Ofensas e injúrias

(Texto de resposta no Facebook)

Fiquei sabendo por terceiros de graves ofensas e injúrias a que fui submetido por um vídeo postado na internet por uma moça com a qual tive uma discussão pública há alguns dias.  No vídeo ela me trata com inúmeros palavrões e outras palavras de baixo calão, mas acrescenta mentiras graves, sendo a principal delas a de que eu a teria ameaçado assim como a amigas suas. Escrevi tudo publicamente na minha página da internet e em nenhum momento ofendi a honra de quem quer que seja. Tive uma postura clara de discordância mas em momento algum baixei o nível ou ofendi os que discordaram de mim.

Em função disso estou acionando na delegacia de crimes cibernéticos a senhora em questão por ofensa grave à honra.

Tive dois contatos em privado com ela. Eu procurei conversar com ela desta forma para que ela não fosse exposta, e nem seu filho. Na primeira expliquei que não era inimigo dela, mas que expor a vida sexual de um filho menor de idade podia ser problemático. Disse explicitamente “não sou seu inimigo”. Pedi que tivesse cuidado e mostrei artigos do ECA para ela ver que isso é algo muito delicado. Nessa altura já sabia que ela mora em outro país, mas talvez lá a lei seja até mais severa. Não falei de forma ameaçante e sequer irritado. Estava preocupado com os desdobramentos das suas atitudes. Tenho no meu celular esse texto e levarei à delegacia para análise e para que conste nos autos.

A segunda mensagem inbox foi para tentar interromper sua escalada de ódio. Entendi que poderia escrever algo que encerrasse a discussão e parassem as ofensas. Também temia por ela. O segundo texto é esse:

“Sabrina… Eu queria escrever um texto para me desculpar de algumas coisas e acho que deveria ser público. Para isso eu queria te mostrar e ver se você se sente contemplada com ele. Você pode vetar ou sugerir uma modificação em que você se sinta bem. Se você achar que vale a pena eu escrevo e peço a sua licença para publicar.”

Minha ideia era escrever algo como “Desculpe se você se ofendeu. Não era pessoal e eu estava debatendo um fato, não sua pessoa. Não desejava colocar dúvidas na sua condição de mãe. Não conheço você mas me desculpe se isso a feriu de alguma forma”. Era um texto genérico para aparar palavras ásperas que surgem em qualquer debate, mesmo quando se mantém a discordância do tema central.

Ela não respondeu nenhuma mensagem.

Infelizmente ela fez um vídeo com acusações graves e terá que comprovar isso. Tenho a cópia das duas únicas mensagens privadas a ela.  NUNCA AMEACEI A ELA OU QUALQUER AMIGA SUA. Se ela me acusa disso terá que provar, e as provas de minha inocência as tenho comigo e no post da Internet.

Infelizmente serei obrigado a uma ação enérgica e isso acabará repercutindo de uma maneira que nunca quis (por isso queria terminar o embate em ambiente privado, exatamente por envolver menores de idade).

Obrigado pela compreensão.

Abaixo um resumo do caso.

Há dois dias passados escrevi um texto em resposta a um artigo que li no Facebook de uma moça que falava de sua experiência com o filho de 15 anos. Este queria ter relações sexuais com a namorada de 17 anos e pediu que fosse na casa que mora com sua mãe.

Achei que a iniciação sexual de menores de idade podia ser um tema interessante para debater e pensei que muitas pessoas podiam contribuir com ideias e posicionamentos. Não citei a pessoa em nenhum momento, nem mesmo a cidade, o país ou qualquer outro elemento que a pudesse identificar. Também não critiquei a mãe, mas critiquei sua decisão por achar – está é minha tese, bem simples – que a vida sexual se constrói por conquista e não por concessões, e que um menino menor de idade deveria ser protegido.

Fiquei surpreso ao ver que a autora do texto adentrou meu Facebook profundamente indignada dizendo que eu não tinha o direito de critica e sua decisão. Eu discordei e expliquei porque não concordava com sua decisão. A partir de então houve uma chuva de críticas e – certamente – ofensas pessoais, mas achei que essas coisas são naturais no ambiente cibernético e por tocar em pontos delicados como sexo, infância, educação e mulheres. Depois de 24 horas de argumentos eu solicitei que a conversa se encerrasse porque os argumentos estavam se repetindo – contra e a favor – e não havia nada mais a ser dito.

Infelizmente meu filho me avisou que ela publicou um vídeo recheado de ofensas e acusações e distribuiu pela internet e ter suas seguidoras. Entre as ofensas há a acusação de que eu a teria “ameaçado” e também suas amigas. Na verdade eu até mandei uma mensagem inbox (veja abaixo) mas está longe de ser uma ameaça, pois é uma tentativa clara de conciliação.

Diante do exposto esclareço que:

1- Nunca expus publicamente esta moça e nem sabia seu nome, nem mesmo de onde escreveu. Escrevi sobre um FATO: como lidar com a iniciação sexual de menores de idade e me posicionei em desacordo com sua ideia. Não há no meu texto qualquer ataque pessoal a ela, nenhuma forma fácil e simples de identificá-la e – obviamente – nenhuma ameaça ou ofensa pessoal.

2- Não fiz nenhum tipo de ameaça a ela mas escrevi em privado para que ficasse atenta com o que publica na internet pois o tema é muito delicado. Enviei a ela um trecho do ECA para que ela ficasse alerta e deixei claro: “não sou seu inimigo”.

3- Não considero o texto machista porque TODOS os personagens no texto poderiam ter o gênero trocado e minha opinião seria a mesma.  Disse – em sua defesa – que o fato de não ter um homem para dividir essa decisão a obrigou a tomá-la sozinha. “Duas cabeças pensam melhor que uma”, e que se tivesse ajuda talvez fosse diferente. Não fiz nenhuma crítica a sua qualidade como mãe ou à sua maternagem.

4- Usei um termo feio no início do texto e imediatamente o retirei, pois poderia  gerar confusão. Pedi desculpas pela comparação imediatamente. Foi um erro, mas foi corrigido muito no início.

Por outro lado aceito que errei

Eu deveria ter no mínimo esperado mais para debater o tema. Creio que se trata de um tema importante para mães, país e até avós como eu. Esse tipo de dilema que ela enfrentou muitos irão se deparar e em idades até mais precoces. Acho que ela se ofendeu por ter lido o meu texto como uma crítica às suas qualidades como mãe. Mesmo que eu não tenha feito isso, imagino que ela tenha se sentido mal e por isso a explosão de indignação.

Por fim peço desculpas a ela e espero que ela tome as atitudes adequadas com o vídeo ofensivo que injurioso que postou. Gostaria que a solução fosse a mais branda civilizada possível, sob pena de termos que discutir em outros patamares.

Deixo o meu pedido de desculpas para todos se no debate houve algum excesso de minha parte. Se eu o fiz peço humildemente perdão e o farei explicitamente a quem se sentiu ofendido.

Obrigado
Ric

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