The search for chloroquine, ivermectin and now dexamethasone bears a resemblance to the search for love in a man or woman, an ideal of happiness that depends in someone to complete us and offer what we lack. In all cases the answer is always out there, in something that will rescue us from loneliness, degeneration and death. Exogenous healing has never gone out of style. Prince Charming never stopped visiting our dreams.
“A busca pela cloroquina, ivermectina e agora a dexametasona guarda uma semelhança com a busca do amor em um homem ou a mulher, um ideal de felicidade e em alguém a nos completar e oferecer o que nos falta. Em todos os casos a resposta está sempre lá fora, em algo que vai nos resgatar da solidão, da degeneração e da morte. A cura exógena nunca saiu de moda. O Príncipe Encantado jamais deixou de visitar nossos sonhos.”
Patricia Highsmith, Punxsutawney Chronicles, june 12th,
Como é triste ver mentes limitadas que acreditam – através um maniqueísmo tosco – que aqueles que defendem os direitos humanos de um prisioneiro não defendem os direitos dos demais cidadãos. “Se vocês defendem bandidos é porque não respeitam o trabalhador”, dizem eles.
Por outro lado reconheço a inutilidade de debater com o fascismo. Essa visão de mundo que divide o mundo entre “cidadãos de bem” e os “vagabundos” demonstra uma profunda ignorância – combinada com um patético oportunismo – sobre a dinâmica de classes e a opressão sobre gigantescas parcelas da sociedade. Com este tipo de viseira é impossível enxergar a complexidade e a profundidade que o mundo possui.
Os fascistas são incapazes de entender um mundo fora do preto & branco de suas concepções. Para eles não há matiz, e as questões do crime e castigo se esgotam na perspectiva moral.
Infelizmente não consigo ver interface para qualquer interlocução.
Uma das questões aqui na aldeia sempre foi que as esquerdas perderam a disputa pela hegemonia discursiva entre as seitas evangélicas, onde a direita e os fascistas “nadam de braçada”. Todavia, resta a questão: deveriam as esquerdas mergulhar no mesmo poço de falsidades, mentiras, mistificações, estelionato da fé e sonegação dos tele-evangelistas para disputar este terreno discursivo e estes eleitores?
Seria justo e eficiente abrir mão de convicções essenciais da esquerda – direito ao aborto, diversidade, educação sexual, estado laico, etc. – para invadir e conquistar o universo dos pentecostais? Não seria esta estratégia uma contradição em si? Seria lícito apostar na exploração maniqueísta da fé para depois propor uma sociedade complexa e cheia de contradições? A batalha deveria ser – mimetizando as redes sociais – pelo conteúdo ou pelos likes? Debate profundo ou lacração?
O filósofo russo Vladimir Egorov Vasiliev foi um famoso sapateiro russo e um dos maiores pensadores do século XIX, apesar de ter escrito de próprio punho apenas um manual para máquinas de costurar botas. Sua obra literária, entretanto, foi toda construída a partir do registro oral de suas histórias, poemas e narrativas feitas por seus discípulos da “Эскола Супериор де Сапатария” Escola Superior de Sapataria de Krasnoyarsk, na Sibéria, sua cidade natal.
Sua obra é gigantesca, e abrange a filologia, a ética, a filosofia, a poética e a literatura. Na Rússia czarista ficou famoso por seus contos políticos satíricos, onde retratava o drama dos agricultores e a miséria do campesinato sob o czar Nicolau. Seu conto mais famoso – o qual lhe rendeu 18 meses de prisão em Irkustk – foi “Блоха в задницу собаки” (uma pulga no c* do cachorro) onde um pequeno cão com o provocativo nome de “Nicolau” viaja pelos prados gelados da Rússia estabelecendo um ácido colóquio com uma pulga alojada no final do seu tubo digestivo. Os diálogos foram elogiados por Lev Tolstoi, que o chamou de “um idiota com uma inteligência admirável, porém imperceptível“.
