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Distorções

Alguém seria capaz de discordar do fato de que, não estivessem as redes de informação – jornais, TV, Internet, mídias sociais, rádios, etc. – além do sistema financeiro, nas mãos dos sionistas e estaríamos vendo as ações atuais de Israel com os mesmos olhos que analisamos o nazismo dos anos 30-40 do século passado? Não fosse uma mídia a proteger cotidianamente Israel com seu vasto poder econômico, estaríamos ainda aceitando as atrocidades cometidas contra o povo Palestino? Não fossem as igrejas evangélicas – que lucram com o sionismo, através das excursões caça-níqueis dos seus pastores – ainda haveria apoiadores do colonialismo nefasto branco e europeu no Oriente Médio? Não fosse o dinheiro no capitalismo internacional estar nas mãos de sionistas, ainda haveria dúvidas sobre o genocídio e a limpeza étnica captados pelas câmeras em Gaza e na Cisjordânia?

O fenômeno da blindagem aos crimes contra a humanidade perpetrados por Israel, que ocorre nas grandes empresas de mídia mundo afora, ocorre de forma semelhante no Brasil, onde a realidade da cobertura da imprensa sobre Israel é igualmente deprimente. Temos uma mídia controlada por apenas cinco famílias, que sozinhas detém 50% de toda a veiculação de notícias no país. Uma delas é controlada pelo herdeiro de uma linhagem de ricos comerciantes judeus; outra é propriedade de uma Igreja Evangélica Neopentecostal, e estes empreendimentos religiosos são os maiores difusores da ideologia sionista cristã no Brasil, a ponto de construir o maior templo de sua igreja e denominá-la “Templo de Salomão“. Assim, apesar de termos uma população de origem judaica pequena no Brasil, que não passa de 150 mil pessoas (quando comparada aos quase 6 milhões nos Estados Unidos), vemos que ela exerce uma influência muito forte entre a burguesia brasileira, e isso se traduz em apoio ao Estado de Israel, mesmo que a conexão entre judaísmo e sionismo seja questionada, inclusive entre os próprios judeus.

Ou seja: a realidade que ora presenciamos é dramaticamente similar aos horrores do III Reich, bastando para isso trocar as vítimas de antes – os judeus, ciganos e gays – pelos palestinos confinados em um gueto chamado Gaza. Já os oprimidos apenas trocaram de lado, pois como dizia Paulo Freire “Se a educação não é inclusiva, o sonho do oprimido é se tornar opressor”. O que o mestre queria dizer é que, se a experiência de dor não é incorporada como aprendizado profundo, só resta a vingança e o ódio para quem passou por tais sofrimentos. Entretanto, mesmo com similaridades tão gritantes a nos oferecer um paralelo entre os horrores do holocausto e o massacre que agora testemunhamos em Gaza, a imprensa corporativa se esforça para esconder a realidade, mesmo que seja necessário mentir – como o New York Times e o caso dos “bebês decepados” – ou com os convites realizados para que sionistas tenham uma voz de destaque nas coberturas jornalísticas. Desta forma, o que presenciamos é uma interpretação dos fatos mediada pelo grande filtro midiático e financeiro, o qual não permite que nos horrorizemos com a morte de milhares de mulheres e crianças palestinas com a mesma intensidade com a qual sofremos ao ver os esquálidos judeus vítimas do holocausto.

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Empatia

Ficamos naturalmente horrorizados com o holocausto judeu na segunda guerra mundial ou com as circunstâncias terríveis para os habitantes da Ucrânia na atualidade. Para quem tem mais idade, os horrores causados pelos nazistas contra a população de judeus, ciganos, homossexuais etc. ainda estão em nossa memória, mostrando o poço profundo de maldade e miséria humana em que a humanidade é capaz de se envolver em busca de poder. Imagens desses desastres humanos, quando mostradas, ainda hoje causam imediata reação. É simples e natural sentir em nós mesmos o sofrimento a que foram (ou ainda são) submetidos aqueles que sofreram a perversidade de uma guerra. Entretanto, se houver uma consciência mais ampla das razões que nos fazem sofrer pela dor alheia, é forçoso considerar que tais dores são consideradas indignas e insuportáveis apenas porque as vítimas são brancas, falam nossas línguas e parecem muito conosco. É esse este espelho de nós mesmos que torna possível estabelecer uma conexão com elas. A semelhança permite que nos vejamos dentro de suas peles claras e europeias.

