Arquivo do mês: agosto 2019

A mais bonita

Em verdade, apesar do natural estranhamento causado por esta afirmação, não existe momento mais pleno de sexualidade do que o parto. Lembro de Ferdinand Celine, médico e polêmico escritor francês, escrevendo “Querem sexualidade de verdade? Procurem no parto“. Quem não concorda, tudo bem.

Vi algumas mulheres defendendo maquiagem e tratamentos para o cabelo para o momento das fotos na maternidade. Não me meto nesses assuntos e acho que cada um faz como quer, mas me incomodou a justificativa: seria para que ela ficasse “mais bonita” quando fosse gravar o momento em imagens.

Acho isso muito estranho, e posso dizer que não há nada mais belo do que a imensa balbúrdia de suores, gemidos, cabelos desgrenhados, lábios inchados e olhos molhados que testemunhamos no momento em que um bebê nasce. Não discuto os diversos conceitos de beleza, que precisam de poses, ângulos, iluminação e acessórios, mas repito que esta beleza crua e selvagem desse momento é muito mais significativa na construção de nossa própria sexualidade.

Bonita para receber seu filho“? Acham mesmo que um bebê vai se importar com a tonalidade do batom? Ou os presentes vão levar isso em consideração? Eu creio que o belo da cena está na superação e na própria vida que se revigora. Claro, uma forma mais sutil de beleza.

Na perspectiva do ser que nasce, inseguro e incompleto, desalojado de sua casa de idílio absoluto, a fagulha de esperança que lhe acalenta é o brilho das duas estrelas que, ao se aproximarem de seu rosto, informam que a única alternativa é o amor. Estas estrelas são os olhos brilhantes e úmidos de sua mãe.

O resto é comércio.

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Medicina totalitária

Palavras da Melania que eu subscrevo. Aliás, falo sobre isso há 30 anos. Eu dizia algo mais radical ainda: “Não existem exames inofensivos”. Na verdade, não existe consulta médica, mesmo que consista de uma simples troca de palavras, que seja incapaz de fazer algum mal.

Quando eu era estudante de medicina, e nos primeiros anos da minha prática, estava no auge uma filosofia de atenção médica centrada na prevenção. Entretanto, a prevenção não se baseava numa modificação do estilo de vida – como se fala hoje – mas no incremento de exames e avaliações na esperança de “descobrir onde o mal nasce e destruir sua semente”.

Uma cena não me escapa da memória. Andando na rua depois de um atendimento domiciliar fui parado por dois sujeitos sentados na mesa de um bar. Perceberam que eu era da área da saúde pelo uniforme e pela ambulância estacionada. Eles me chamaram com um “psiu” e um deles perguntou:

– Nesse seu pronto-socorro quanto custa um “checápe total”, dos pés à cabeça, tudo quanto é exame?

Sorri e disse que no pronto-socorro não se faziam exames desse tipo. O amigo então, do alto de suas várias cervejas, dispara:

– Liga não doutor, o que ele queria saber mesmo era só o exame de próstata.

Pois passados 40 anos eu vejo a derrocada de um modelo de atenção que fez sucesso e agora reconhece seu ocaso. Fica cada vez mais claro que investir freneticamente em exames e investigações em excesso, como forma de triagem, não demonstrou nenhuma melhora da saúde ou sobrevida de pacientes.

Nem exames da próstata.

Tidavia, atacar uma ideologia medica higienista de “controle absoluto” e vigilancia é tocar nas estruturas badikares da orofissao. Quem resolve enfrentar a ignorância só pode receber ignorância como resposta. Existem muitos interesses envolvidos na proposta de um “Estado Médico Total” onde o sujeito só pode comer, urinar, trepar, reproduzir e até respirar se for supervisionado e autorizado por um médico. É a sociedade se vergando à medicina como ideologia totalitária. Chegará um dia onde o sujeito só terá autorização médica para defecar cada 48 horas.

Opsss…


“E já que há tanta gente chocada com a ideia de que não é necessário exame ginecológico de rotina anual em mulheres assintomáticas (com mais um tanto me mandando estudar, como sempre), vamos acrescentar algumas outras informações chocantes, principalmente para quem adora ir ao médico e já vai dizendo que quer realizar os famosos “exames de check-up”. Mais de uma pessoa já me disse que tinha o sonho de entrar em uma máquina que rastreasse seu corpo inteiro procurando os mais mínimos tumores.

Então: a revisão sistemática Cochrane atualizada em 31 de janeiro de 2019 incluiu 17 artigos dos quais 15 contribuíram com dados, um total de 251.891 participantes. Check-up de rotina não reduz a mortalidade global, nem a mortalidade por câncer e doença cardiovascular. Não houve efeito na incidência de doença coronariana isquêmica fatal e não fatal nem de AVC fatal e não fatal. A conclusão dos autores é que é improvável que os exames de check-up geral sejam benéficos.