Egorov foi reconhecido como um dos maiores influenciadores do pensamento russo do século XIX, e suas ideias podem ser vistas nas obras de Bakunin, Lev Shestov, Pavel Florensky, Dostoievski, Gueorgui Plekhanov e em especial Karl Marx. Seu encontro com Marx foi marcante e único, confirmado por inúmeras testemunhas. Durante uma viagem à Sibéria, Marx procurou a sapataria central de Krasnoyarsk para consertar seu velho calçado, gasto por longas caminhadas. Lá encontrou Vladimir Egorov muito ocupado, mas mesmo assim solicitou que ele lhe consertasse as botas furadas. Egorov aquiesceu e, enquanto fazia este serviço, Marx estabeleceu uma profícua conversa com o “sapateiro da Sibéria”, tendo anotado por mais de 3 horas todas as palavras do mestre sapateiro em um caderno. Anos depois se descobriu que esta conversa embasou “Diferenças da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro“, sua tese de doutorado. Infelizmente, Marx nunca deu o devido crédito a Vadimir Egorov por este seu texto.
Este ano festejamos o centenário da sua morte, tragicamente ocorrida em 1920 quando resolveu velejar no rio Ienissei e foi jogado para fora do bote pelos marinheiros, acusado de fazer trocadilhos cujas rimas não se encaixavam adequadamente. Seu corpo foi resgatado muitos meses depois, e no seu bolso foi encontrada a última de suas poesias:
“Белые скалы Играет в моче богов Без соли и горечи У стойки Игоронова Они вынули это из голосового туннеля Твоя последняя трещина И голос прошептал Под сибирским небом Ваш последний крик Свобода, свобода И крем для детей”
“As rochas alvas Jogadas na urina dos deuses Sem sal ou rancor No balcão de Igoronov Tiravam do túnel da fala Seu último estertor E a voz sussurrava Sob o céu da Sibéria Seu derradeiro clamor Liberdade, liberdade E um creme para frieiras”
A camiseta dessa moça é a grande ironia, que ninguém imaginava que viesse ocorrer. A diferença é que o presidente não vai usar uma camiseta “Sara está presa”, muito provavelmente porque – é possível e eu acredito – os mais de 500 dias de Lula na prisão o ensinaram sobre o erro gigantesco de sua gestão carcerária. Lula, por certo, não acredita mais no encarceramento como solução para as tensões sociais e a criminalidade. O aumento da massa carcerária nos governos Lula e Dilma (imitando o mesmo fenômeno nos governos “liberais” dos Clinton) é uma mácula que os próximos governos progressistas precisam eliminar.
Encarceramento = racismo.
Sara Winter não deveria ser presa. Deveríamos estabelecer medidas sérias e bem controladas de reparação social. Cadeia e perda da liberdade apenas para assassinos e perversos, gente cuja presença na sociedade é uma ameaça REAL à vida de outras pessoas. A prisão de Sara apenas reforça o punitivismo tacanho que caracteriza o nosso judiciário.
Sara provavelmente tem problemas mentais e emocionais graves, como fica claro em sua biografia, mas é apenas uma bufona, não representa um real perigo com seu exército Brancaleone. A sua prisão tem um interesse midiático, para reforçar a autoridade de um STF acovardado e pusilânime, mas foi quase um pedido explícito de Sara. Ao ver seu projeto de milícia fracassar, só lhe restava a imolação pública como propaganda final. Queria ser heroína, e para alguns será…
As esquerdas deveriam desconfiar sempre que sua alegria está vinculada a uma decisão do judiciário politizado e partidário que temos. Lembro (faz pouco tempo) de figuras das artes com cartazes de apoio a Bretas, ou de artistas da Globo dando suporte a Moro. Nosso judiciário tem lado, e não é o das esquerdas. Festejar suas decisões apenas por diversão é um erro estratégico. A prisão espetaculosa de Sara pode ser amanhã a de um líder do MTST ou do MST, bastando para isso que um juiz do STF acorde de mau-humor.
