Todos os grandes gênios da humanidade mostraram a pequenez do ser humano, e por isso não podiam ser perdoados. Atacar nossa autoestima é um crime grave. Copérnico o fez ao mostrar que não somos o centro do universo, Darwin por provar que não somos o centro da natureza e Freud por mostrar que não somos guiados pela razão, mas por uma constituição psíquica tripartite, onde os motores principais de nossas ações se encontram nos calabouços do inconsciente. Já Marx mostrou que somos governados pela história e pelas forças de choque entre as classes, as quais produzem mais efeitos na sociedade e na cultura do que os avanços científicos.
Os grandes gênios são necessariamente incompreendidos, atacados, segregados e difamados. Portanto, como regra geral, se as suas ideias fazem muito sucesso é apenas porque suprem necessidades momentâneas. Como diria Nietzsche, “um gênio verdadeiro só é compreendido após a passagem de um século”, e não há como fugir muito dessa regra”.
Rudolph Schlitzer, “The Quantum of Transformation”, Ed. Borromeo, pag. 135
Rudolph Schlitzer é um físico, professor universitário e escritor austríaco, nascido em Viena em 1932.