Por outro lado, para nós é fácil produzir uma capa de proteção contra o horror da opressão criando um isolamento emocional. Basta para isso que os martirizados sejam os congoleses – destruídos pelo Rei Leopoldo – quando são os milhões de chineses as vítimas – massacrados pelos japoneses – ou quando quem sofre são os vietnamitas, os coreanos, os afegãos e os sírios destruídos pelo Império americano, composto por brancos cristãos e tementes a Deus – como nós. Essa é a razão que nos faz chorar por uma falsa agressão contra mulheres israelenses mas não nos faz pegar em armas ao ver a brutalidade do holocausto palestino, a morte de milhares de mulheres e crianças, o bombardeio de hospitais, a morte de médicos, enfermeiras e jornalistas e a fome e a sede produzidas pelo sionismo.

Nossa empatia é por semelhança; temos afeto por golfinhos – que parecem sentir e agir como humanos – mas não por atuns, que vivem no mar e são tão grandes e bonitos quanto os golfinhos. Nossa simpatia é seletiva, e parece ser despertada apenas com gente parecida com a gente e por esta razão, para que a paixão de Cristo fosse dolorida em nossa própria carne, era preciso construir um Jesus loiro, caucasiano e de olhos azuis. Pouca importância seria dada a um preto revolucionário, anti-imperialista, revisionista judeu, se sua pele fosse morena e seu cabelo preto e enrolado. Foi preciso ocidentalizar o Cristo, torná-lo palatável para, só assim, ser consumido pelos consumidores europeus. . Isso pode ser visto de forma muito simples nas coberturas de guerra, tanto nos conflitos da Ucrânia, ode os jornalistas deixavam claro que as mortes aconteciam com “gente loira e de olhos azuis” e que por isso deveriam ser repudiadas, ao mesmo tempo em que mortes de israelenses ganham muito mais atenção – e impacto – do que as milhares de mortes que ocorrem há mais de sete décadas na Palestina, e que agora atingem sua face genocida mais explícita.

Enquanto nossa empatia for pela cor da pele – qualquer uma – e não pelo que existe de humano que habita em cada um de nós, não poderemos receber o nome de “humanidade”

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O Futuro da Palestina

A narrativa que Israel e seus defensores tentam nos impor é de que antes de 7 de outubro de 2023, entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo havia um país em paz, com equidade, justiça social e democracia. Tanto é verdade que uma festa para a juventude israelense ocorria poucas quadras distante dos muros do campo de concentração, onde estavam aprisionados “terroristas” perigosos – em sua maioria mulheres e crianças. Eis que, subitamente e sem qualquer motivo, um bando de “pessoas más”, árabes perversos e assassinos, fugiu da prisão de Gaza, matando e sequestrando inocentes. Por que razão fariam isso, se vivem num país que celebra há poucos metros a liberdade, a vida e a democracia? O mundo imediatamente se solidarizou com os pobres israelenses pegos de surpresa enquanto celebravam seu amor pela vida. Os relatos imediatos sobre “estupros”, bebês em fornos e crianças com suas “cabeças decepadas” foram disseminados largamente pela imprensa ocidental, e com o correr das semanas mostraram-se absolutamente falsos, mas a mídia continuava a oferecer a imagem de uma luta do bem (o ocidente) contra o mal (o oriente).

Para fazer prevalecer a perspectiva sionista era necessário dar a entender que o 7 de outubro era uma espécie de “big bang”, a explosão primordial de revolta árabe que deu início a uma reação intensa de vingança e retaliação. Com esta perspectiva, os israelenses – e 90% da imprensa corporativa ocidental – procuravam apagar o Nakba (a catástrofe de 1948) e o que se seguiu: 7 décadas de torturas, mortes, assassinatos, violências, massacres, despejos, desrespeito e a tentativa de eliminar o povo palestino de seus direitos, expulsando-o de sua própria terra. Para justificar suas ações retaliatórias desproporcionais, que atingem crianças e mulheres em sua maioria, desumanizam o povo palestino chamando-o de “animais”, e usam o termo “terrorista” para se referir aos combatentes do Hamas e outros grupos de resistência, rotulando negativamente os guerreiros que lutam há décadas, sem recursos e sem exército, pela dignidade do seu povo, resistindo à ocupação violenta e ilegal.

Todavia, as táticas de controle da narrativa e desinformação produzidas pela mídia corporativa não podem funcionar indefinidamente. Não é mais possível mentir para todos o tempo todo. A “carta do holocausto”, usada como salvo conduto para as atrocidades de Israel, não está mais funcionando, como já alertava Norman Finkelstein em seu livro “A Indústria do Holocausto”. Não há como justificar o morticínio palestino usando como desculpa algo que vitimou as comunidades judaicas na Europa há um século, e uma tragédia não pode oferecer ‘as suas vítimas um passe livre para toda sorte de perversidades. Inobstante o numero assustador de mortes e as crueldades cometidas pelo “exército mais covarde do mundo”, o povo palestino jamais desistirá de sua luta por liberdade, segurança e autonomia. A verdade já chegou ao mundo inteiro, e Israel está se encaminhando célere para a condição de pária internacional. Com o tempo, até os seus maiores apoiadores, os americanos – que consideram este país como seu maior porta aviões em uso – vão desistir de Israel, e aqueda dos governos racistas será inevitável.