O discurso tão usado do “bota na cadeia” é um apanágio da direita. As pessoas que usam estas expressões por certo que não fazem ideia do que seja uma penitenciária no Brasil. Nunca se deram ao trabalho de ver a foto de uma cela superlotada e nunca estudaram o terror que é sobreviver nas condições desumanas de uma prisão de terceiro mundo. Jamais questionaram o preceito básico do direito penal que afirma que “nenhuma pena pode ser pior que o crime cometido”. Mas… o que pode ser pior que o inferno? Aliás, foi um general ignorante e racista, truculento e boçal, quem imortalizou a brutalidade da ditadura militar no Brasil, exclamando: “eu prendo… e arrebento”.
Prender, colocar na cadeia, aprisionar e encarcerar sempre foi a narrativa da direita, em especial da extrema-direita e do fascismo. Sei também que os totalitarismos da cortina de ferro também usaram desse artifício. São estes tiranos que exaltam o poder coercitivo do Estado para estraçalhar as dissidências na busca por um pensamento único. Todavia, eu esperaria da esquerda um passo adiante, rompendo o ciclo nefasto do “vigiar e punir” e acabando com a arbitrariedade das prisões determinadas pelos interesses ou pelo ódio do juiz, como assistimos na Lava Jato.
Entretanto, nosso rancor (compreensível) ainda vai manter o enredo. Agora é nossa vez de sair às ruas gritando “Sara está presa”, dando risadas do seu infortúnio e fazendo chacota, sem perceber que mantemos o círculo do ódio girando, só esperando a vez de nos atacar mais uma vez. Tolamente, colocamos nas mãos de juízes e promotores venais o poder discricionário de quem sofrerá a humilhação e o horror de adentrar os calabouços deste país. E, vale sempre a pena lembrar, a pena pesa sempre muito mais se você for de esquerda, preto e pobre.
Valha-me Valois… Salve-nos Kenarik… Nos ajude Igor Leone.
Eu acho que Bolsonaro é um psicopata e seus filhos também, mas igualmente reconheço que usar essa particularidade – um diagnóstico médico asséptico – como explicação para o que temos agora é pura tolice. Nunca é tarde para lembrar que Bolsonaro é um SINTOMA social, a agudização de uma doença crônica da sociedade, o racismo pervasivo na cultura e o preconceito de classe levando ao despertar do fascismo – que dormia silencioso desde o fracasso da ditadura.
Ao eliminar-se a figura pública do Bolsonaro NÃO decorre o fim das forças que o colocaram no poder. Surgirá a necessidade por parte dessa enorme parcela fascista e racista da sociedade para encontrar um ícone que galvanize seus ideais e sua perspectiva de mundo. E não são poucos os que desejam este posto.
Culpar Bolsonaro et caterva pelo desgoverno atual é apenas parte da solução. Mais importante é combater os golpistas que moram no condomínio, os milicos extremistas anticomunistas, os empresários que os sustentam e a parte deteriorada da sociedade que despreza a democracia e clama pela volta do horror, das torturas, da violência policial e do silenciamento das vozes dissonantes.
Estudo que rotulam o comportamento de Bolsonaro como típico de psicopatas em nada auxiliam na cura do problema social que Bolsonaro representa. Sinto que, a exemplo da Alemanha em meados do século XX, somente uma gigantesca tragédia será capaz de eliminar essa mancha escravagista da sociedade brasileira.
Quando pensamos em retirar as estátuas que homenageiam mercadores de escravos, racistas inveterados, matadores de índios e ditadores eu me pergunto sobre o que fazer com as “Estátuas Virtuais” erigidas a grupos que impuseram terror, genocídio, limpeza étnica e massacres e que ainda hoje são glorificados através de um processo de “limpeza cultural’, que transforma monstros em heróis e crimes contra a humanidade em atos de bravura.
