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Propaganda imperialista

Entre conhecidos portugueses vejo também constantes ataques a Putin. Por lá também viceja uma EPB – Esquerda Pequeno Burguesa – anti Rússia, anti Putin e anticomunista que mascara suas perspectivas imperialistas com um falso “discurso pela paz”. Não há porque acreditar que seja um fato isolado; a Europa inteira deve estar infestada por esse tipo de narrativa.

Não aceitam o contraditório e acreditam que apoiar os nazistas da Ucrânia – que mataram 12 mil civis no Dombass e queimaram vivos sindicalistas em Odessa – poderia ser um passo em direção à “paz”.

Nunca é demais alertar a todos sobre a pervasividade da propaganda imperialista; ela está por todo lado.

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O cisco no olho alheio…

Yuval Noah Harari, escritor israelense bastante popular, escreveu uma matéria ao Guardian onde afirma que “Putin já perdeu a guerra”. Seus argumentos parecem ter sido copiados das redes de TV americanas, mas chama atenção que um israelense seja porta voz deste tipo de raciocínio, que acusa a Rússia pela beligerância.

Não dá para dar ouvidos para um israelense que escreve sobre guerra, invasão de países e destruição de populações. Ora senhor Yuval, olhe a destruição que vocês promovem na Palestina com a invasão europeia e branca realizada na região desde o Nakba, em 1947. São VOCÊS que consideram a Palestina um “não-país” e os palestinos um “não-povo”. Olhe para a destruição da população que vocês oprimem, do qual o senhor é beneficiário, antes de acusar falsamente a Rússia.

Quando esse sujeito diz: “He may win all the battles but lose the war. Putin’s dream of rebuilding the Russian empire has always rested on the lie that Ukraine isn’t a real nation, that Ukrainians aren’t a real people, and that the inhabitants of Kyiv, Kharkiv and Lviv yearn for Moscow’s rule” (Ele pode vencer todas as batalhas, mas perderá a guerra. O sonho de Putin de reconstruir o império russo sempre se baseou na mentira de que a Ucrânia não é uma nação real, que os ucranianos não são um povo real e que os habitantes de Kyiv, Kharkiv e Lviv anseiam pelo governo de Moscou) ele está apenas mentindo. Uma farsa, uma narrativa claramente controlada pelo imperialismo.

A Rússia não declarou guerra à Ucrânia mesmo quando a população de origem russa estava sendo massacrada pelos nazistas que detém o poder neste país – estima-se mais de 14 mil mortos no Dombass desde 2014 (muito mais do que esta guerra aberta provocou até agora). Não declarou guerra nem quando sindicalistas e comunistas – russos étnicos – foram queimados vivos dentro do sindicato em Odessa por forças de extrema direita de inspiração nazista.

A guerra veio pela insistência dos nazistas ucranianos em apontar armas atômicas para Moscou através das promessas explícitas de Zelensky de fazer isso ao aderir à OTAN. Uma bomba dessas em Kiev atinge Moscou em 4 minutos.

NA MÃO DE NAZISTAS!!!!

A Ucrânia INICIOU A GUERRA em 2014 quando realizou um golpe de estado financiado pelos Estados Unidos – em mais uma revolta colorida – e colocou no governo um fantoche dos interesses do Império. A Rússia está se defendendo, e vai se defender até a morte. Está no DNA russo, um povo que foi invadido por Napoleão, depois pelos 10 exércitos estrangeiros (inclusive americano) que deram apoio aos mencheviques na luta contra os revolucionários bolcheviques na guerra civil e depois ainda por Hitler na II Guerra Mundial. Todos foram rechaçados, com custos altíssimos em vidas humanas. Não serão os nazistas mais uma vez que vencerão a Rússia.

Antes de decretar a derrota russa lembre que esta guerra é para a defesa russa. Sua ideia de que Putin deseja ressuscitar a “União Soviética” é pura narrativa fantasiosa para justificar os ataques à Rússia.

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Séries americanas

As séries americanas como NCIS (em qualquer versão) são grandes campeões de audiência nos Estados Unidos e no mundo inteiro. Mocinhos, bandidos, uso de tecnologia, mulheres de 50 kg dando golpes e derrubando homens de 90 kg, humor, sarcasmo e alguma pitada de sexo. Mas eles são na verdade fontes extremamente potentes de propaganda americana. As mensagens inseridas em cada capítulo seriam ridículas e infantis se não eu soubesse que são cientificamente elaboradas para passar uma mensagem, via de regra preconceituosa e ufanista.

A forma como são descritos os árabes – e os muçulmanos em geral – como jihadistas fanáticos e insensíveis é absurda, ofensiva e grotesca, mas serve de alimento para um povo acostumado a pensar em si mesmos como o centro do mundo. Isso explica como o massacre que foi a invasão do Iraque ainda seja tratado aqui como “uma luta para levar democracia a um país consumido por uma ditadura cruel”. Chamar isso de entretenimento só faz sentido em um lugar que chama Mc Donalds de “comida” e Trump de “presidente”.

Agora estou assistindo “Designated Survivor” para acompanhar minha amiga, que tem um gosto inacreditável para lixo televisivo. Trata-se de uma série americana sobre a morte do presidente seguida da reposição por um não político, já que todo o gabinete morreu no atentado. O ator que faz o novo presidente é o Kiefer Sutherland, o mesmo que fazia o Jack Bauer. O nível de ufanismo e bom-mocismo é tão ingênuo e cafona que é impossível não ser planejado. É como assistir “Independence Day” em capítulos.

É compreensível que os americanos vivam nessa bolha em que genuinamente se sentem a reserva moral do mundo. É um bombardeio diário de propaganda incessante.

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Madame Secretária

Aqui nos Estados Unidos eu faço companhia à minha anfitriã acompanhando séries como “Madam Secretary”, a qual descreve o cotidiano de uma secretária de Estado (seria a chanceler, como Hillary) e suas peripécias como mãe de família enquanto trata de guerras e negociatas políticas no mundo inteiro. Nada pode ser mais ingênuo e falso. Em todos os episódios os americanos estão preocupados em salvar o mundo da selvageria que existe nas partes não brancas do planeta. Os árabes, em especial, e os políticos da Ásia Central são tratados com profundo desrespeito e desdém. Todos são corruptos, tolos, perversos, desonestos e pueris.

No episódio de hoje o presidente do Quirguistão propôs um acordo com a Secretária de Estado sobre bloquear o tráfico de mulheres naquela região desde que uma famosa atriz americana comparecesse ao seu aniversário. Esses países, aos olhos do americano médio, não passam de republiquetas cheias de bárbaros comandados por ditadores vaidosos e prepotentes.

Na série é evidente o choque entre civilização (nós) e barbárie (eles).

Em contrapartida os americanos são bravos, nobres, determinados e honestos. São ridiculamente certinhos. Em.um episódio, a filha da secretária se inscreveu para Harvard e negou-se a usar o cargo da mãe como trampolim para a vaga. As lições de moral ao estilo “Waltons” acontecem toda hora e da maneira mais piegas e artificial.  Os outros dois filhos são incrivelmente estereotipados e o marido um herói bonitão, maduro e íntegro.

A imagem que os americanos fazem de si mesmos e dos outros países é forjada nessas séries produzidas como pura propaganda. Pior ainda é a gente no Brasil acreditar nessas mentiras.

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