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Pampa’s League

A ideia dos clubes uruguaios Peñarol e Nacional jogarem o campeonato gaúcho não me parece a mais justa. Imagine o que aconteceria com o campeonato uruguaio sem estes dois gigantes. A minha proposta é muito mais radical e eu a apresentei há mais de 20 anos. Seria algo como Pampa’s League (nome foi ideia do Oscar Krost) que incluiria clubes do Uruguai e do Rio Grande do Sul em um grande campeonato do cone sul, que seriam vistos futebolisticamente como pertencentes a um único Estado (algo que produz arrepios na nuca dos separatistas).

Enquanto ocorre a disputa, os campeonatos uruguaio (apertura) e gaúcho da série especial continuariam ocorrendo sem os clubes da Pampa’s League. Estes clubes restantes disputariam, em seus respectivos campeonatos locais, 2 vagas de cada país no campeonato do próximo ano, em modelo ascenso e descenso. Poderia ser um campeonato de 12 clubes, 6 de cada país. Haveria assim uma Copa Uruguai-RS, que teria como participantes 4 campeões mundiais, e ao todo seriam 13 Copas Libertadores ganhas pelos clubes disputantes. Nenhum campeonato regional teria essa imensidão de clubes com conquistas internacionais.

O campeonato gaúcho seria mais disputado e equilibrado, com vencedores do interior que teriam a oportunidade de jogar um campeonato bi-nacional no ano seguinte. Não tenho dúvida que seria bom para os clubes uruguaios e ótimo para os times gaúchos.

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Um pouco da história tricolor

O time do Hamburgo, vencido pelo Gremio em 1983 na Final do Campeonato Mundial (que colocava frente a frente os campeões da Libertadores e da Champions League), era a base da seleção alemã que jogou o mundial de 1982. Era um time cheio de craques, mesmo que nos últimos anos seja um time apagado na Alemanha. Uma característica das antigas Libertadores (as Libertadores “raiz”) era que, naquela época, apenas dois brasileiros podiam jogar este campeonato – campeão e vice do campeonato brasileiro (a Copa do Brasil só começou em 1989, e foi o Grêmio quem a venceu). O Grêmio entrou nesta Libertadores por ter sido vice campeão do campeonato vencido pelo Flamengo de Zico, Júnior, Adílio, Raul e Nunes em 1982. Compare com hoje: até 9 clubes brasileiros (como em 2022) podem participar de cada edição da competição. Naquela época era  muito mais difícil chegar a uma final mundial.

Lembremos também que o Grêmio foi campeão da Libertadores em 1983 jogando contra o campeão mundial de 1982, o Peñarol de Fernando Morena. Foi campeão depois em 1995 jogando na Colômbia contra o Nacional de Medellin, de Higuita, base da seleção que foi à Copa de 1994. Depois foi mais uma vez campeão na Argentina, em Buenos Aires contra o Lanús, time que desclassificou o poderoso River Plate no Monumental de Nuñes.

Ou seja: ganhamos de grandes times das três maiores praças futebolísticas sulamericanas: Uruguai, Argentina e Colômbia, duas delas fora de casa. A Libertadores que ganhamos em casa foi contra o campeão do Mundo, o Peñarol. Depois disso, disputamos 3 finais mundiais e só perdemos para o maior Real Madri deste século, de Ronaldo e Casemiro. Ganhamos do Hamburgo e empatamos com o Ajax.

Para comparar, o nosso coirmão jogou uma final caseira contra o São Paulo e outra contra um time mexicano, ambas no Beira Rio. Nem de longe se compara à epopeia das Libertadores do Grêmio, que teve até a “Batalha de La Plata”, quando houve derrubada de alambrado pela fúria da torcida Argentina e espancamento de jogador gremista no túnel quando se dirigia ao vestiário. Os colorados jogaram apenas uma final de campeonato mundial, e na outra disputa que participaram perderam ainda na semifinal para um time do interior do Congo, cuja cidade ninguém lembra qual é. Esse time congolês hoje está imortalizado, dando nome a um viaduto de Porto Alegre.

Sejamos justos…. basta comparar as histórias.

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