Arquivo do mês: fevereiro 2016

Insônia

acorrentado

São 5:54 da madrugada. Sentado no chão do banheiro, torturado pela insônia, com o pensamento entortando o ponteiro do conta-giros, penso que a peça que nos negamos a aceitar no quebra cabeças da opressão é o gozo pela servidão. Sem entender o quanto de nós existe no sofrimento que a nós é imposto, jamais poderemos entender a facilidade com que se estabelecem tais relações. Isso vale para sujeitos e coletivos, pessoas e nações.

Jean Junot Pascal, “Láutre extrémité de lárc en ciel”, Ed. Marseille, pág 135

Jean Junot Pascal, nasceu em Nantes, em 1948. Fez sua formação em literatura latino-americana na Sorbonne, e começou a publicar crônicas em revistas francesas da época. Por sua amizade com Céline, foi convidado a escrever uma coletânea de textos inéditos que foi publicada com o nome “Après que la Poussière Retombe” (Depois que a Poeira Baixar). Com o sucesso do livro aventurou-se na ficção e escreveu um livro de memórias sobre o pós-guerra na França chamado “Aucune Chance de Revenir” (Sem Chance de Voltar). Escreveu mais 5 livros, entre eles “Láutre extrémité de lárc en ciel”. Casou-se com a atriz italiana Ginna Delapieve e ficou com ela até sua morte em um acidente de automóvel em Bruges, na Bélgica. Seu filho Antoine é diretor de cinema, tendo dirigido séries para a TV francesa e o longa “Meilleur”. Atualmente mora em Nice com seu neto Phillippe e seu cão Danton.

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