A ideia simplista de que “O Problema” do Brasil é a corrupção – que alimenta tanto os sonhos da direita – é tão tosca que não suporta sequer o debate mais superficial. Bastaria para isso lembrar o discurso de Jânio Quadros e Collor, ou Carlos Lacerda contra Getúlio para ver como é velha a argumentação de que vamos “acabar com os corruptos”, “vamos passar uma vassoura”, “vamos limpar o mar de Lama” enquanto se mantinha o mesmo sistema político representativo baseado no dinheiro (limpo ou sujo) do empresariado. Tolice e perda de tempo, mas que serve aos interesses de pessoas que não querem enxergar que o drama é outro, mas permanecem procurando soluções simplórias e HISTORICAMENTE ERRADAS ao culpar um partido (o PT) ou uma comunidade específica (os judeus) ou mesmo os refugiados (sírios e islamitas) pelos problemas complexos de uma nação.
No fundo o que desejam é que continue TUDO COMO ESTÁ, mas que os trabalhadores organizados nunca tenham uma representação. Mas… achar que Moro representa o “novo”, a Batalha Final contra a corrupção, quando só tentar atingir Lula e jamais ataca o seu próprio partido? Ora, isso já é exagerar na fantasia…. Pense bem, porque ninguém mais acredita na Lava Jato? Por causa do subproduto que ela criou: procuradores alucinados e um juiz que deseja ser protagonista fazendo política partidária.“As pessoas no mundo virtual acham que os “bandidos” condenados pelo tribunal da imprensa ou de suas próprias consciências não merecem defesa e nem mesmo alguém que escute sua versão dos fatos e os apoie, o advogado. Errei feio ao dizer que isso era medieval; na idade média já se tinha ideia da ampla defesa. O que se propõe é a volta à pré-história da humanidade, algo bem antes do início da civilização.”