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Éfe Agá Ce

Triste a derrocada do “intelectual da esquerda”, o “príncipe dos sociólogos”, o presidente sábio, a grande esperança da esquerda limpinha (branca). Ele representa o grande sonho de Platão de conjugar em uma única pessoa a sabedoria e o poder de transformar a sociedade. Fernando Henrique é a prova (ainda) viva de que boas palavras, uma formação acadêmica robusta, respeito dos pares e boas ideias são instrumentos frágeis, totalmente incapazes de produzir real transformação social. Para uma revolução que retire o Brasil de uma posição subalterna é preciso estar ao lado da classe operária, a classe que constrói a sociedade na qual vivemos; ele fez o oposto disso ao entregar o patrimonio nacional nas mãos do capitalismo predatório e voraz.

Fernando Henrique Cardoso foi o responsável por destruir um partido (o PSDB) e o principal envolvido em sepultar a perspectiva da social democracia como força política viável. Ele demonstrou que os liberais de esquerda (como ele) diante das dificuldades de um mandato ou das vicissitudes no exercício do poder rapidamente entram em conluio e se associam à direita mais radical e fascista, jogando para o alto suas propostas de outrora. Por isso o partido que ele criou para ser a voz da social democracia nos últimos anos se tornou a facção mais furiosa do bolsonarismo. Dória, Eduardo Leite, Marchezan são exemplos claros dessa derrocada.

“Esqueçam o que escrevi” pedia FHC enquanto ainda presidente. Faremos mais que isso, por justo respeito à sua idade: vamos esquecê-lo, sepultar suas propostas e reconhecer nosso erro em acreditar que sua cultura e formação seriam um contraponto ao seu liberalismo privatista nefasto.

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Privatizações

Vocês perceberam que as privatizações significam que as grandes empresas estruturais do Brasil saem do controle do povo e passam para a mão das elites financeiras? Isto é: se você achava que a conta da água, da luz, do gás e do transporte é alta, e o serviço é ruim, poderia entrar em um partido político, ascender ao poder e mudar as regras, melhorar o atendimento, qualificar os funcionários. Já quando a empresa é privatizada ela funciona no lucro, no dinheiro. Salário passa a ser “custo” e melhoria no atendimento será “despesa”. O cidadão deixa de ter acesso ao controle do servico; ele funciona pelos interesses do mercado e a vontade do cidadão será apenas um fator secundário.

Alguém lembra em quem votou na última eleição da Vivo? Ou da Vale? Não né….

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