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Clubismo insano

A página de um influencer gremista fez uma postagem com essa foto conclamando torcedores a se unir a Israel e condenar os grupos de resistência Palestina que sequestraram estes soldados. Apela para o amor clubista para que nos associemos no clamor pela soltura dos soldados presos pelo Hamas.

É inacreditável essa postagem pró sionista. Parece que Israel não matou mais de 50 mil pessoas, 70% delas crianças e mulheres, além de destruir todas as casas e impor fome para uma população inteira, submetida a crimes de guerra continuados. É uma vergonha ver o nome do Grêmio envolvido com a exaltação de canalhas racistas que estão cometendo os crimes mais atrozes do século XXI.

Pois eu respondo que os sionistas devem parar de matar crianças palestinas antes de pedir pela libertação de seus soldados. A vida desses dois não é mais valiosa do que as 20 mil crianças mortas pelos terroristas de Israel. Nossas preces pela paz e pela liberdade devem ser para todos, e não somente para dois sionistas que estavam fazendo uma festa ao lado de um campo de concentração ao ar livre, não se importando com a vida miserável imposta aos prisioneiros de Gaza. Sim, espero que eles sejam libertos, mesmo que representem o sionismo, a ideologia mais racista e supremacista já criada pela humanidade, mas só depois de Israel cumprir os acordos de libertação dos prisioneiros palestinos, torturados cotidianamente nas masmorras de Israel.

O fato de usar a camisa do Grêmio não transforma um soldado israelense – ensinado desde o berço a desumanizar e matar palestinos – em uma boa pessoa. Não esqueçam que muitos assassinos confessos são presos usando camisetas de clube, e nem por isso seus crimes se tornam aceitáveis. O Grêmio não apoia Israel, o Grêmio não é um clube racista e o tricolor não se associa ao terror de Estado imposto pelo sionismo racista de Israel.

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Atlantíades

O Estado Sionista de Israel voltou a violar o cessar-fogo e atacou Gaza mais uma vez, levando ao assombro um total de zero pessoas. Ora, este país é conhecido por desrespeitar todas as normas internacionais, invadindo, destruindo, aprisionando menores de idade, usando armas proibidas e matando crianças e mulheres (68% dos mortos em Gaza nos atuais ataques), sem qualquer preocupação com as consequências, por saber que sempre receberá respaldo do imperialismo americano. E faz essas barbaridades com a desculpa de estar tentando atingir o Hamas. Em face de tantas atrocidades, torna-se evidente que Israel é o maior risco à segurança da comunidade judaica em todo o mundo. Por esta razão, deveria partir dos próprios judeus – como já o faz o Jewish Voices for Peace (JVP) – a linha de frente nas críticas severas às ações genocidas do governo de Israel. Mais ainda, seria essencial ver a comunidade judaica unida na luta contra o fascismo sionista, até pela sua histórica vinculação com os movimentos socialistas do século passado. É importante desfazer a ideia de que todo judeu é apoiador dessa carnificina e sempre lembrar que nem todo judeu é sionista e a maioria dos sionistas não são judeus – como são os evangélicos fundamentalistas.

Outro aspecto importante é o crescimento vertiginoso das manifestações populares contra Israel em todo o mundo. Há poucos dias mais de 100 mil manifestantes lotaram as ruas de Glasgow na Escócia. Londres também teve novas passeatas, enchendo as ruas da cidade com palavras de ordem pela liberdade da Palestina. O Iêmen está bloqueando navios com bandeira israelense que passam pela sua costa e trabalhadores dos portos em várias partes do mundo boicotam o carregamento de armas para Israel. O mundo inteiro se insurge contra o morticínio dos opressores na Terra Santa.

Aqui no Brasil é necessário incrementar a participação popular nas ruas. É na rua que faremos pressão, não em gabinetes ou através dos lentos e intrincados corredores frios da diplomacia. É com o calor e a voz do povo nas avenidas, exigindo ações do governo Lula, que romperemos relações diplomáticas com Israel, dando início a uma reação de indignação internacional em cadeia que, por fim, levará ao isolamento total de Israel, tornando-o um país pária na comunidade das nações.

Guardadas as proporções e diferenças geopolíticas, foi através das ações de bloqueio e sanções internacionais que o Apartheid sucumbiu na África do Sul. Também foi pelas manifestações de rua que os Estados Unidos se retiraram da Guerra do Vietnã. Israel precisa sofrer boicote total nos esportes, no mundo acadêmico, no comércio internacional e na ciência. Desta forma, é absolutamente inaceitável que Israel venha a participar de qualquer atividade esportiva no âmbito mundial, como serão as Olimpíadas em Paris em 2024. Se um país que bombardeia escolas e hospitais, mata crianças e destrói uma cidade inteira vier a participar das próximas Olimpíadas (onde a Rússia será vetada) então não haverá legitimidade alguma nessa competição. Melhor chamar de “Atlantíades“, a competição exclusivamente “otanista” e subserviente aos interesses imperialistas.

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