Na verdade, mesmo a efetividade de exames para rastreamento de alguns cânceres tem sido fortemente questionada, como tireoide e próstata.

“Mas eu me sinto mais seguro e o exame não faz mal”. Ora, alguns exames fazem, porque geram resultados positivos que irão acarretar outros procedimentos ou o tratamento de doenças que não iriam nem prejudicar o paciente nem provocar a sua morte.

Notem que estamos falando de exames realizados de rotina em indivíduos saudáveis e não de exames indicados por algum motivo em indivíduos doentes. E aqui estamos avaliando globalmente os tais “exames de check-up”. A maioria das sociedades ou diretrizes irá ter recomendações específicas de rastreamento de diversas condições clínicas, considerando características individuais e fatores de risco.

Porém, é necessário ter uma visão crítica. Há estratégias muito mais efetivas para quem morre de medo de ter qualquer dessas doenças, que é a modificação do estilo de vida, com dieta saudável, prática de atividade física, abolição do fumo e restrição do consumo de bebidas alcoólicas.

Não adianta me esculhambar. Vão lá discutir com os revisores da Cochrane.”

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Vingança

Não é muito difícil aceitarmos que a moral individual não pode pautar a moral social. O fato de – em hipótese – eu não suportar que um assassino como Nardoni saia da prisão por um dispositivo legal não pode ser a regra a determinar uma proibição. Não se deve aceitar a “justiça das vítimas”, sempre carregada de emocionalismos. Aliás, a civilização e o próprio direito surgiram ha milhares de anos para ocupar o lugar da selvageria de um “direito pessoal”, a cobrança de dívidas sem intermediário.

A “Lei de Talião” e o código de Hamurabi devem ficar apenas nos livros de história. A civilização impõe condições para a sua existência e o Estado Democrático de Direito é uma delas. Não se pode mais admitir um estado vingativo e punitivo e existem várias razões para isso.

A primeira é a função educativa do estado, que deve compreender que a imensa maioria dos delitos cometidos na sociedade tem origem na própria iniquidade fomentada pelo Estado, cujas castas por ele produzidas e a desigualdade de oportunidades entre elas estimulam a criminalidade. Os estudos de variadas fontes demonstram que são as condições sociais (e não as questões morais do criminoso) a fonte principal de estímulo ao crime.

Em segundo lugar, pela evidente inefetividade de tais medidas punitivas. Se as penas duras e violentas fossem solução os Estados Unidos não teriam 20 mil assassinatos neste ano (até agora). Se a pena capital fosse efetiva ela diminuiria a criminalidade nos locais onde foi implantada no Brasil. Sim, aqui mesmo. A pena de morte é exercida nos presídios e entre facções do narcotráfico e do crime organizado. Alguma dessas organizações deixaram de delinquir sabendo que a pena é a morte se o seu agente for pego pelo inimigo? Evidentemente que a resposta é não….

A propósito… ABOLICIONISMO PENAL JÁ!!!!

Sobre o Nardoni eu pergunto: que tipo de risco corre a sociedade se esse sujeito, depois de passar 12 anos preso, tiver o direito de visitar seu pai em casa? O que isso pode ofender o direito? O que isso ofende a família da vítima? Desde quando o Estado deve defender a vingança e o sofrimento inútil como pena?

Ora… por mais difícil que seja, cultivar o perdão é um ato superior. Tratar criminosos com humanidade é medida civilizatória. Respeitar os direitos humanos é uma conquista dos LIBERAIS e não dos comunas!!!! Aceitar as regras do jogo do Estado Democrático é uma obrigação de todos que desejam que os governos respeitem seus direitos fundamentais.

Sim, eu insisto que a infelicidade deste criminoso não me traz felicidade alguma. Eu acredito no perdão e na superação, mas admito que esta é uma questão pessoal. Do ponto de vista legal se um sujeito paga sua pena deve ter direito a ser solto. Se alguém tem direito a sair da prisão por uma concessão humanitária, que saia. A sociedade não pode responder com vingança e inexorabilidade.

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Conselhos

Vou deixar bem claro: eu acho uma profunda ingenuidade imaginar que os Conselhos de Medicina deveriam “proteger a sociedade”. Essa é uma acusação injusta a estas entidades. Um conselho é feito para proteger a CORPORAÇÃO, os médicos e suas práticas, as quais são validadas por seus pares (e não necessariamente pelas evidências científicas).

Não existe NENHUM compromisso explícito de defender a saúde da população e isso é mais do que óbvio. Afinal, você cidadão comum, em quem vai votar na próxima eleição do Conselho de Medicina? Ahhh, só os médicos votam? Então como é posível imaginar que um grupo que não aceita seu voto vai lhe representar?

