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ENAPARTU

ENAPARTU – Sorocaba, julho 2012

Há 10 anos se realizava o ENAPARTU – Encontro Nacional de Parteria Urbana – uma ideia criada para regulamentar, fortalecer e normatizar a parteria nas grandes cidades e através de parteiras profissionais habilitadas. Foi um movimento que pretendia criar dentro da ReHuNa (Rede pela Humanização do Nascimento) um departamento exclusivo para a questão do parto urbano, numa perspectiva revolucionária, rompendo as amarras autoritárias relacionadas ao parto e estimulando o debate aberto e franco sobre nascimento humano, feminilidade, patriarcado, autonomia e suas relações com a parteria.

O movimento tinha ideias e propostas avançadas (demais?) para sua época. Ainda estamos patinando no enfrentamento necessário à corporação e nas propostas de multilateralidade. Vivemos ainda no universo unipolar da obstetrícia, sem perspectivas de curto prazo para abrir outras opções em nível sistêmico.

Apesar de eu ter me afastado em definitivo de qualquer participação institucional sobre o parto ainda acredito na necessidade das redes e das associações e reconheço a importância desse centralismo como propagador de ideias e na produção de representatividade política. Espero que esse congresso possa servir de semente para o florescimento de uma corrente revolucionária para a parteria.

Talvez eu não tenha mais a oportunidade de ver em vida um congresso relacionado ao nascimento igual a esse – em outras bases e com outros personagens – mas as ideias de protagonismo garantido às mulheres, interdisciplinaridade e atenção baseada em evidências sobreviverão à minha partida e não serão jamais abandonadas, pois que estão contidas na essência da liberdade, meta última do ser humano.

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BRICS

A criação do banco dos BRICS está na raiz das turbulências que ocorreram ultimamente no Brasil. Figuras com o menino Kim Kataguiri são diretamente financiadas por instituições americanas que objetivam desestabilizar a estrutura macroeconômica do Brasil. Não é à toa que a grande imprensa brasileira age de forma golpista há meses, criando fantasias ou fabricando boatos de forma industrial. A autonomia do Brasil desagrada àqueles que lucraram durante séculos com a nossa subserviência.

O surgimento de uma estrutura que desafia e ameaça a hegemonia do dólar jamais seria tratada de forma cândida pelos donos da economia mundial. Quando avaliamos nossas agruras intestinas e os problemas domésticos delas derivados não podemos esquecer as relações do Brasil com o mundo ao redor e seus interesses. Os “escândalos” que não se confirmam, a boataria criminosa e a tentativa clara de um golpe tem como foco a derrubada das pretensões brasileiras de amadurecer como nação. A luta seletiva e oportunista contra a corrupção tem um alvo muito mais profundo: a autonomia econômica do Brasil. Por esta razão se ataca Lula e Dilma, enquanto FHC, Serra, Alkmin e Aécio – parceiros da política americana – são claramente poupados pelo PIG.

Os Estados Unidos sempre nos trataram como seu quintal – assim como toda a América Latina – e não aceitariam de maneira dócil a insurgência de seus antigos serviçais.

Leia mais sobre a importância estratégica dos BRICS aqui:

Banco dos BRICS

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