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DEBATE – Debra Pascali-Bonaro

DOULAS AND ACTIVISM

Bilingual Version

Ok.. a quick response, I am in a very very busy time, so not the best to write all I would like to as my statement are in no way selling the doula short or in support of dis-respectful, or  bad practices.  Always the doula supports the woman to have her voice, to advocate for a safe, satisfying and I would add pleasurable birth, but she does this with respect.  Like water, it is very gentle one drop at a time, but it can also be a very strong force.  Water finds it’s path, sometimes going under, around, through the cracks, as doulas we find the way to help the woman advocate in many creative ways.  I find that a doula can be gentle, yet powerful in her support at the same time helping the woman to navigate in peace and love.  

We want women to be surrounded by the energy of harmony and peace.  To bring our activism to someone’s birth does not serve the woman or the team if we create negativity.  The Doula’s role is: To hold the space for every woman to have respect, dignity, and fully informed decision making, this is powerful!  We help the woman to advocate for herself.  We ask her how she feels?  We ask what she would like, does she need more time to think about her choices, there are many questions that help women to navigate her options in childbirth. We always want the woman to have her voice. To speak for someone is dis-empowering – to help her to speak is allowing her to find her power.  I work with doulas to learn this important skill and distinction.  The doula encourages her client’s advocacy and stands with her for her rights.  

When I take my doula hat off after the birth, I put on my activist hat and as an Activist I can speak up and speak out for change in many ways, no longer representing the client.     I work to find the way to have a discussion with caregivers, to discuss the evidence, listening – and working through our differences.  The path to change is bumpy and I acknowledge it is not always easy, but as doulas we can find creative ways to be heard, to make change one birth at a time as women take back birth. For in the end it is the woman’s voices that must be heard.  To have their choices honored.  

I have a passion for normal, undisturbed pleasurable birth.  I have been a part of working with providers and facilities in changing their practices and have always stood strong and proud to defend every woman’s right to optimal MotherBaby care as defined by the International MotherBaby Childbirth Initiative www.imbci.org .  I wish I could talk to those who feel that my comments were less than what they see as the doulas role, as I feel we would see that we are all standing for the same  values, standing for normal birth and  respectful care for women.  yet our tactics to achieve  it may be different.

It is a fine line to see how advocating for someone, vs helping them to advocate for themselves makes such a difference.  Mother’s will have to advocate for her baby and child for a lifetime, helping her claim this right and power at birth sets the stage for a powerful mother.  This is an important aspect of the doulas role.  Again this is in our scope of practice:

The doula advocates for the client’s wishes as expressed in her birth plan, in prenatal conversations, and intrapartum discussion, by encouraging her client to ask questions of her caregiver and to express her preferences and concerns. The doula helps the mother incorporate changes in plans if and when the need arises, and enhances the communication between client and caregiver. Clients and doulas must recognize that the advocacy role does not include the doula speaking instead of the client or making decisions for the client. The advocacy role is best described as support, information, and mediation or negotiation.

Sorry I have to get some rest, please let the doulas know I hear them, I am with them and I hope one day we can talk in person as these are hard issues to handle in email.

With love and gratitude,

Debra Pascali-Bonaro LCCE, BDT/PDT(DONA) our
Chair International MotherBaby Childbirth Initiative, www.imbci.org
DONA International Doula Trainer
Lamaze International Childbirth Educator
Visit my new web site www.debrapascalibonaro.com 
www.eatpraydoula.com
www.orgasmicbirth.com
www.globalbirthfair.com

A tradução é minha (Ric Jones) sobre uma comunicação pessoal com esta que é a doula mais famosa e experiente do mundo. Debra oferece treinamento de doulas em cinco continentes, é a produtora e diretora do documentário “Orgasmic Birth”, além de ser co-autora do livro com o mesmo nome em parceria com Elisabeth Davis. Debra estava voltando de um tour pela Europa e encontrou tempo para responder um questionamento meu sobre os “limites da ação das doulas e sua relação com o ativismo”. Abaixo a sua resposta:

Eu trabalho duro nos meus workshops para enfatizar a ideia de que a doula faz parte da equipe. A doula oferece respeito para a família e sua cliente, mas também deve respeitar toda a equipe de profissionais. Em minhas aulas eu pergunto como lidar com uma mulher que tem medo, que tem dificuldades e é desafiadora, e é claro que minhas alunas dizem que, nestas condições, a resposta é oferecer mais amor, compreensão e carinho. Então eu lhes pergunto: E sobre os prestadores de cuidados que também têm medo e dúvidas, mas que estão a trabalhar o melhor que podem? Creio que a mesma resposta se aplica, e devemos ter com eles a mesma consideração. Eu uso a analogia de que temos um sistema quebrado, um sistema disfuncional.

A maioria de nós sabe como boas pessoas podem ser abatidas em uma relação disfuncional, seja em sua família ou em seu trabalho. Eu afirmo que todos que vão para o trabalho em uma maternidade o fazem com o mesmo coração carinhoso com que vivem suas vidas. Precisamos reconhecer que há pessoas boas em um sistema quebrado, e vamos precisar de todas elas para curar o nosso modelo de saúde: Doulas, médicos, parteiras, enfermeiros, cientistas sociais, etc. Devemos trabalhar todos juntos para a mudança. Eu passo muito tempo nos meus workshops tentando mostrar com exemplos e com essa linguagem como é possível levar adiante esse modelo.

