque as escrituras apontam neste sentido, e a verdade está na palavra de Deus

Ofélia: Creio que já passou da hora de você acordar para o mundo real e você interpreta errado, com certeza

Ric: E você interpreta de forma certa, é isso? Quem te garante isso?

Ofélia: Nenhum Deus quer alguém escravo, amiga. Ou você é tapada ou quer se passar por tal

Ric: Eu não sou escrava… sou uma odalisca do Senhor dos Universos

Ofélia: Seu marido deve ter dindim e você está mal resolvida. Deveria se tornar voluntária. Com certeza faria bem ao seu espírito.

Ric: Mas eu SOU voluntária

Ofélia: Nem vou perguntar em quê.

Ric: Porque você resolveu me agredir? Eu te fiz algum mal?

Ofélia: Querida. Você não desenvolve diálogo. Você tem problemas de comunicação.

Ric: Você é que não consegue se comunicar comigo. Fica falando de maneira soberba, como se fosse a dona da verdade.

Ofélia: Senhora !!

Ric: Eu apenas falei da minha crença e da minha fé

Ofélia: Não existe dona da verdade

Ric: Então não se coloque neste lugar !!!!

Ofélia: Visto que a verdade pode ser compreendida por diversos ângulos.

Ric: Mas você parece só ver o seu.

Ofélia: Eu venho procurando desenvolver assuntos de maneira a compreender de onde possa ter surgido seu MSN…

Ric: Minha flor; você me adicionou !!!

Ofélia: Obrigada pela flor

Ric: Talvez estivesse querendo falar com uma amiga, desabafar

Ofélia: Isso você expôs no inicio

Ric: …ou um lado lésbico seu estivesse aflorando. Sem preconceitos. Tenho um irmão meu que é lésbico

Ofélia: Eu não preciso de amiga para desabafar, para isso existe profissional neste quisito

Ric: Meu irmão fez cirurgia de troca de sexo e agora só transa com mulher. Eu acho que ele é meio pirado até. Mas eu respeito Katielle (antes ele se chamava Afonso). Bem, eu não tenho esse quesito na minha vida

Ofélia: Definitivamente não sei quem você possa ser

Ric: Tive um tempo, mas agora ele é um ex-quisito

Ofélia: Não conheço seu marido, assim sendo, boa diversão no que esteja fazendo

Ric: Igualmente amor

Ofélia: Deletado está

Ric: Beijos nas crianças

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