Lembro muito bem das séries de TV da minha época, onde os “colonos” com suas carroças, mulher e filhos loiros rumavam para o Oeste cheios da paixão pela aventura e plenos de coragem para enfrentar os perigos de uma terra selvagem.
Só muitos anos depois pude perceber o engodo dessas narrativas. Em verdade, nós poderíamos com toda a justiça chamar “Os Pioneiros” mais corretamente de “Os genocidas invasores de terras indígenas”.
Sim, eles nada mais eram que selvagens, assassinos, ladrões de terra e genocidas que produziram limpeza étnica de dezenas de nações indígenas nativas da América do Norte, herdeiras das populações Clóvis. O livro “Enterre meu coração na Curva do Rio”, de Dee Brown, deixa muito claro como tudo ocorreu – e o nível inacreditável de crueldade desse genocídio norte americano.
Todavia, a imagem que nos chegava era completamente diferente dessa dura realidade. “Daniel Boone”, “Os Pioneiros”, “Rin tin tin”, etc, eram programas que tentavam retratar estes invasores e assassinos como “bons cristãos”, “cidadãos de bem”, com suas Bíblias e carroças levando a palavra de Cristo aos selvagens. Estas séries se ocupavam de fazer uma limpeza da história, transformando invasores em “colonos” – como se estivessem ocupando terras vazias – enquanto os indígenas eram retratados de duas formas básicas: o “índio ruim”, cruel, bárbaro, traiçoeiro e vil, ou então o “bom índio“, domesticado, civilizado, de feições ocidentalizadas, que auxiliava os brancos e aceitava docilmente sua submissão à invasão europeia.
Em verdade, os índios que moravam nas terras à oeste por mais de 100 séculos foram massacrados por sujeitos movidos pela ganância e pelo desrespeito à posse das terras dos “first nation” – nativos da América. Não há outra forma de descrever as “Guerras Indígenas” americanas com um nome diferente de “massacre colonialista”.
Assim fala a Wikipédia sobre o massacre iniciado pela “Corrida do Ouro” em direção ao “Wild West” durante o século XIX:
“O Genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos durante o século XIX, que resultou no massacre de milhões e na destruição irreversível de várias culturas, feito sob a alegação de uma guerra justa, ou guerra indígena, teve características próprias, que diferem o que aconteceu nos Estados Unidos do que aconteceu no restante da América. A limpeza étnica do oeste americano tornou-se política oficial do governo americano, que passou a declarar guerra às tribos indígenas sob qualquer pretexto.
Assim os apaches foram destruídos pela ação do exército americano após a entrada de mineiros e bandidos no território dos apache. A eliminação dos índios também foi defendida por dificultarem o trabalho dos empreiteiros e empresários de ferrovias que construíam e cortavam suas terras com a nova malha viária, ou como uma forma de se desobstruir o solo das planícies, destruindo suas culturas de subsistência, substituídas por lavouras comerciais em contato com os mercados consumidores através do novo sistema ferroviário.
Os indígenas foram paulatinamente empurrados pelo governo americano para territórios cada vez mais áridos, inférteis, isolados e diminutos. O antigo “Território Indígena”, que cobria a superfície de 4 estados da União, acabou sendo abolido e trocado por pequenas e esparsas reservas indígenas.
Em um discurso diante de representantes dos povos indígenas americanos em junho de 2019, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, pediu desculpas pelo genocídio cometido em seu estado. Newsom disse: “Isso é o que foi, um genocídio. Não há outra maneira de descrevê-lo. E é assim que ele precisa ser descrito nos livros de história.”
A ideologia do acúmulo infinito, da meritocracia irrestrita, leva à criação de ‘monstros’ como Ma, Bezos, Musk, Gates e Zuckerberg, cujo poder acumulado é maior do que o PIB da maioria dos Estados nacionais. Esse modelo é, acima de tudo, antidemocrático, que coloca o capital acima das pessoas, tirando delas o poder e mantendo-o na mão das elites financeiras. A luta contra o imperialismo e a colonização está ligada à necessidade de conter o poder obsceno captado por bilionários, cuja visão de mundo pode ser chamada de qualquer coisa – de visionária a apocalíptica – mas jamais democrática e ampla.