Não… os conselhos de Medicina protegem a medicina, seus profissionais e seus privilégios sociais, mesmo quando sua prática é capaz de prejudicar pacientes. A cesariana é apenas um dos exemplos fáceis para demonstrar que não se pode confiar num Conselho de Medicina para tomar ações que contrariam os desejos dos médicos que, em última análise, elegem os conselheiros para representar seus desejos – e não os de seus clientes.

Por isso é importante sempre ter no horizonte que os conselhos médicos – estaduais ou federal – são órgãos corporativos e que tem como compromisso o médico e sua proteção, e não a saúde dos pacientes. Para estes objetivos é necessário criar outros representantes ou modificar o MS para que este possa trabalhar de forma efetiva na defesa dos pacientes e suas questões. Talvez esteja no horizonte a “Ordem dos Doentes”, uma organização criada para a defesa dos pacientes em todas as instâncias e que, em inúmeras circunstâncias, vai se opor diametralmente à “ordem dos médicos” na defesa dos seus interesses.

Não é justo cobrar dos Conselhos de Medicina algo que eles não tem obrigação de fazer, mas também é ingenuidade acreditar que eles trabalham por você ou por sua saúde.

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Velhice

Se é verdade que “os cabelos brancos são bonitos, mas são tristes” eu vou mais além e digo que a velhice é bela porém lúgubre, e a nostalgia nada mais é do que a saudade de um mundo menos belo, mas cuja esperança o tornava mais feliz. A tristeza da velhice é a desilusão; a alegria da juventude é imponência das fantasias.

Carolina de Mont’Alverne, “Manuscritos da Guerra”, Ed. Shapiro, pág 135

Carolina Amaral de Mont´Alverne é uma poetisa maranhense, nascida em Imperatriz em 1950. Alfabetizou-se aos 18 anos de idade através do Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização – tendo concluído o ciclo secundário com a idade de 25 anos através do “Artigo 99”. Entrou para a faculdade de Letras logo a seguir e começou a escrever poesias assim que tomou controle das letras e das palavras. Publicou seu primeiro livro de poesia chamado “Vitupério” através de uma produção caseira, com mimeógrafo e “stencil”, distribuindo as cópias entre amigos, colegas e professores. Depois foi convidada a participar de coletâneas com escritores iniciantes até que pôde lançar seu primeiro livro oficial, “Imperoza” em que apresenta sua poesia romântica entrelaçada com o ambiente semiárido de sua região e sobre a Reserva Biológica do Gurupi, o que restou da mata Atlântica no Maranhão. Escreveu “Manuscritos da Guerra” como uma série de poesias sobre a fome, a falta de recursos, o abandono e os preconceitos de classe com as populações do interior do nordeste. Mora em São Luis, é casada e tem 4 filhos.

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O país das cesarianas

O atraso no debate sobre direitos humanos, nossa larga historia de violações e abusos contra minorias e o desprezo sistemático pela democracia são o adubo que explica o crescimento de figuras públicas que defendem cesarianas neste país – que já é um recordista em seu abuso.

Na Nova Zelândia 100% dos nascimentos contam com a presença de uma parteira, inclusive nas cesarianas – que não passam de 20% – onde elas permanecem ao lado oferecendo apoio às gestantes. Todo o sistema é centralizado na figura da parteira profissional. Ela é a soberana nos partos, mas os médicos estão sempre à disposição quando seu trabalho se torna necessário.

Nestes contextos uma deputada defendendo a liberalidade no uso das cesarianas – com o apoio de boa parte da corporação médica – seria visto como uma aberração, um desrespeito com as mulheres e seus corpos e uma violência contra um sistema baseado em evidências científicas e o protagonismo feminino no parto.

Para mudar nosso sistema perverso, comecemos por informar e educar as mulheres, para que suas escolhas reflitam o que é melhor para elas e seus bebês, e não para aqueles que – autoritariamente – desejam controlar seus corpos e suas decisões.

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Medicalização da vida

Autoridades afirmam que o medo é fator preponderante que leva medicos e pacientes a uma escalada inusitada de (ab)uso de medicamentos, em geral não direcionados à cura, mas para controlar doenças crônicas e mitigar o sofrimento.

Esse medo, ao contrário do que pensam aqueles que acreditam na fragilidade essencial humana, é uma construção social que tem como objetivo o controle e a dominação por parte das corporações diretamente beneficiadas por ele.

Ainda parecemos muito reticentes em apontar a origem dessa distopia. Fazemos rodeios, elogiamos os “bons remédios”, criticamos apenas o que nos parecem ser abusos e parecemos fugir da verdade que nos incomoda. Titubeamos ao falar que, por trás dessa tragédia medicamentosa, está o capitalismo, que faz da doença uma fonte inesgotável de clientes e do medo sua mais eficiente estratégia de captação.

