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Exposição

Quanto mais eu vejo os profissionais de saúde sendo influencers, dando dicas, expondo seu trabalho, prometendo resultados, falando de si mesmos, abusando dos vitupérios e brilhando no cyber universo, mais eu acredito nas virtudes da discrição. Isso não exclui a importância das redes para disseminação de ideias, conceitos e propostas, mas sugere um pouco de comedimento. Este tipo de auto exaltação atrai muita energia negativa. Muitos serão solidários na sua dor, mas quase ninguém suporta o sucesso alheio. Algumas tragédias recentes mostram que eu devo estar certo. Acredito ser extremamente perigoso menos por causa dos pacientes e muito mais porque os colegas e concorrentes não aceitam jamais este tipo de hiperexposição. Aqui neste link é possível ver uma dessas tragédias profissionais.

No Brasil tivemos casos famosos como um ginecologista de São Paulo e um cirurgião plástico do Rio de Janeiro, mas há muitos outros exemplos de profissionais apostando na exposição em redes – como tik tok e Kwai, entre outros – ficando famosos, fazendo dancinhas, brincando inocentemente com colegas, alguns deles ficando até famosos e milionários. O problema é que a mesma mão que afaga é aquela que apedreja, e o “amor” em forma de admiração devotado a estres profissionais depois os faz virar alvo de represálias.

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Pornografia

Eu acho que esse menino não é tão inocente. Existe uma mensagem subliminar nos seus vídeos que eu creio sem importante interpretar. Acho os vídeos bobos, mas sei que são feitos para meninas de 12 ou 13 anos. O jeito sedutor, as caras e bocas, etc…

Eu considero o sucedâneo das revistas Sabrina e Júlia: soft porn, ou pornografia feminina.

Aliás, para problematizar mais ainda. Vejo todos os dias críticas à pornografia dizendo que os meninos (mas claro, não as meninas) se viciam nos conteúdos da pornografia e acham que devem agir daquela forma, que é abusiva e irreal.

Acho o argumento meio forçado; existe pornografia até nas paredes das casas em Pompeia, o que me diz que ela é tão antiga quanto o próprio inconsciente. Sei que não acho que se deve manter uma coisa apenas porque ela é velha, porém é importante entender suas raízes na cultura. Mas aqui não é esse o ponto…

Eu pergunto então: Não estaria esse menino servindo como um exemplo tosco de sedução para os meninos, e uma expectativa irreal para as meninas?

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