Desconfie muito de todo aquele que afirma conhecer-se a si mesmo. Acho pouco provável que este sujeito tenha realmente a capacidade de desvendar-se. Quem muito se conhece jamais percebe o limite do seu saber-se. Pelo contrário; afirma categoricamente que pouco sabe de si mesmo, o que é absolutamente correto e justo, diante do gigantismo de um sujeito e os mistérios que guarda escondidos. Um sujeito que pensa se conhecer é como um peixe que, nascido em um aquário, de lá mesmo exclama: “não há nada no mundo que seja para mim desconhecido”. O (seu) mundo vai muito além dos limites que parece ter….
Jenny Higgins “The day Before Tomorrow”, Ed Caterpillar, pág 135