Enquanto a doença for fonte de lucros estratosféricos a medicalização da sociedade será uma realidade inexorável. Para cada desassossego com o estilo de vida consumista e competitivo que vivemos mais uma pílula salvadora será lançada. As revistas semanais vão continuar a nos inundar com as promessas da “cura do câncer que se aproxima”; os novos brinquedos tecnológicos que nos vasculham as entranhas continuarão a mostrar o que desejamos ver e as injeções vão aumentar nossa potência sexual, sem contudo mexer no desejo que se esvai na coisificação biologizante do sexo.

Assim, continuaremos na ilusão de descobrir a cura fora de nós, sem nós e a despeito de nós. Para cada angústia nova mais um entorpecente, um estupefaciente ou um analgésico. E as dores que deveras sentimos continuarão no lado escuro da rua, junto com a chave que não queremos encontrar.

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Valores

Aos 5 anos de idade eu caminhava na rua Salgado Filho quando vi uma banca de jornais que vendia loterias. Olhei os números recheados de zeros no prêmio estampado e perguntei para o gigante que segurava minha mão:

– Pai, por que não compra um bilhete da loteria? Se você ganhar podemos ficar ricos e comprar qualquer coisa que quisermos.

Ele continuou andando firme e olhando para frente e me disse, do jeito sisudo e objetivo que sempre o caracterizou:

– Só acredito em dinheiro que foi ganho através do trabalho. Esse aí pode ser legal, mas é imoral.

É desses pequenos fragmentos dispersos que somos constituídos. Obrigado, pai, por essa lembrança.

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Domínios

Mais de uma vez escrevi sobre a questão dos “domínios” nos âmbitos familiares, que sempre me pareceram tão importante quanto o desejo real de participação. Mas num universo onde os homens são sempre culpados, como questionar este ponto importante? O caminho mais fácil é sempre o maniqueísmo…

A perspectiva contemporânea que aborda de forma mais equilibrada os espaços de conflito nas tarefas do lar é um sopro de frescor na aridez dos embates acusatórios. Ainda hoje reconheço como padrão a prática de acusar os homens de não participarem das tarefas domésticas e da educação dos filhos. Apesar de ser uma queixa verdadeira, ela deixa de apresentar outras facetas da realidade que são, via de regra, negligenciadas.

Uma das questões pouco abordadas é o que chamo de “domínios”. Eles se referem aos espaços de controle e saber reconhecidos, confinados a um gênero. É esse tipo de controle que faz muitos homens levantarem para ver um barulho estranho na porta dos fundos, abrirem o capô do carro para ver o defeito ou pegarem a chave do carro quando a família vai sair. O mesmo que faz as mulheres decidirem de forma autocrática a comida, as roupas e o tipo de educação dos filhos. São domínios culturalmente construídos dentro do patriarcado, mas que apenas enxergamos quando somos vítimas, não quando estamis na posição de opressores.

Muitos homens – e mulheres – se adaptam a essas construções milenares – por comodismo ou cansaço – mas muitos começam a questionar tais posições. Por que não posso (homem) arrumar – ou escolher – a roupa do meu filho? Por que não posso (mulher) dirigir o carro quando a família sai? Por que não posso (homem) decidir a comida que todos vamos comer? Por que não posso (mulher) trocar o pneu do carro ou fazer tarefas mais pesadas da casa?

Para haver equilíbrio é necessário que todos aceitem as mudanças e concordem com as inevitáveis concessões. Homens precisam ter o direito de participar dessas decisões sem o martírio das críticas e sem o peso do escárnio de suas companheiras que se sentem invadidas em seus domínios. As mulheres também precisam ter o direito de “invadir” as funções historicamente assumidas por homens sem sofrer com o deboche e o desprezo que estes oferecem como resposta ao que sentem como a tomada de um lugar cativo que lhes era destinado.

Os domínios antigos estão paulatinamente ruindo. Creio que o desmanche os limites pode ser celebrado como uma nova era de colaboração. Todavia, para que isso ocorra é preciso que a desconstrução de modelos ancestrais seja um exercício constante para os homens e também para as mulheres.

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Mães

“Enquanto as Mães da Praça de Maio são um exemplo de cidadania e luta por justiça, nossas Mães da Praça do Rosário são um exemplo de intolerância e atraso. Que diferença.”

Ao ver as mães reacionárias fazendo passeata na frente do Rosário, escola da elite branca de Porto Alegre por que não me surpreendo?? “Mais cristianismo e menos doutrinação” dizia um dos cartazes. É essa elite branca alienada que merece ser varrida pela história.

“Marista sim, marxista não”. Tem como esse pessoal ser mais ridículo???

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