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Lula

O que me causa espanto (não deveria) é que a tropa de choque defendendo Guedes é mesma turma que chamava Lula de “ladrão” sem JAMAIS mostrar um fato, uma prova, os carros importados, as mansões suntuosas, uma loja de chocolate, uma rachadinha, uma conta no exterior, joias, contas milionárias, apartamento em Paris – na Avenue Foche, uma mudança no padrão de vida, família rica, promissórias e imóveis. Nunca fotografaram Lula ostentando qualquer aparência externa de riqueza.

O mistério do “ladrão” que rouba, mas só por diversão, porque JAMAIS gastou um tostão para si ou sua família…

Continuaram chamando Lula de ladrão sem provar nenhum roubo mesmo depois que se descobriu a corrupção de Moro e Dalanhol COM PROVAS materiais, gravações, áudios, a comprovação do grampo de advogados, escuta criminosa da presidente e tortura sistemática de delatores. E muita coisa existe ainda a revelar nos “processos de mentira” contra tanta gente.

Mas quando Guedes é pego com milhões fora do Brasil em paraísos fiscais a mesma turma passa pano, diz que é “legal” e se nega a reconhecer a imoralidade de ter essas contas no exterior e LUCRAR com o empobrecimento do Brasil.

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A morte da 3a via

Eu acho que o ódio às esquerdas (leia-se ódio à justiça social) é uma patologia digna de figurar no DSM – o código internacional de doenças. Claramente se manifesta pelo rechaço a tudo que é popular, que parte do povo, que tem cheiro de gente e que procura escutar o país como num todo, e não apenas os desejos de sua faixa média burguesa. Entre os sintomas dessa patologia está a classificação de todo líder emergente das faixas “inferiores” como “líder populista”, que seria um mentiroso, dissimulador, falso, mercenário e com uma agenda escusa de vantagens pessoais e corrupção. Um exemplo disso é a placa encontrada numa manifestação de direita onde se lia: “País sem corrupção é país onde rico manda, pois quem é rico não precisa roubar”. Claramente a ideia é de que um candidato do povo só poderia estar no poder para roubar…

Um sintoma dessa rejeição é a narrativa atual de que todos os que defendem Lula são “fanáticos”. Afinal, se ele é “ladrão”, só o fanatismo poderia nos fazer entender esse apoio. Entretanto, essa parcela da pequena burguesia hoje sente vergonha do profundo desastre ocorrido no governo Bolsonaro em todos os níveis: econômico, jurídico, ético e na imagem internacional do país. Em função disso, não aceitam Lula e seu odor de povo e também não querem se ligar ao horror anti civilizatório de Bolsonaro-Guedes.

É desse caldo que nasce o “nem Lula, nem Bolsonaro”, que nada mais é do que a “terceira via”, ou a viabilização de um candidato que burle essa dualidade não mudando nada na estrutura racista e classista da nação. Por isso a procura desesperada por um candidato que seja a cara do Centrão: homem, branco, burguês, rico e que guarde equidistância com PT e Bolsonaro, mas que seja bem visto pela elite exploradora e os militares oportunistas.

A terceira via, pela clara polarização e o clima de guerra que Bolsonaro sempre apostou como modus operandi da sua gestão, acabou por se inviabilizar e finalmente morrer de inanição. Não há como – agora – oferecer uma alternativa que impeça a eleição plebiscitária que teremos à frente. A terceira via morreu no primeiro dia do governo Bolsonaro, quando ele avisou que seu governo seria baseado no confronto, mas ainda há aqueles que tentam revivê-la gritando e chorando ao lado do seu corpo em decomposição.

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