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Auto perdão

Acho a autoindulgência um dos nossos mais primitivos e importantes mecanismos de defesa. Durante 40 anos escutei pacientes contanto suas histórias e não me lembro de nenhum caso em que alguém se descreveu como egoísta, arrogante, malévolo ou perverso. Essa é uma característica muito humana: nossos defeitos são sempre contextualizados, domesticados, justificáveis e compreensíveis. Por isso mesmo a estratégia da captura do sintoma nunca é esperar que a crueza dessas características apareça no discurso do sujeito que se desnuda, mas aguardar que estas se expressem de forma espelhar.

Somos, via de regra, o que acusamos nos outros.

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Monstros

“Ele não passa de um monstro”

A solução fácil para resolver o problema é considerar que os sujeitos que cometem estes crimes não são pessoas. “Sim, eles são monstros, não podem ser considerados como nós”. O fascismo é um produto numa prateleira de supermercado ao alcance de nossas mãos.

Aliás, a liberalidade como matamos durante toda a história os nativos das Américas (norte, sul e central), os judeus na Europa e os Palestinos sempre se faz com argumentos desumanizantes. Torná-los monstros não-humanos (como cães) nos desobriga de exercitar qualquer empatia. A partir desse artifício podem ser eliminados como uma ninhada de gatos inoportunos.

Ainda soa para mim com sentido a máxima de Terêncio. “Sou humano, e o que é humano não me é estranho”. Existe dentro de mim a fagulha das maiores genialidade e a das piores monstruosidades humanas. O que faz uma delas brilhar é, muitas vezes, algo completamente alheio à minha decisão. Colocar estas pessoas num estrato inferior ao nosso é um crime muito pior do que o que ele mesmo cometeu, pois aquele crime solitário prejudica um punhado de pessoas, enquanto desumanizar pode colocar milhões em risco, como a história nos mostrou reiteradas vezes.

A demonização dessas criaturas e a retirada de suas características humanas – sua história, seus motivos, suas angústias, seus medos e suas fragilidades – é a face mais horrenda deste fato. Eu esperava mais compaixão por todos e não apenas por aqueles cuja identificação é simples e automática. Entender o algoz e seu drama também faz parte do processo, mesmo reconhecendo que “entender” não significa “inocentar“.

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Primeira pedra

Existem seres humanos que merecem perdão; outros não. Quanto a isso não há dúvidas. A listagem de pessoas (e não seus crimes) imperdoáveis não é muito difícil de achar. Todos os sujeitos que cometeram crimes que estão distantes da nossa realidade são imperdoáveis. Furar fila, não declarar imposto corretamente, matar um ladrão (bandido bom é…) não são crimes, quanto mais imperdoáveis, porque qualquer um de nós pode ter tais atitudes.

E não precisa ser um gênio para entender isso. As tradições religiosas estão cheias de exemplos de que o perdão precisa ser seletivo. Não há porque perdoar todos de forma igual como se todos fôssemos iguais aos olhos de Deus. Se isso fosse verdade Ele não criaria pessoas cheias de virtudes (nós) e outros animalizados e perversos, afogados em seus defeitos (os outros).

Foi exatamente o que Jesus disse quando atirou aquela pedra na puta que – evidentemente – não merecia perdão. Peraí que eu vou achar o versículo certinho e vou postar aqui em baixo.

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Achei a parte que fala aqui na Bíblia mas essa que eu tenho é dos Gideões e deve ser uma versão muito recente porque (olha só que absurdo) está escrito que ele NÃO atirou a pedra, o que é um óbvio erro pois Jesus não era bobo nem nada e jamais permitiria que um crime nojento como esse (eu jamais seria uma prostituta!!!) passasse em branco. Eu tenho nojo das traduções mais novas da Bíblia que trocam arbitrariamente as passagens apenas para apoiar petralhas e defensores de direitos humanos (leia-se bandidos).

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Quer saber? Que se lixe a Bíblia. Estou olhando aqui outros posts de Jesus e acho que esse cara fumava um. “Ame ao próximo como a ti mesmo“, ah…. vá se ferrar!! Amar estuprador, assassino, ladrão???? Tá cheirado barbudo???? “Teus inimigos são teus verdadeiros amigos“: bebeu gasolina??? E só piora, agora vi essa aqui: “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem“. Sério que o pessoal não sabe? Um bando de ladrão vagabundo e não sabem o que estão fazendo?

Te larguei pras cobra, Bíblia…

(according to “irony act” of march 2017 this post follows the fundamental principles of post-truth and explicit irony, therefore is under the protection of that presidential bill)

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Juízo Final

juizo-final

Creio que o dia do julgamento final de cada um deve ser marcado pelo assombro. De um lado a surpresa com as culpas injustas e inúteis que carregamos e de outro o susto diante do mal que causamos sem jamais termos consciência de nossa participação.

