Arquivo do mês: janeiro 2025

Imperador Alexandre

O Imperador do STF Alexandre de Moraes, conhecido como Xandão, disse que quem “comemorar” o 8 de janeiro estará praticando crime. Fico imaginando como ele situa isso no código penal freestyle que ele criou dentro da sua cabeça. Segundo ele disse, essa comemoração significaria “instigar golpe de Estado”. Peço, ao renomado Ministro, que defina o que é “instigar”. Por acaso comemorar o fim da II Guerra Mundial seria instigar ódio aos alemães? As pessoas ainda não entenderam que Alexandre de Morais é da mesma turma dos bolsonaristas, mas de um clã diferente. O ódio de Alexandre é porque ele estava com o nome no caderninho dos matadores contratados por Bolsonaro e sua turma. Não é o amor pela democracia e muito menos pela justiça o que o move: é amor a si, autopreservação, vaidade e desejo de protagonismo.

O ativismo jurídico que ele agora exerce apenas circunstancialmente nos beneficia. Na primeira vez que a esquerda resolver parar o país exigindo mudanças profundas, ele vai se voltar contra a classe trabalhadora e vai interpretar a greve – ou a passeata, manifestação, paralisação, ocupação- como “incitação ao golpe de Estado”. Pronto: prende Lula, prende os parlamentares, prende o trabalhador, encarcera senhoras de idade, e tudo aparentemente para salvaguardar a democracia.

Sabem por quê? Porque ele pode tudo e ninguém diz nada!!! Esse sujeito, apesar de não ter votos, manda no país mais do que o presidente, criando da sua cabeça leis que não existem (como todas as interpretações absurdas da lei do racismo “por inferência”), atropelando a constituição para impedir Lula de concorrer, julgando casos onde ele é (pasmem!!) vítima e juiz ao mesmo tempo, e agindo como um imperador, sem precisar dar satisfações a quem quer que seja.

Quem defende o Ministro Alexandre sofre de “síndrome de Estocolmo”. Criaram a fantasia de que ele “salvou a eleição”, quando, em verdade, ele impediu a eleição de Lula quatro anos antes através do seu golpe no STF, no qual rasgaram a constituição para impedi-lo de concorrer. Anotem aí: muito antes do que se espera haverá um golpe de Alexandre contra alguma manifestação popular da esquerda. O mesmo autoritário que cortava pés de maconha vai atacar a livre manifestação do povo por um governo melhor e mais justo.

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E se?

Durante anos eu li artigos e vi documentários que abordavam a hipotese ficcional de um mundo no qual o nazismo havia vencido a segunda guerra mundial. Por certo que junto com a vitória militar das forças nazistas haveria o controle da produção e da comunicação. Os países europeus estariam em frangalhos, com governos fantoches comandados por Berlim, e seus governos estariam enfraquecidos pelo gigantismo da Alemanha. Comunistas seriam inimigos mortais, caçados em toda a Europa e os Estados Unidos teriam o status de país do novo mundo, um bom fabricante de geladeiras. Todavia, não tenho dúvida alguma que o controle da imprensa, e o fato de que a história é sempre contada pelos vitoriosos, contaria a vitória da Alemanha como a coquista do “bem contra o mal” e a destruição de judeus, ciganos e comunistas seria tão somente a limpeza necessária de terroristas e bandidos comuns que ameaçavam a democracia nazista.

Quando vejo mundo de hoje e percebo o que os Estados Unidos fazem do mundo, me vem à cabeça a pergunta: estamos muito diferentes do que seria o mundo se Adolf tivesse vencido? Não seriam os ataques aos países do Oriente Médio, patrocinados pelo imperialismo, o mesmo sentido da dominação sangrenta e racista do III Reich? Não seriam os palestinos de hoje os judeus de outrora? Não seriam a Síria, o Iraque, o Afeganistão os países tomados pelas “blitzkrieg” de Hitler? Não seria a propaganda de hoje, pelos veículos sionistas que controlam a informação, uma forma de pintar de ruim o que é nobre e de bom o que é perverso? Da mesma forma como descrevíamos o “judeu maligno” de outrora fazemos hoje, pelo massacre da mídia, a imagem falsa do povo palestino como terrorista. Estamos muito distantes da ficção sombria da vitória dos nazistas?

O imperialismo, com sua dominação de espectro total, não difere muito de um totalitarismo planetário. Um mundo de equilíbrio não pode conviver com essa barbárie. A tarefa primeira do revolucionário é combater o imperialismo e seus tentáculos.

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