Conheci seu trabalho a bordo de um voo da azul quando vi o personagem de uma mulher rica e superficial chamada Senhora dos Absurdos.
Quase morri de rir.
Na minha perspectiva de homem velho ele era um garoto ainda. Jovem, bonito, dois filhos e recém casado. A projeção do tanto que ele tinha para viver deixa a morte ainda mais dolorida.
Que siga em paz. Faça os anjos do céu rirem das suas piadas, assim como eu tanto gargalhei com você nas alturas.
Dentre as coisas positivas que é possível retirar da morte dramática do Paulo Gustavo creio que a mais significativa é a visibilidade de sua relação afetiva com o marido e os filhos, mostrando a inequívoca plasticidade do conceito de família – onde o único elemento essencial é o amor.
Espero que no meio de tanta tristeza pela partida abrupta sua vida nos ofereça ensinamento e contamine mentes ainda carregadas de preconceito. Tenho a esperança que a partir do seu exemplo mais casais de todas as configurações tenham direito à dignidade. Que assim seja.