Eu penso muito no fato de que vou encontrar no dia do meu julgamento muitas pessoas que me odiaram durante a vida. Imagino que elas estarão lá, e esse encontro é tão duro e pesado quanto inevitável. Porém é possível que algumas delas sejam boas e caridosas o suficiente para terem me perdoado as falhas e erros. Talvez elas estejam lá para me receber de forma carinhosa e bondosa. Se acredito que algumas pessoas que me odeiam seriam recebidas carinhosamente por mim, por que o contrário não poderia ser possível?

Por outro lado, e essa é a parte que me apavora, é provável encontrar pessoas totalmente desconhecidas. Homens e mulheres que foram prejudicados por algo que deixei de fazer, palavras que eu não disse, sujeitos a quem eu ofendi sem me dar conta ou mulheres que se sentiram ofendidas pelas minhas palavras sem que eu nunca tenha tomado conhecimento de sua dor ou tristeza.

Esses encontros talvez sejam a maior surpresa que alguém pode enfrentar logo após partir. Se alguns deles podem ser um alívio às culpas carregadas durante toda uma vida, outros podem ser surpresas terríveis e difíceis de suportar.

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Rochedo

Rochedo

“Os homens livres são um perigo para os déspotas; as mulheres livres o são para os chauvinistas. O livre pensador é – pelo simples pensar – uma ameaça ao dogmatismo e à irracionalidade. O sincero ameaça de morte o falso e o dissimulado. Todavia, o maior perigo está naquele que perdoa; este será sempre o rochedo a impedir o avanço do oceano de ódios.”

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Ódio

odio

Qual o sentido publicar textos de ódio pela Internet contra pessoas que cometeram crimes famosos? Qual o sentido de agredir pessoas que já foram presas a condenadas pelos seus erros e falhas?

 Qual o sentido de odiar uma pessoa que já está destruída? Qual o sentido em destroçar quem já foi despojado de tudo? Não percebem que isso – odiar alguém que cometeu um erro – as aproxima do criminoso? Somente o oposto disso – o perdão – é capaz de produzir esse saudável afastamento. Somente o perdão que surge de uma profunda autocrítica pode nos colocar ACIMA destas questões.

 Meu pai sempre dizia, quando recebia uma “fechada” no transito: “Não posso xingar esse sujeito, pois ainda está vívida em minha lembrança a ultima vez que, por desatenção ou descuido, fiz exatamente a mesma coisa“.

 Mas…claro que não vou pedir que perdoem quem fez tanto mal. Isso serve apenas para as pessoas que, como Terêncio, são capazes de dizer “o que é humano não me é estranho”. Para o resto eu peço tão somente que não disseminem ou distribuam seu ódio publicamente, até porque isso em nada atinge o pobre criminoso, mas mostra que seus algozes não são tão diferentes dele quanto pensam… O motivo foi a constante crucificação da mulher que mandou matar o enteado. Mas basta um olhar muito rápido para perceber que ela é um farrapo humano. Resta pouco nela que possamos ainda tripudiar. Mas … para quê? Qual a razão de carbonizar um corpo quase destituído de vida? O que se ganha ao jogar ainda mais para baixo essa mulher? Eu digo: nada.

 Entretanto, ao fazer isso nos aproximamos de sua miséria e provamos que somos mais parecidos com ela do que pensamos. São pobres seres humanos, dignos de comiseração. Nenhum de nós admitiria trocar de lugar com esta pessoa, nem por cinco minutos. Quando se reconhece a miséria alheia isso não significa inocentá-la de todos os crimes, mas apenas que seus erros não podem nos afetar porque não encontram nenhuma ressonância em nós. Poderia ser esse caso ou qualquer outro.

 Ódio não nos leva a lugar algum. Não estou pregando moral, e talvez eu mesmo também sucumbisse à proteção que o ódio e o rancor prometem. Entretanto, não acredito que algo de construtivo possa surgir desse sentimento.

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Incoerência

incoerencia

Não vejo incoerência alguma nos meus colegas que, ao mesmo tempo em que celebram a vida através do ativismo pelo parto humanizado, defendem o pleno protagonismo das mulheres sobre seus corpos, incluindo-se aí o direito ao aborto. Não, não é incoerente.

Essas pessoas favoráveis ao aborto se preocupam com as mulheres que morrem todos os dias pelos abortos clandestinos, em salas infectas nas periferias e por mãos totalmente inábeis para esta intervenção. Quem é a favor da descriminalização do aborto ama essas mulheres e não quer mais que elas morram em decorrência de uma proibição que amplia o fosso social do país e que faz as pobres morrerem por falta de assistência, enquanto as ricas tem oportunidade de irem a clínicas sofisticadas e limpas.