Lula está certo em denunciar ao mundo que as práticas de Israel são as mesmas levadas a cabo por Adolf Hitler na guerra mundial de meados do século passado. A crítica de que o “holocausto judeu”  não é comparável a nenhuma outra tragédia humanitária é, em si, um resumo do racismo sionista. Este mesmo sofrimento ocorreu diariamente nos 75 anos de ocupação da Palestina através da fome, da miséria, dos abusos, da segregação e da violência. A exigência de exclusividade do termo para o sofrimento do povo judeu é uma das marcas do sionismo. Por se julgarem especiais, o “povo escolhido”, acreditam que sua dor é única, como se não houvesse outras tragédias, inclusive aquelas que eles mesmo impuseram ao donos da terra que agora ocupam.

Por estas razões, Israel é um país destinado ao fracasso, da mesma forma como o racismo e o apartheid da África do Sul também estavam condenados a desaparecer. Não há como manter um modelo racista e um apartheid explícito sem que, com o tempo, o resto da comunidade das nações reconheça sua imoralidade. O mundo inteiro testemunha o massacre em Gaza, e a imagem internacional de Israel é de uma nação criminosa, sem qualquer respeito pela vida humana, comandada por psicopatas e genocidas e com o apoio de sua população. Nunca Israel teve suas entranhas tão escancaradas e pudemos ver suas vísceras apodrecidas, produzidas por arbítrio, abuso, intolerância e preconceito. O destino do racismo israelense só pode ser o desaparecimento, para que de suas cinzas possa nascer um país multinacional que congregue judeus, árabes, cristãos e palestinos de todas as raças, cores e credos, numa nação plural e democrática.

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A Internet em Tempos de Cólera

– …. portanto, nunca é demais esquecer que Hitler matou 10 milhões de judeus no holocausto da segunda guerra mundial, e estas mortes todas poderiam ser…
– Errrr, na verdade não foram 10 milhões. Muitos falam em torno de 6 milhões, o que se considera um número oficial de vítimas da comunidade judaica.
– E que diferença faz?
– A diferença é a precisão, estar mais próximo verdade, não espalhar fake news.
– Você entendeu o que eu quis dizer, seu nazista.
– Sim, eu entendo, apenas tentei consertar seus números equivocados. Seu argumento perde credibilidade e força se contiver esses erros factuais. Mas … por que me chamou de “nazista”?
– Ora,, porque você está desmerecendo as mortes do holocausto, discutindo detalhes – como número de mortos – quando o ponto é questionar a barbárie cometida em nome das ideologias, seu machista.
– Mas eu não questionei seu ponto, apenas seus dados incorretos!!! Como eu disse, estava tentando lhe ajudar, consertando um equívoco com o número de vítimas. E por que agora me chama de “machista”?
– Por que eu sou mulher e você está me interrompendo. Além disso está questionando a minha verdade, achando que por ser homem e branco sempre terá razão!!!
– Mas.. eu apenas tentei lhe ajudar!!!
– Chega de tentar me dizer como devo pensar, o que devo dizer e como preciso me expressar!! Apenas respeite minhas palavras!!
-…….
– …. continuando, a ideologia comunista de Hitler levou o mundo a um colapso com repercussões que…
– Desisto. Nave mãe, pode voltar. ET, telefone, casa…

(história baseada em fatos reais)

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Justiceiros

Em verdade, em tempos de crise, esses monstros conseguem se soltar. Quando dois ou mais monstros se unem nessa liberdade anti civilizatória coisas muito ruins podem ocorrer. As guerras mundiais, a invasão de Coreia e China pelo Japão, o massacre dos Armênios, a conquista das Américas, o genocídio palestino e a inquisição entre outros foram momentos de catarse coletiva, onde um número imenso de monstros adormecidos acordaram e colocaram em marcha um projeto de violência, opressão, domínio e destruição.

Não precisa morrer todo mundo, mas os holocaustos e as hecatombes que nos atingem ciclicamente dão uma demonstração bem clara do que existe por dentro de nós de monstruoso e devastador. Uma das regras mais básicas para entender o humano é não se deixar levar por sorrisos e delicadezas superficiais. Hoje em dia, não creia nos posts indignados com a maldade e a injustiça; dentro de todo o justiceiro mora um algoz adormecido.

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Desumanizar

“A forma clássica de justificar nossa brutalidade é desumanizar a quem odiamos. Todos os genocídios da história usaram esta estratégia. Congoleses, judeus, palestinos,, armênios, chineses, todos foram tratados como indignos da condição humana. Aqui em nosso meio, para poder continuar odiando o PT é preciso insinuar que os petistas não são “pessoas de bem”, portanto não há problema algum em destruir, difamar e – por que não? – até matar. A forma como tratam o ex-presidente Lula é apenas um aspecto dessa desumanização”.

