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Religião e paz

Religião não tem nada a ver com guerras ou pacifismo. Aliás, a imagem acima, com cavaleiros Cruzados em batalha, pode dar a falsa ideia de que esta foi uma guerra “religiosa”, de cristãos contra o islã, algo tão errado quanto a luta de “católicos contra protestantes”, na Irlanda, algo que era ensinado quando eu estava na Escola – uma forma imperialista de descrever o conflito. As religiões não produzem guerras – nem paz. Ninguém mata pelo Deus do outro ou pela forma de fazer pão. O que nos leva à guerra são interesses materiais bem mais palpáveis.

Como diria Marx, “a história do mundo é a história das lutas de classe”. Pegue qualquer guerra, em qualquer período da humanidade e verá que em todas elas vamos encontrar interesses econômicos e geopolíticos determinantes, e não disputas ideológicas ou de caráter religioso. As religiões, entretanto, são usadas como “cola”, uma forma de seduzir o povo para o esforço de guerra, clamando por uma identidade ou pela defesa de valores culturais que estariam sendo “ameaçados”, questões estas que são absolutamente desprezíveis para aqueles no poder e que estão interessados economicamente no conflito.

Portanto, se você acha que as religiões produzem guerras, então foi reprovado em suas disciplinas de história

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Guerras Religiosas

Guerra Israel

Um erro plantado na cultura ocidental contemporânea é a crença de que as guerras entre israelenses e palestinos ou entre britânicos e nacionalistas na Irlanda tem alguma conotação religiosa. A religião é apenas uma coincidência. Da mesma forma que brancos e negros poderiam ter religiões diferentes na África do Sul, ela nunca foi a origem do Apartheid. Israel domina o território palestino, mas isso nada tem a ver com a religião, até porque os ideólogos sionistas eram declaradamente ateus. O mesmo se dá com as lutas entre “católicos” e “protestantes” na Irlanda, que nada mais são que uma forma de desviar a atenção sobre o colonialismo britânico e colocar sobre a disputa uma conotação religiosa e de intolerância com as crenças alheias.

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