Também trabalhamos com a visão da DONA no que se refere à prática e ao código de ética:

http://www.dona.org/aboutus/code_of_ethics_birth.php
http://www.dona.org/aboutus/standards_birth.php

DONA deixa muito claro que as doulas não fornecem cuidados clínicos e descreve no item “Advocacy” como a doula NÃO deve falar pela cliente ou tomar decisões por ela. Mais uma vez eu gasto uma enorme quantidade de tempo nos meus workshops para esclarecer o que isso tudo significa em cada situação, e como pode parecer simples adicionar a nossa opinião em um caso, o que seria considerado uma “conduta médica”, como na situação de aconselhar uma mulher a não aceitar o tratamento que seu médico está propondo.

Em vez disso, doulas devem ajudar as mulheres a fazer decisões informadas e colaborativas, facilitando a comunicação positiva entre a mulher e sua equipe de atenção, para que possa acessar a informação que deseja ou necessita para tomar uma decisão informada.

Vocês todos sabem disso, por isso a questão agora é o que fazer com as doulas que estão a atravessar as linhas de ação, e trabalhando através de suas próprias dores para serem ativistas de uma forma prejudicial. 

Continuando…

Talvez não seja o melhor tempo para escrever tudo o que eu gostaria, mas de forma alguma minhas palavras são no sentido de diminuir as doulas, apoiar o desrespeito ou reforçar práticas inadequadas.  A doula sempre apoia a mulher para que ela tenha sua voz, na defesa de um parto seguro, gratificante e – eu gostaria de acrescentar prazeroso – mas ela deve fazer isso com respeito. Assim como a água, que é uma gota muito suave de cada vez, ela pode também ser uma força muito forte. Pois a água encontra seu caminho às vezes  por baixo, em torno de e através das fendas, e também as doulas encontram alguma forma de ajudar as mulheres de muitas maneiras criativas. Acho que uma doula pode ser suave, ao mesmo tempo em que é poderosa em seu apoio de ajudar a mulher a navegar em paz e amor. Queremos que as mulheres sejam cercadas pela energia da harmonia e da paz. Trazer o nosso ativismo ao nascimento de alguém não serve à mulher ou à equipe, se isso criar um clima de negatividade. O papel da doula mais importante é em garantir o espaço para que cada mulher seja respeitada, tenha dignidade e possa tomar decisões informadas, e isso é poderoso!! 

Nós ajudamos a mulher para que ela fale por si mesma. Nós perguntamos como ela se sente? Perguntamos o que ela gostaria, se ela precisa de mais tempo para pensar sobre suas escolhas? Há muitas questões que ajudam as mulheres a navegar em suas opções de parto. Nós sempre queremos que a mulher tenha sua voz. Falar por alguém é desempoderador – ajudá-la a falar é permitir que ela encontre seu poder. Eu trabalho com doulas para aprender essa habilidade importante e distinta. A doula estimula a defesa de suas clientes e fica ao lado delas pelos seus direitos.

Quando eu tiro meu “chapéu de doula” após o nascimento eu coloco meu “chapéu ativista”, e como ativista eu posso falar de mudanças em muitos aspectos, mas aí já não estou representando a minha cliente. Eu trabalho para encontrar o caminho para uma conversa com os cuidadores, para discutir as evidências, ouvindo e trabalhando através das nossas diferenças. O caminho para a mudança é acidentado e eu reconheço que nem sempre é fácil, mas como doulas podemos encontrar formas criativas de sermos ouvidas, de fazer mudanças “um nascimento de cada vez”, enquanto as mulheres tomam de volta seus partos. Porque no fim, é a voz das mulheres que deve ser ouvida; para terem honradas as suas escolhas.

Eu tenho uma paixão por partos normais, não perturbados e prazerosos. Tenho trabalhado conjuntamente com provedores e instituições no sentido de mudar suas práticas e sempre me mantive forte e com orgulho para defender o direito de cada mulher de ter um parto ótimo centrado na “mãebebê”, como definido pelo “International Motherbaby Childbirth Initiative” (IMBCI – www.imbci.org). Eu gostaria de falar diretamente com aqueles que sentem que os meus comentários são menos do que o que eles pensam como sendo o papel doulas, porque eu sinto que todos defendemos os mesmo valores, defendemos o parto normal e respeitoso para as mulheres, ainda que nossas estratégias para alcançá-lo possam ser diferentes. É uma linha muito tênue e difícil de perceber esta de defender as mulheres ou ajudá-las a que se defendam por si mesmas, e isso pode fazer uma grande diferença. Uma mãe terá que defender seu bebê e sua criança para o resto da vida; ajudá-la a reivindicar esse direito e esse poder já no parto pavimenta o caminho para uma mãe poderosa. Este é um aspecto importante do papel doulas. Novamente,é assim em nosso âmbito de ação:

A doula defende os desejos do cliente, como expresso em seu plano de parto, em conversas de pré-natal, e em discussões durante o trabalho de parto, encorajando-a a fazer perguntas ao seu cuidador e expressar suas preferências e interesses. A doula ajuda a mãe a incorporar mudanças nos planos, se e quando surgir a necessidade, e se esforça por melhorar a comunicação entre a cliente e o cuidador. Clientes e doulas devem reconhecer que o papel de defesa não inclui a doula falando no lugar da gestante ou a tomada de decisões no lugar dela. O papel de defesa é mais bem descrito como apoio, mediação, informações e ou negociação.

Desculpe, eu tenho que descansar um pouco, por favor, deixe as doulas saberem que eu as escuto, estou com elas, e espero que um dia possamos falar pessoalmente, pois  essas são questões difíceis de lidar à distância.

Com amor e gratidão,

Debra Pascali-Bonaro LCCE, BDT / PDT (DONA) nosso
Cátedra Internacional Mãe-Parto Iniciativa, http://www.imbci.org
DONA Internacional Treinador Doula
Lamaze Internacional educador do parto
Visite meu http://www.debrapascalibonaro.com novo site web
http://www.eatpraydoula.com
http://www.orgasmicbirth.com
http://www.globalbirthfair.com

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