Diploma

Se fosse necessário curso ou aprendizado especial para o exercício da paternidade e da maternidade ainda seríamos um aglomerado de bosquímanos humanoides vagando pela savana africana. Não se constrói a parentalidade por processos cognitivos – mesmo que eles sejam sempre bem vindos – mas por elementos muito mais primitivos e arcaicos como a pulsionalidade afetiva que nos liga à reprodução e à maternagem. Exigir cursos ou diplomas como condição para tornar-se pai ou mãe é acreditar que o amor pelos filhos pode ser aprendido com a leitura de livros e apostilas e – pior ainda – que para ser um bom pai ou mãe é necessário um certificado na parede.

Amalia Sturnberg, “Echoes of Hallibur”, ed. Parnasus, pag. 135

Amalia Sturnberg é uma escritora alemã nascida em Postdam em 1954. Estudou no Estados Unidos com o professor Lovejoy sobre as origens da bipedalidade, em especial no estudos sobre o Ardipithecus ramidus. Lecionou a cadeira de Paleoantropologia na University of Princeton até se aposentar em 2010 por problemas de saúde. Vive em Nova York com seu marido, o conhecido jazzista Das Mingle.

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