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Monsters

Apologists for Zionist ideology attempt to justify brutality by claiming their actions are necessary due to Islamic extremism. This rationale stems from a supremacist mindset that dehumanizes Palestinians, viewing them as “animals” and “savages” while Zionists consider themselves “the chosen ones”. Their rhetoric says “Yes, everyone can see that we are criminals, murderers, and we committed thousands of crimes against humanity. But believe me: all we do is because Islam is a terrible ideology, and they would kill us if they had the chance”. The idea that these people are “different”, that they are animals, savages, controlled by “leftists”, is at the core of the Zionist suprematism idea. The project to dehumanize Palestinians is essential to their criminal intents. In this project, Zionists are “the chosen ones” and the others are “animals”, and that’s why they do not suffer or feel guilty after killing 40,000 children in Gaza. This is the proof that Zionist ideology produces monsters, racists, murderers and abusers. That’s why Epstein and Weinstein loved Israhell: it was a safe heaven to them, a place they could be monstrous individuals and no one would ever notice.

For sure, the Red Army was full of monsters, like any other army. But no army in modern history aimed children, doctors, journalists, women, hospitals, schools and refugee camps as part of an ethnic cleansing strategy within the idea of a planned genocide of a people. No country was so cruel and monstrous as the one controlled by the Zionist ideology. When armies (not only the Red Army) invaded Berlin, they killed soldiers, but some individuals were killed as well – that’s inevitable. That’s completely different to what IOF – the most coward army in the planet – is doing in Palestine: they look for children to kill, and there are lots of evidences, including reports from Zionist soldiers. Who would believe in 40,000 thousand mistakes? Are we that dumb?

But, pay attention to this logic. Zionists can no longer deny their crimes against humanity, and all they do is saying “ok, but others did the same”. Do they really think that this sick logic will get them free from the final judgement? United States killed 250,000 civilians instantly throwing bombs in Hiroshima and Nagasaki. Instantly. Are they monsters? Yes, they are. Dresden? The same. All the history of Israel? Yes, always conducted by monsters, criminals and the worst beings humanity has ever created. The difference in Israhell is that they are doing that today, aiming children and women. Not even the Nazis were so monstrous as a regular Zionist soldier…

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ETs

Curiosamente (mas não de forma surpreendente) as ideologias contemporâneas que falam de migrações interplanetárias e que incluem a interação, aqui na Terra, de seres de outros planetas – reptilianos, sirianos, alienígenas nórdicos, pleiadianos, etc – sempre se estruturam a partir de “raças”, “clãs”, “estirpes” e “falanges”, constituídos de formas distintas e sobre hierarquias morais (seres de luz, de cura, das trevas, guerreiros, etc.), o que diz muito mais sobre as pessoas que adotam estas visões escatológicas e menos sobre as características específicas ou a plausibilidade de tais ideologias. Ou seja: as pessoas criam ficções baseadas em suas próprias visões de mundo, tipicamente estruturadas em classes e hierarquias. Nada muito diferente da maneira como traduzem o contexto à sua volta.

Em uma sociedade que produz diferenças essenciais entre os humanos, do racismo explícito às classes sociais, parece natural que nossa ficção científica reproduza esta perspectiva divisionista. O que me parece mais chocante é que, para analisar a humanidade, ou mesmo estruturas sociais alienígenas, somos levados a fazer uma leitura muito superficial do sujeito. Para quem acredita nestas histórias, os seres humanos podem ser classificados de acordo com sua aparência externa e sua persona social, a imagem que vendemos aos outros, negando o fato de que todos temos um “lado B”, uma sombra escura e ameaçadora, uma história escondida de desejos, mentiras, falsificações, fraudes e ações egoísticas.

Não há santo ou benemérito que sobreviva ao escrutínio selvagem de sua existência. E, ao mesmo tempo, não há criminoso, bandido ou monstro que não tenha doçura, carinho e afeto escondidos nas dobras profundas da sua alma, encobertas pelas crostas sangrantes das feridas abertas. Somos seres múltiplos e complexos; qualquer definição será limitante ou oportunista. Carregamos dentro de nós o germe da santidade e a cicatriz da mais violenta maldade. O que deixamos aparecer em nosso rosto é apenas a maquiagem enganosa do ego.

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Put the candle…. back!!

Em 1974 eu era um adolescente que gostava de cinema e de comédia. Fui ao cinema sozinho – o que eu costumava fazer naquela época – para assistir um filme sobre um famoso monstro da literatura, um sujeito formado por partes de distintos cadáveres costurados. Sim, eu não sabia que se tratava de uma comédia, e só no decorrer do filme me dei conta que não se tratava de um filme de terror, o que ocorreu já nos primeiros minutos, na cena da aula de neurologia. Esta surpresa deixou a experiência ainda mais interessante. O filme que fui assistir era “Jovem Frankenstein“, de Mel Brooks.

Numa época anterior à internet não havia muitas informações dos filmes, além do cartaz na frente do cinema e dos comentários nas colunas do jornal. Inicialmente acreditei se tratar de uma biografia ficcional do médico Victor Frankenstein quando jovem, e as razões pelas quais ele tentou recriar vida a partir de tecidos mortos. Eu não estava muito longe da verdade; a história era sobre Frederick “Fronkonstin“, neto do famoso médico, que foi instado a voltar ao castelo do avô para receber sua parte na herança. Esse neto – o genial Gene Wilder, cocriador do roteiro junto com Mel Brooks – renegava a memória do avô, a quem considerava um maluco sem qualquer credibilidade. Seu retorno à Transilvânia o faz reconhecer a veracidade e a correção dos estudos do seu antepassado. Estimulado pela descoberta, decide seguir seus passos e criar um novo monstro.