Não, não é incoerente. Porém, eu compreendo as pessoas que enxergam a alma em um embrião minúsculo, mas conseguem enxergá-la em uma jovem mulher que cometeu o terrível erro de amar e desejar. Para essas pessoas incapazes de olhar para além de seus preconceitos, eu ofereço o meu perdão.

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Suzane

Suzane

A maioria dos “cidadãos de bem” desse país são meros linchadores de merda. Eu não exijo compaixão de ninguém, apenas admiro e exalto esse tipo de sentimento como um dos aspectos mais nobres da alma humana. Qualquer julgamento dessa menina é injusto e estúpido, pois ninguém pode aquilatar seus valores e suas dores. A ninguém é dado o poder de sentir a dor de outrem.

E, por favor, julgar Suzane é completamente diferente de julgar seu ATO. Um ato criminoso como o dela PRECISA ser punido, e o foi. E foi punido dentro da lei, onde a progressão de pena cumpriu o ritual legal. Ao meu ver ela não representa uma ameaça à sociedade e pode gozar desse benefício, conforme determinado legalmente. Não há nada a questionar nessa ação juridicamente embasada.

Quanto àqueles que diante disso disseminam ódio e raiva eu apenas penso que não são dela muito diferentes. Com uma arma na mão e o auxílio dos “irmãos Cravinhos” talvez fizessem o mesmo crime que tanto desejam realizar contra ela. O que os diferencia é apenas oportunidades, circunstâncias e contextos. Em essência, estão mais próximos do que admitem da Suzane que tanto odeiam.

Realmente, perdoar – em sentido amplo – é difícil porque impõe empatia e compreensão dos limites impostos no entendimento do outro. Os tolos confundem perdoar com “absolver“, quando na verdade o perdão significa trazer a ação criminosa para dentro do seu espectro de compreensão. Perdoar é humanizar, e Jesus mesmo, diante do apedrejamento da prostituta, deu a lição mais profunda e simples sobre a questão: “Atire a primeira pedra aquele que for isento de pecado“.

Os julgadores ferozes do Facebook são, em essência e completamente, sujeitos incapazes de conhecer o próprio percurso de suas vidas e os pequenos pecados que os compõem. Iludidos por uma falsa ideia de pureza e retidão, cegam-se às próprias falhas e erros, projetando-os em figuras públicas que fizeram de seus crimes espetáculo de catarse coletiva. Por isso a ferocidade implacável de seus comentários.

Perdoar as pessoas, e não seus deslizes, é tarefa difícil, mas uma imposição da civilização. Reconhecer a falibilidade humana é um caminho tortuoso quando implica olhar para dentro de si mesmo.

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Desamor Canino

Cão

O ano de 2014 – eu me dei conta agora – foi um dos mais difíceis da minha vida. Resta esperar que 2015 seja mais suave.

Mais de 2015 eu já aprendi uma lição: Jamais espere que alguém possa lhe perdoar por algo que você não fez. Fico pensando em algumas pessoas que explicitamente me detestam e tento me lembrar algo de rude, torpe ou grosseiro que tenha feito… e, por mais que honestamente tente recordar, não lembro de nada. Nenhuma atitude verdadeiramente má me vem à mente, até porque a própria distância impediria ou dificultaria isso. Pior, algumas dessas pessoas (sim, várias) foram sempre alvo de elogios sinceros e de admiração que – me obrigo a confessar – continuam válidos inclusive agora, quando os laços de amizade foram definitivamente desfeitos.

Todo mundo, eu acho, já passou por isso. Uma coleguinha na escola, um professor, um integrante da turma de amigos, um colega de escritório ou a sogra, um desconhecido no trânsito, um chefe, um motorista de táxi ou uma menina bonita… que não vai com a sua cara. Nada importa o que você fez ou venha a fazer: você está condenado a ser desconsiderado e, se bobear, odiado eternamente.

A questão central, e a mais difícil de entender, é a unilateralidade. Um problema semelhante, mas diferente nas consequências, é quando os desafetos se relacionam com as “santidades“. Isto é: quando ambos os sujeitos confessam suas mútuas malquerências com a famosa expressão: “nossos santos não batem“. Bem, ainda aqui ao menos existe a reciprocidade; a raiva e os sentimentos negativos são compartidos entre ambos. Para estes casos, quando possível, o melhor é um simples distanciamento.

Todavia, existe um modelo muito mais doloroso, o qual chamo de “desafeto canino”. Acreditem, este é bem pior. Existem pessoas que odeiam os cães, os maltratam, desprezam, chutam, deixam passar fome, mas o pobre cão não passa a lhe odiar por causa disso. Ele está lá, sempre olhando, admirando e o considerando alto, forte e vigoroso, sem ter qualquer noção do que leva você a tratá-lo tão mal. Ele o admira e ama, apesar de você desprezá-lo.

