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Diferentes

A descrição depreciativa que fazemos dos outros é inversamente proporcional à condescendência que reservamos para nossas falhas e defeitos. Isso vale para o Oriente médio, o islã, a Ásia, os LGBT, os homens, as mulheres e para todos a quem ilusoriamente consideramos – em essência – diferentes”.

Martha Chistensen, “Le Second Autre”, ed. Maigret pág. 135

Martha Schneider Christensen é uma blogueira e influencer sueca. Seu blog tem uma imensa popularidade em seu país e nele ela trata de costumes, sexualidade, religião, islamofobia e ateísmo. É engenheira química de formação, mas dedica-se ao “jornalismo das redes sociais” como formadora de opinião desde 2009. É fundadora da ONG “United Against Discrimination” – UAD – que luta pelos direitos LGBT e pela proteção aos habitantes da Faixa de Gaza.

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Islã

Muitos confundem, de forma proposital, “religião” com “cultura”, e isso é a origem de muitos preconceitos. Cultura é o caldeirão inteiro, onde a religião é uma das mais importantes iguarias. Vejo muita bobagem e preconceito sendo ditos em toda a parte sobre o Islã. A religião muçulmana é absolutamente elástica, assim como também o são o cristianismo ou o judaísmo (para ficar só nas abrahâmicas).

Alguns adoram mostrar uma foto de um grupo radical islâmico e legendar coisas como “assim é o islã”. Ora, se você mostrasse uma foto de testemunhas de Jeová com saia nos calcanhares, cabelo comprido e preso, blusa fechada e uma Bíblia na mão com a legenda “assim são os cristãos”, isso seria uma mentira e uma injustiça. Esse é apenas um aspecto do cristianismo, e não sua face única.

O cristianismo não manda ninguém se vestir desta ou de qualquer outra maneira, muito menos usar penteados exóticos ou comportados, mas num livro extenso como a Bíblia é possível achar o que se quer, bastando haver vontade e interesses.Todavia as pessoas que almejam um determinado comportamento social, seja nos costumes, casamentos, roupas etc usam a religião como desculpa e como uma forma de fortificar suas demandas de ordem política ou ideológica.

Esclarecendo: a religião é um produto da cultura e nunca é a fonte dos determinantes culturais. Ela é sempre o lugar de onde elementos dos grupos sociais colocam seus valores para tentar influenciar o resto da sociedade a um comportamento que lhes convém.

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