Olifãs e Pipokinhas

Eu não vejo grandes dramas com o fato de uma menina – que atende pelo sugestivo nome de Mc Pipokinha – rebolar em bailes funk e até mesmo ficar rica com essa profissão. O mesmo raciocínio uso com quem faz olifãs – ou mesmo prostituição por livre escolha – por uma razão bem simples: há quem pague e existe quem queira vender. Minha única reclamação é pelo fato de uma menina dessas escarnecer de um professor achando que o trabalho de mostrar seu corpo e rebolar de forma provocativa é “mais valioso” que o ofício de uma professora apenas porque seu contorcionismo erótico paga mais.

O dinheiro é, quase sempre, um péssimo método para avaliar qualidade ou importância social de uma ideia ou um trabalho. Apesar de sua inquestionável importância através da história os professores são depreciados e mal pagos no capitalismo. Mesmo diante desse desprestígio não deixam de ser indispensáveis. Nunca é tarde para lembrar que Beethoven fez muito menos sucesso que Justin Bieber ou Madonna.

Uma cultura sobrevive sem pipokinhas, mas não sem mestres.

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