Esta é a tristeza do modelo canino: não se trata de algo que o cachorro fez ou deixou de fazer. Ele pode ter os esfíncteres mais educados do mundo, o latido mais gentil, o ferormônio menos ofensivo, e mesmo assim ser maltratado. A verdade é que a sua própria condição canina é o que obstaculiza, e por vezes impede, o afeto.

Desgraçadamente ele não pode, sob pena de desaparecer, deixar de ser cão. É da sua essência, imutável, eterna. Ele está condenado a ser desamado por você.

Para nós humanos, que sofremos no desamor canino, o que sobra é a brutal sensação de impotência ao perceber que a desafeição nunca foi fundada em algo que realmente fizemos, algum ato de desprezo, desconsideração ou maledicência. Não… o desamor vem porque representamos algo, ocupamos um lugar subjetivo, pessoal, inconsciente e independente de fatos objetivos que pautam qualquer relação. Não foi algo que fizemos, mas algo que “somos”. E sobre quem somos, para o imaginário daquelas pessoas, não há nada que se possa fazer.

Podemos apenas lamentar e nos entristecer, mantendo a esperança que um dia  possamos ser vistos com olhos mais condescendentes.

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Exercícios Natalinos

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Ok, então está combinado. Feliz Natal, abraços, tudo de bom, lembranças pra família.

Talvez. Esse Natal eu fiquei pensando em exercícios necessários. Pensei em duas coisas. Na primeira, lembrei do meu pai me perguntando a respeito do falsificacionismo. Dizia ele: “Pense nas suas convicções mais sérias e profundas, nas coisas em que você acredita com mais fervor. Pense, por exemplo, no poder da mulher de gestar e parir com dignidade, ou na sobrevivência da alma após a falência do invólucro carnal. Pense nessas “verdades” profundamente. Agora, depois de regozijar-se com o conforto que tais certezas oferecem, imagine que elas são em verdade falsas e que há como comprovar, basta que você escute os argumentos que eu lhe oferecerei em contrário. Responda com sinceridade: você os escutaria?

Será que eu os receberia como um contraponto válido ao meu modo especial de ver tais fenômenos ou fecharia meus ouvidos às coisas que não desejo escutar? Ficaria concentrado e confortado em minhas certezas ou aceitaria a relatividade das verdades que acalento? Teria a coragem de encarar a possibilidade de estar errado, ou me iludiria eternamente com a confiança em fatos que não suportam uma análise mais profunda?

A necessidade de questionar minhas certezas sempre me perseguiu, desde que escutei Raul Seixas cantando “Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo“. Se aquilo que acredito não pode ser questionado é por que não passa de um dogma, e os dogmas cristalizam o pensamento e congelam a criatividade. O livre pensar não aceita a petrificação dos conceitos, pois a dinâmica do conhecimento não permite paradas. Mesmo causando dor e muito medo, questionar seus próprios valores e crenças é tão essencial quanto crescer ou respirar.

Se você acredita demais em algo, que tal questionar suas crenças mais intensas? Quem sabe não seja mais honesto relativizá-las e encará-las como o que verdadeiramente são: partes de um mosaico infinito, pedaços passageiros de um caleidoscópio que muda a cada movimento minúsculo do conhecimento, fragmentos de algo indizível e desconhecido chamado “verdade”.

A segunda coisa que pensei me serve de ideia para o segundo exercício. Então é isso aí, Feliz Natal para você e sua família, felicidades e boa sorte, um ano cheio de realizações e que o menino Jesus possa iluminar sua vida, e bla, blá, blá… Tudo bem, não há nada de mal em desejar o melhor para os que nos amam e nos querem bem. Mas e os outros? O que fazer com aqueles que nos magoaram e feriram? O que desejar a eles nesse período? Nada? Desejar o “mal”? Ignorar? Maldizer?

Ok, este é o exercício. Pense nas pessoas que lhe fizeram mal, que falaram mal de você, que lhe agrediram, que ignoraram, que caluniaram ou perseguiram, que se ocuparam de denegrir a sua imagem perante os outros, que mentiram para tirar vantagens e com isso te prejudicaram. Feche os olhos e pense nessas pessoas.

De novo. Olhe no rosto dele(s). Olhe profundamente nos seus olhos. Imagine cada detalhe de sua face.

Pronto…

Agora imagine que ele é seu filho ou sua filha. Que por mais que tenha feito coisas erradas você jamais deixará de perdoar, pois que suas almas foram conectadas até antes mesmo dela nascer. Olhe para seu inimigo como se ele fosse da sua carne, tão próximo que você pode até sentir o que ele sente.

Pensou? Percebeu que, assim tornados próximos, os inimigos se humanizam? Desta maneira fica mais fácil entender a sua mágoa e o que os fez atacar e agredir. Quem sabe entender e perdoar seus desafetos seja o maior presente de Natal possível de ser oferecido.

Podemos tentar, ao menos…

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