
Quando a harpia é retirada de seu habitat, onde ela estabelece relações de mutualismo positivas e benéficas com outras espécies, e deslocada para um lugar desconhecido – por mais sofisticado que seja – ela se desequilibra e tende a sofrer. Os cuidadores não conseguiram perceber a importância dos detalhes mínimos – como as pequenas abelhas que limpam suas narinas e as formigas que higienizam seu ninho – que interagem com as enormes harpias produzindo um meio ambiente positivo para ambos. Assim ocorre porque minimizamos os elementos invisíveis aos olhos desarmados e negamos sua relevância. As complexas relações da natureza são empobrecidas pela nossa incapacidade de perceber a teia imensa de conexões entre todos os seus elementos constituintes.
Pois me permitam avançar um pouco mais além nessa análise: o que dizer das parturientes deslocadas para lugares inóspitos e cuidadas por pessoas muitas vezes insensíveis às suas necessidades afetivas, emocionais, pessoais e subjetivas, pois que reduzem o ato de parir a um fenômeno meramente mecânico, para não dizer defectivo, problemático e perigoso?
Com este tipo de ideologia diminutiva sobre a capacidade feminina de gestar e parir e a negação dos elementos psíquicos envolvidos na parturição, não seria de se esperar que houvesse esse desequilíbrio que agora testemunhamos?
Por certo que sim, e a crise na atenção ao parto nos dias de hoje nada mais é do que a materialização deste tipo de desarmonia na ecologia sutil do nascimento…
Olá, eu sou a autora das fotos da ave que vc postou na sua página sobre as abelhas sem ferrão no bico das aves de rapina, gostaria que colocasse, por gentileza, os devidos créditos, e para informações essa ave é uma ÁGUIA CINZENTA, e não uma harpia.
Certa de sua compreensão.
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Obrigado, farei agora. Desculpe o atraso…
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