Este depoimento, do comediante liberal americano Bill Mahler, resume de uma maneira clara o que penso dos pobres brasileiros que votam em ricos, ou em seus representantes. É desta forma que analiso os meus amigos que fazem elogios rasgados ao presidente Macri e sua agenda neoliberal, ao mesmo tempo em que criticam os governos ligados aos trabalhadores. O que me deixa intrigado é que, se eles estivessem defendendo seus próprios privilégios, seria compreensível. Egoístico, mas racional. Entretanto, meus amigos deles defendem o enriquecimento sem freios dos seus próprios opressores, apenas por nutrirem a fantasia de que um dia, se a sorte lhes sorrir, poderão beber da mesma champanhe daqueles que hoje os oprimem. Muitos sequer querem acabam com o opressão; apenas invejam a opulência dos poderosos e dela querem usufruir.
Como num conto de fadas, permitem-se permanecer adormecidos com a esperança de serem beijados pela sorte, para assim poderem fazer parte da minúscula minoria que detém o poder.