George Mguzue, “On the rise of a new order”, ed. Patch, page. 135
Em toda mobilização subjetiva no sentido da transformação haverá um deflagrador de origem primitiva, emocional; sexual em essência. Como dizia Dimitri*, as concepções de ordem intelectual jamais oferecem potência para mobilizar as energias criativas de um indivíduo. A real origem delas pode ser recôndita, inconsciente e inconfessa, mas uma busca apurada encontra a semente psíquica e erótica desses movimentos que, multiplicados por contextos e circunstâncias infinitos, produzem guerras, monstruosidades, o amor romântico, a cura das doenças e a até a conquista do universo.
Edouard Davrigny, “The Inner Circle of Mystic Roots – The life and work of Dimitri Czerkow”, ed. Altumus Press, pág. 135
Edouard Davrigny é um escritor belga nascido em 1936 na cidade de Kortrijk, próximo à fronteira da França. Sua mãe era comerciante e seu pai professor de história na escola local. Fez seus estudos na França, tendo estudado psicologia na Sorbonne. Durante seus estudos tomou conhecimento da obra do místico russo Dimitri Czerkow que no século XIX produziu uma extensa coletânea de livretos que poderiam ser considerados precursores da obra de Freud, não fosse que o mestre austríaco jamais poderia ter tomado conhecimento deles, já que somente foram descobertos em 1950 durante a construção da estação Kolhtsevaia (Кольцевая) do metrô de Moscou, quando uma arca com manuscritos muito bem preservados foi descoberta sob uma das casas demolidas. Dimitri passou a ser estudado por vários pesquisadores e historiadores russos, mas nenhum deles produziu uma historiografia tão completa quanto a de Edouard Davrigny. Edouard escreveu vários livros sobre psicologia e participou de coletâneas de vários outros autores. Entre seus livros o mais conhecido é “Psychologie et substances psychoactives”, também lançado pela Altumus Press.
* Refere-se ao místico ucraniano radicado na Rússia Dimitri Czerkow cujo livro “Inner Circle” de 1866 estabelecia as rotas, os rituais e os condicionantes para a elevação espiritual dos iniciados. Ficou conhecido pelo uso de substâncias alucinógenas derivadas de raízes de Eleutheria pragnatis nas suas atividades como místico e por sua devoção à divindade Gorratchin – uma mistura de bondade extremada e desinteressada com hipersexualidade dionísica. Acabou seus dias com distúrbios sérios da sanidade mental e foi enforcado por fraude fiscal.
Desconfie de todo justiceiro; atrás da luz fulgurante de justiça que ele traz à proa se projeta uma gigantesca sombra, cuja extensão não enxergamos, mas que, mais cedo ou mais tarde, aparece à nossa frente, em geral quando ainda estamos ofuscados pela luz.
Adm. Walter Scott, on “Writings on Faith and Fear”, ed. Walton, page 135
Walter Scott foi um militar americano nascido em Augusta, no Maine em 1911, que lutou na “Guerra da Coreia” (1950-1953), tendo recebido inúmeras condecorações por bravura. Foi um dos maiores críticos deste conflito, denunciando o genocídio promovido pelo exército americano na Coreia do Norte. Em seu livro de memórias “Writings on Faith and Fear” ele descreve a selvageria dos combates e as bombas jogadas sobre povoados pelos bombardeiros americanos, com imenso desprezo pela vida da população coreana. Segundo ele disse em uma entrevista em 1980, um pouco antes de sua morte por câncer linfático, o nome original do livro seria “The Dark Side of M.A.S.H.”, mas foi vetado pelos editores pelo enorme sucesso da série americana.