Quem nunca?

Ouvido por aí…

“Não amor, você entendeu errado. Eu adoro você, mas como amigo. Entenda, não me sinto preparada, sabe. Sei lá, talvez eu também tenha confundido. Um beijo (as vezes até uma transa, não?) nem sempre significa que a gente está apaixonada, né? Amar é uma coisa mais espiritual, menos do corpo e mais do Espírito. Você consegue me entender? As vezes essas coisas acontecem assim… ahhh… sei lá, é uma coisa de momento. Aliás, um momento lindo que ficará para sempre como uma memória que nós compartilhamos. Não há porque estragar essa lembrança, não lhe parece? Vamos começar do zero. Aconteça o que acontecer, seremos amigos para sempre, certo. Ra ra ra…. lembra aquela música dos três tenores? Não? Ok, não importa, o que vale é essa nossa amizade, que ela fique sempre forte, sem barreiras. E veja, você é até gostoso sabia? Hummmm, safadinho!! Hi hi hi. Mas saiba que nada do que estou falando significa que eu não gostei. Pelo contrário, bebê!!! Foi o máximo, foi super … mas foi. Como uma poeira de estrelas que o vento sopra e se mistura com as outras partículas do universo. Não sei se você me entende, ou se ficou confuso. Eu sou assim; falo pelos cotovelos, sabe? As coisas vem na cabeça e acabam saindo de uma maneira meio bagunçada. Não, é claro que a culpa não foi sua e você sempre foi o máximo comigo, inclusive aquela noite. Vou lhe confessar: você tem pegada. Pode acreditar, desde já estou com inveja da mulher que um dia vai lhe conquistar. Infelizmente, não serei eu. Sou leve demais, não me apego, sou solta como uma folha ao vento. Por favor, não me queira mal. Digo isso pelo seu bem, seu gostoso.”

Pedir para alguém detectar os “sinais sutis” do outro e interpretá-los como eles “verdadeiramente são” é retirar de nós o que nos configura como humanos.

Quem nunca?

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