
Sonhei que estava em uma aula com várias moças muito jovens e alegres, que conversavam entre si alegremente enquanto eu me mantinha quieto. Um certo momento entra uma senhora mais velha, mas muito “faceira”. Apresenta-se, fala algumas poucas palavras, apresenta-se como a professora e diante da turma abre uma caixa de onde saem inúmeras borboletas multicoloridas.
“Será nossa aula de “borboletologia“, disse ela. Tirei do bolso um papel-sonho e anotei “Confirmar o nome ao acordar”. Foi o que fiz, e descobri que o nome da ciência que estuda as borboletas é a “lepidopterologia“, um ramo da entomologia.
Uma das borboletas, que mais parecia uma planta de jardim disfarçada, pousou bem à minha frente. Enquanto observava os detalhes curiosos de suas asas de matizes multicores a professora se aproximou de mim.
“Por que está cara tão fechada?”, disse ela, olhando bem em meus olhos com sua reprovação amorosa. “Veja quantas borboletas!!”. Só então me dei conta da tensão do meu rosto e da minha incapacidade de sorrir diante da surpresa que nos foi oferecida. Olhei ao redor e pude ver todas as minhas colegas alegremente correndo atrás delas com seus smartphones engatilhados e suas risadas fáceis.
Notei que as borboletas eram “camaleônicas” e se transmutavam, mudando o formato das asas e suas cores na medida em que falávamos com elas, isso tudo diante de nossos olhos incrédulos.
A professora tinha razão; não fazia sentido algum ser rabugento diante de tanta e tão efusiva beleza.