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Continuum

Vou repetir: não existe movimento de aleitamento materno sem humanização do nascimento. A falha de um afeta os resultados do outro.

Explico: quando o nascimento já foi artificializado, muitas vezes por um desejo materno ou uma suposta falha do corpo da mulher para dar conta de de uma gestação fisiológica e um parto normal, o terreno já estará preparado para que a amamentação natural ceda terreno às alternativas artificiais. Diante das dificuldades naturais de adaptação à amamentação – inseguranças, dores, feridas, cansaço, medo, falta de confiança, etc. – o caminho para a desistência e para a adoçäo de uma alimentação artificial já estará pavimentado pelas escolhas ou imposições anteriores. Desistir de oferecer o peito fica muito mais fácil quando o parto já foi gerenciado com a ideologia tecnocrática.

O “continuum da humanização” – o parto fisiológico e a amamentação livre – são o caminho natural, seguro e fisiológico para iniciar a vida. Do ponto de vista científico, não há mais dúvida quanto a isso. Todavia, a postura de defesa das alternativas mais naturais sofrerá sempre o boicote daqueles que lucram com a alienação ligada ao abuso de cesarianas e ao uso indiscriminado de mamadeiras. Aqueles que lutam pela segurança das mulheres, por uma parto transformador e pela amamentação serão o eterno alvo dos sistemas de saúde atrelados ao dinheiro e à artificialização lucrativa da vida.

Isso não significa, em hipótese alguma, que as cesarianas impedem a amamentação. Entretanto, é errado dizer que uma cirurgia desse porte e significados não produz influências negativas nos desafios seguintes, sendo o mais importante a amamentação por livre demanda. Não apenas pelas condições físicas pós operatórias, com suas dores e limitação de movimentos, mas também pelos aspectos psicológicos subliminares que enfraquecem a autoestima feminina e dificultam sua vinculação ao aleitamento materno.

Espero ter sido claro…

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Voodoo

Pode ser uma ilustração

Garota liga para o ex-namorado

– Oi Ric, queria te perguntar uma coisa. Não se preocupe, não é sobre nós.
– Diga.
– Alguma vez já sentiu como se alguém distante tivesse um boneco de vodu igual a você e estivesse enfiando nele uma agulha na altura do peito?
– Não, nunca. Por quê?
– …… tá, e agora? Nada ainda?

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