Vi alguém afirmando que “quanto mais o sujeito defende a família, a moral e os bons costumes, mais safado é”.
Hummm, calma lá…
Uma frase assim, fora de seu contexto, e generalizando de forma bruta, é apenas lacração. Existem fanáticos moralistas que são castos, justos, corretos e tem uma conduta ilibada e honesta. Traçar uma linha reta de causa e consequência é um erro facilmente cometido. Por certo que existe um perfil cujas críticas à conduta moral dos outros nada mais são do que denegações de seus próprios vícios; jogam nos outros o que não suportam em si. Entretanto, se isso pode ser frequentemente observado, não deve ser considerado como regra geral.
Não há como desmerecer todas as críticas à moral alheia apenas com esse argumento. Tipo “se você é homofóbico só pode ser um gay enrustido e frustrado”. Não é verdade; muitas vezes é apenas um heterossexual idiota ou preconceituoso que precisa se sentir superior à alguém por ter sua autoestima combalida.
Esse “furor interpretans” não nos ajuda a entender o fenômeno do preconceito e do ódio social disseminado aos diferentes, e tais afirmações peremptórias nada mais são do que pura selvageria diagnóstica