A baura tá na mão

Fico aqui me perguntando porque não tratar o uso de cannabis com o mesmo viés crítico de qualquer outra droga. O que está sendo dito hoje em dia sobre a maconha tem a mesma marca de exagero e ufanismo que já vi sobre muitas outras coisas – e também remédios. Da cura do Parkinson, passando pelo câncer, pela artrite reumatoide e pela sua atividade ansiolítica.

A idéia de que a “solução está lá fora“, em uma droga, um aparelho, no dinheiro ou em uma pessoa é muito sedutora e sempre nos acompanha. Essa visão de “cura exógena” é que merece uma crítica severa por parte de quem quer ver a cura vomo um processo de reforma íntima.

Para mim isso tem cheiro, cor e forma de abertura de mercados. As grandes empresas estão loucas para que o grande comércio da cannabis se estabeleça para criar um gigantesco mercado internacional para a nova droga da moda. Capitalismo aplicado à saúde, como tanto testemunhei minha vida inteira.

Deixo aqui registrado que eu não embarco no entusiasmo desmedido por essas drogas, mesmo reconhecendo que a liberação é fundamental e que possam existir benefícios no seu uso.

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