A história clássica, escrita há mais de 200 anos, está centrada no mito dos zumbis – ou a fantasia de recriar algo que, depois de morto, voltaria a viver. Ao contrário da criação dos zumbis, onde a feitiçaria ocorre por maldições, poções mágicas ou encantamentos, no romance do século XVIII a bruxaria se dá pela ciência, abusada e arrogante, que decide desrespeitar a “ordem natural das coisas”. O resultado só poderia ser uma monstruosidade. As múltiplas interpretações para a obra de Mary Wollstonecraft Shelley vão desde as relações de trabalho na Inglaterra no conturbado período da revolução industrial até os conflitos intrapsíquicos que insistem em manter vivas relações afetivas que há muito deveriam ter sido sepultadas.

A criação do romance se deu através de um desafio: contar uma história de terror durante uma noite chuvosa na casa do Lord Byron, onde também estava seu futuro marido Percy Bysshe Shelley. Pois foi em uma madrugada regada à vinho e com o barulho entorpecente da chuva como sinfonia que, em 16 de junho de 1816, Mary teve a ideia de contar a epopeia de um jovem estudante de medicina costurando membros que havia roubado de uma sepultura para fazer a carne morta retornar à vida. Desta forma, a garota de apenas 18 anos criou o clássico Frankenstein. A ideia virou um conto e depois, estimulada pelos amigos, tornou-se um romance cujo sucesso já ultrapassa dois séculos.

Certo, sem spoilers. Toda a trama do filme de Mel Brooks de 1974 é sobre a recriação do monstro. Entretanto, há razões para esta ser considerada o maior filme de maior comédia de todos os tempos. Os atores são incríveis: Gene Wilder, como Frederick; Clóris Leechman, como Frau Blücher (dá para escutar o relinchar dos cavalos ao pronunciar seu nome); Marty Feldman como Igor; Madeleine Kahn como Elizabeth e Peter Boyle como o monstro são espetaculares em suas performances, sem falar de Teri Garr, como a estonteante assistente Inga. E tem até uma pontinha do Gene Hackman como o cego que abriga o monstro. O roteiro é lindamente costurado, as gags são maravilhosas, as situações criadas no enredo são hilariantes.

O filme foi todo filmado em preto e branco, uma exigência de Gene Wilder para recriar a estética lúgubre do filme “noir” de Frankenstein com Bela Lugosi de 1943 (Frankenstein meets Wolfman). Essa característica adicionou um enorme impacto estético ao filme. Eu saí do cinema profundamente comovido, e fiquei com a música tema do filme durante anos na minha cabeça (um solo dolorido de violino composto especialmente para o filme pelo maestro John Morris). Infelizmente eu seria obrigado a esperar mais de 10 anos pela oportunidade de assistir novamente esta comédia. Nos anos 70 as únicas possibilidades de rever um filme eram passar de novo no cinema (improvável), uma apresentação com debate na faculdade (porque uma comédia, e não Godard?) ou assistir de madrugada no “Corujão” da Globo (raríssimas vezes o filme era um clássico). O vídeo cassete só se tornou viável no fim dos anos 80. Hoje em dia o filme está disponível a um simples clique do mouse.

Esta semana o clássico de Mel Brooks e Gene Wilder completou meio século de existência, e por isso resolvi contar a importância desse filme na minha juventude. Pedi que meus filhos vissem ainda pequenos, e eles adoraram. Mostrei aos meus netos há poucas semanas e eles também acharam muito engraçado, e por isso acho que se trata de um filme eterno. Ele continua engraçado transpondo gerações. Eu me sinto muito orgulhoso de apertar minha cara na porta de casa e ouvi-los dizendo:

“Put…. the candle…. BACK!!!”

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Dragões

Monstros reais que só existem

nas lembranças e nas memórias feridas

Falsos, mentirosos, medonhos

Mas nos sonhos, no delírio real de suas imagens

São humanamente doces, afáveis cordiais

São, todavia, monstros

Mas de um tipo especial

Cuja magia, que se desprende

das labaredas do seu hálito cru

Apenas revela os monstros

Que insisto em acolher

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Monstros

“Ele não passa de um monstro”

A solução fácil para resolver o problema é considerar que os sujeitos que cometem estes crimes não são pessoas. “Sim, eles são monstros, não podem ser considerados como nós”. O fascismo é um produto numa prateleira de supermercado ao alcance de nossas mãos.

Aliás, a liberalidade como matamos durante toda a história os nativos das Américas (norte, sul e central), os judeus na Europa e os Palestinos sempre se faz com argumentos desumanizantes. Torná-los monstros não-humanos (como cães) nos desobriga de exercitar qualquer empatia. A partir desse artifício podem ser eliminados como uma ninhada de gatos inoportunos.

Ainda soa para mim com sentido a máxima de Terêncio. “Sou humano, e o que é humano não me é estranho”. Existe dentro de mim a fagulha das maiores genialidade e a das piores monstruosidades humanas. O que faz uma delas brilhar é, muitas vezes, algo completamente alheio à minha decisão. Colocar estas pessoas num estrato inferior ao nosso é um crime muito pior do que o que ele mesmo cometeu, pois aquele crime solitário prejudica um punhado de pessoas, enquanto desumanizar pode colocar milhões em risco, como a história nos mostrou reiteradas vezes.

A demonização dessas criaturas e a retirada de suas características humanas – sua história, seus motivos, suas angústias, seus medos e suas fragilidades – é a face mais horrenda deste fato. Eu esperava mais compaixão por todos e não apenas por aqueles cuja identificação é simples e automática. Entender o algoz e seu drama também faz parte do processo, mesmo reconhecendo que “entender” não significa “inocentar“.

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