Ainda sobre a pediatra que negou atendimento a uma criança por ela ser filha de uma militante do PT.
Uma pergunta me ocorreu..
E se a questão não fosse a cor partidária, mas a cor da pele? Se a médica dissesse que não se sente bem por atender negros, orientais ou imigrantes, ainda sim o representante do sindicato da corporação diria que a médica deveria se orgulhar pela sua “sinceridade”? E se a mãe da criança fosse gay? Preconceito racial não pode, mas contra um partido pode? Alguns preconceitos são piores – ou mais aceitáveis – que os outros? É certo focarmos apenas na (necessária) sinceridade da profissional e esquecer o preconceito asqueroso e abjeto que a moveu?
Fiquei rindo sozinho (um sorriso triste, confesso) de imaginar o que diria o mesmo representante da corporação se uma médica petista (existem sim, acreditem) resolvesse escrever a mesma mensagem para uma mãe que veio à consulta com a camiseta da CBF e um adesivo “Fora Dilma” colado ao peito.
Alguém dúvida da ferocidade com a qual ela seria atacada por seus iguais?