Quando vejo tantas “pessoas de bem” na Internet justificando os massacres contra crianças palestinas usando a Bíblia e suas específicas interpretações como desculpa, fica claro que a vinculação com o cristianismo não garante nenhuma vantagem ou distinção moral para os seus adeptos. Os cristãos que agora aprovam o genocídio no Oriente Médio são apenas monstros travestidos de carolas, pessoas vis e sem alma. Que pensar de religiosos que aceitam a morte de milhares de mulheres e crianças em nome de suas convicções místicas?
Não vejo nenhuma diferença entre a barbárie inominável de agora e o que ocorreu há pouco menos de 1 século na Alemanha. O desejo de sangue, o desprezo pela vida das crianças e a desumanização de um povo – para deixar livre a escolha explícita pela “solução final” – não podem ser desmerecidos, e são na verdade elementos estruturais do desastre civilizatório, tanto lá atrás quanto agora.
Não pare de falar da Palestina. Não pare de denunciar o massacre. A Palestina somos todos nós…
