Em essência o “slow medicine” é um contraponto à medicina dos grandes conglomerados farmacêuticos e de medicina industrial de massa, algo que o movimento de humanização do nascimento – e seu reforço aos aspectos sociais, emocionais, psíquicos e espirituais do parto – defende desde os anos 80. Portanto, ela é necessariamente uma perspectiva anticapitalista do cuidado. Este movimento de medicina mais suave se situa no contrafluxo da atenção centrada na tecnologia e na sofisticação e aposta numa visão preventiva dos males, a imensa maioria dos quais derivada do estilo de vida vicioso e acumulativo do modelo capitalista.
Por esta razão, podemos dizer que “slow medicine” sem luta de classes é tão somente perfumaria. Atacar os excessos sem entender porque os cometemos é como fazer dieta sem entender as razões profundas que comandam silenciosamente nossa compulsão.
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