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Supremo

Eu escuto coisas como “Se Aras for – ou não – indicado ao supremo ele poderá agir assim ou assado em relação a Bolsonaro”. O problema é que esse “assim ou assado” é relativo a ações que podem afetar a vida de milhões de brasileiros. Pelas mãos de um Procurador Geral da República passa o destino de uma nação. Pensem apenas no desastre que representou Janot para a nossa democracia.

Pois eu acho absolutamente indecente e obsceno que os caminhos do Brasil estejam na dependência de um sujeito conseguir – ou não – um emprego de Batman com direito a mordomias no STF. Um país inteiro não pode depender das vantagens pessoais e no carreirismo desses personagens.

Aliás… está pintando a necessidade de um modelo híbrido de ingresso ao supremo. Pode ser por indicação do presidente eleito, que por sua vez foi escolhido através do voto, mas precisa ter mandato limitado. Tipo.. 10 anos. Os últimos indicados foram pessoas mais jovens e sem uma carreira suficientemente respeitável – ao meu ver. Com isso alguns deles ficarão no STF por décadas apoiando perspectivas de mundo que sequer representam a maioria do povo. Cássio Nunes é um triste exemplo.

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Eleições diretas

Precisamos falar de influenciadores digitais…

Caras como Tico Santa Cruz e Felipe Neto com frequência usam de sua influência para trazer temas com perspectivas extremamente equivocadas. A ideia de que as corporações deveriam ter plena liberdade de escolher seus representantes – como a PGR – garantiria a elas um poder autônomo e não regulado pela vontade popular. Criticar Lula por defender essa indicação em tese é um erro. Ou oportunismo.

Assim, esta instância política (pois age sobre a polis) se estabeleceria acima das decisões democráticas, colocando no panteão do poderosos representante de categorias sobre as quais o povo não tem qualquer ingerência.

“Todo o poder emana do povo…”, ainda está valendo?

Ser contra a indicações interesseiras e até criminosas de Bolsonaro é legítimo, desde que isso não signifique golpear a liberdade dos presidentes eleitos de indicar figuras chaves da administração.

J. Edgar Hoover, que ficou 38 anos no poder eleito por seus iguais (e ai de que não votasse nele) é um bom exemplo de como esse modelo pode ser destrutivo e ameaçante à democracia.

Já pensaram 38 anos de Janot ou Aras? Pensem como seria se eles fossem populistas que agradassem sua clientela (os procuradores) mas agissem contra os interesses da nação? Como retirar alguém com esse modelo alheio às decisões do escrutínio popular?

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