“Os sofrimentos da alma são os mais avassaladores para o sujeito, e isso não representa um desmerecimento das terríveis dores da carne, mas a compreensão que, por ser imaterial e não passível da anestesia química ou da radicalidade de uma amputação, estes sofrimentos se mantém e martirizam o sujeito no limite absoluto de suas forças. A culpa, o remorso, a falta de sentido na vida, a desesperança e o luto corroem aquilo que faz de nós humanos. Lidar com tais infortúnios demanda paciência, resiliência e – ouso dizer – o auxílio da transcendentalidade. Só o entendimento de que a vida tem propósitos além de nossa compreensão poderá dar àquele que sofre o sopro de esperança e alívio capaz de mitigar a dor que sua alma sente.”