Eu acho mesmo que a publicidade sobre personalidade das redes sociais atua de forma desfavorável para os profissionais liberais, como obstetras, médicos em geral, advogados, psicólogos, etc. Eu ainda acho mais seguro que estes profissionais usem perfis enxutos, básicos, muito simples e que ofereçam orientações simples sobre o seu ofício, mostrando a direção e o sentido amplo da sua proposta de trabalho (por exemplo, humanização do nascimento), mas sem exposição intensa e ostensiva dos profissionais – excesso de fotos, prêmios, filhos, conquistas, casa, férias, etc.
Cada dia mais me convenço que uma postura pessoal discreta é o melhor caminho, o mais seguro. Aqui na minha terra há uma expressão que diz “não alerte os gansos”, ou seja, não chame tanta atenção para si mesmo, pois poderá em breve se tornar alvo dos invejosos e daqueles que se sentem ameaçados pelo seu sucesso. As redes sociais devem ser prioritariamente usadas para disseminação de ideias, não de propaganda pessoal, pois a exaltação de egos é uma luz muito forte, que invariavelmente projeta uma enorme sombra. O número de profissionais famosos que sucumbiram ao tsunami do próprio ego deveria nos ensinar algo sobre os perigos dessa vitrine virtual.
PS: Isso não é indireta para ninguém, só uma digressão sobre superexposição midiática.