O jornalismo de opinião do futebol está totalmente cooptado por empresas que controlam sites de apostas situadas fora do Brasil – portanto imunes à legislação nacional que as proíbe. Curiosamente, essa imoralidade (ao meu ver) é tratada pelos jornalistas como “diversão”, “brincadeira”, “entretenimento para a família” e mesmo como uma forma de investimento, para ganhar um “dinheiro extra”.
Pois eu creio que a cooptação do jornalismo para este tipo de jogatina produz uma mistura profundamente perigosa para o próprio futebol. Aqueles que acreditam que jogos de azar podem ajudar o esporte esquecem os escândalos na Itália e no Brasil onde a pressão de investidores compravam resultados improváveis, e fizeram gente esperta ganhar muito dinheiro por algum tempo.
Vejam aqui mais sobre o escândalo das apostas na Itália aqui:
Jornalistas já estão TODOS amarrados. Nenhum deles, a partir de agora, poderá criticar essas empresas de apostas e a mistura que fazem entre enormes quantias de dinheiro e os resultados das partidas. Estão todos na folha de pagamento, impedidos de criticar a invasão dessas instituições no cenário do futebol brasileiro. E já são dezenas de empresas, que compram não apenas os jornalistas, mas espaços no YouTube e Facebook.
O jornalismo corporativo – financiado pelas empresas e grandes corporações – é um modelo falido. Bastam poucos tostões para comprar a opinião de jornalistas para que algo deletério e moralmente questionável vire “diversão para a família”.
Mas…quem se importa, né?