“O pior da violência é quando não é reconhecida como tal. É quando ela se mistura às normas e rotinas, procedimentos e protocolos, sendo institucionalizada e banalizada, a tal ponto que fica camuflada no cenário da atenção. Invisível ela cria raízes e se consolida na paisagem. Quando alguém, por fim, desperta e reclama, sempre aparece um outro que, amortecido pela mesmice das condutas repetitivas exclama: Mas como? Sempre fizemos assim e nunca ninguém reclamou“.
Acredite… quando um grupo de antropólogos e feministas aportou em terras de África para questionar a clitoridectomia em meninas adolescentes como prática ritualística e institucionalizada esta foi a EXATA manifestação do líder tribal. “Como assim “violento”? Esse ritual é realizado há milênios e jamais alguém havia reclamado!!”.
Para ter direitos é necessário conhecê-los. Para viver em um mundo melhor é preciso primeiro concebê-lo, depois desejá-lo e por fim construí-lo.”