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Violência exposta

“Da mesma forma como o horror do holocausto judeu da II Guerra ou o genocídio planejado de Palestinos em Gaza precisam ser mostrados para que do choque se faça consciência, também precisamos mostrar a indignidade e a violência (real e simbólica) contra as mulheres que procuram maternidades para dar à luz. Só assim exposta e visível a violência obstétrica poderá ser reconhecida, nominada, assumida e por fim combatida e eliminada”

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Palavras e Palestina

Palestinas

Minha proposta é mudar as palavras e a forma de nos reportarmos aos problemas entre israelenses e palestinos, e isso pode ser um bom começo. NÃO EXISTE “conflito” entre esses dois polos em disputa, da mesma forma como não havia conflito entre nazistas e judeus na Alemanha de Hitler. Para que haja um conflito é necessário que ocorra uma paridade relativa de forças, o que evidentemente não havia no Holocausto e também não ocorria na vigência do Apartheid na África do Sul. Os nazistas massacraram os judeus neste período negro da história, assim como a população branca sul-africana oprimiu por décadas os negros que lá viviam. A mesma situação de disparidade de forças ocorre no Oriente Médio onde um povo sem exército, sem armamento, e sem condições mínimas de vida é subjugado há 70 anos por um grupo invasor que se apossou de suas terras e tem um dos exércitos mais poderosos do mundo. Desta mesma forma, a ocupação da Palestina e o aprisionamento a céu aberto dos Palestinos em Gaza e Cisjordânia não podem se configurar “conflitos”, mas sistemas claros de opressão contra uma sociedade e um povo.

“Segundo Norberto Bobbio, pode-se definir conflito a partir de seus componentes. “Existe um acordo sobre o fato de que o conflito é uma forma de interação entre indivíduos, grupos, organizações e coletividades que implica choques para o acesso e a distribuição de recursos escassos. No caso da guerra, fala-se não do conflito pessoal, mas do conflito social.

O conflito, em algumas escolas da sociologia, é enxergado como o desequilíbrio de forças do sistema social que deveria estar em repouso, isto é equilibrado, quanto à forças que o compõe. Segundo essa teoria, não se enxerga mais o grupo como uma relação harmônica entre órgãos, não suscetíveis de interferência externa.”

O conflito pode ser compreendido como “um despertar simultâneo de dois ou mais motivos que sejam incompatíveis” (R. Minadeo) e está associado a “situações onde a capacidade da sociedade em resolvê-lo por meio de mecanismos reguladores, tais como tribunais ou estruturas sociais (por exemplo, clãs) fracassou, e as partes envolvidas no mesmo recorrem à violência.”

Veja mais aqui sobre conflitos…

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Pesos e Medidas

Palestinian_children

Uma linda ativista, com um enorme coração, escreveu em sua página, referindo-se aos conflitos em Gaza e ao massacre de crianças em escolas da ONU e tantos outros exemplos de barbárie: “Em todo conflito existem pelo menos dois lados e os DOIS precisam se transformar, os DOIS precisam mudar! E ao apoiar esse processo nós precisamos lutar por NÃO cair nesse buraco negro de culpa, ódio e separação.

Como não concordar com isso, principalmente ao ver que a autora da frase é verdadeiramente comprometida com a paz e a comunhão entre as pessoas? Quem ousaria discordar dessa proposta? Quem deixaria de apoiar este tipo de resolução? Acabar com as mortes e os ataques é desejo de todos os que prezam pela civilidade.

Mas, em nome da justiça e da igualdade, experimente mudar um pouco essa frase e adaptá-la a um outro contexto:

“Olha, sobre o holocausto judeu na segunda guerra mundial, a gente tem que ver os dois lados, eles precisavam se transformar. A gente não pode apenas condenar um lado, sabe como é…”

O quê???? DENIALIST !!!! (e realmente quem ousa negar o holocausto judeu na II Guerra Mundial é isso mesmo…)

Portanto, posso afirmar a todos que pedem aos palestinos que “façam a sua parte” que eles JÁ FIZERAM, nos últimos 60 anos, suportando massacres, ataques, diminuição do território, morte de crianças, humilhação, tortura, prisões ilegais, cerco, fome, espancamentos, cerceamento de liberdades, vilificações, mentiras, etc. Não peçam aos palestinos que sejam “bonzinhos” da mesma forma como seria injusto pedir para os judeus para que colaborassem enquanto se dirigiam para as câmaras de gás.

Por mais bem intencionados que sejam, os pedidos de “mútuas concessões” escondem o desejo de que apenas um lado continue oprimindo, como tem acontecido nos últimos 66 anos.

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