Arquivo da tag: vacinas

Indústrias Mortais

Repito: o major problema desse embate Hidroxicloroquina X Vacinas” é que, em nome da ciência e contra o obscurantismo, acabamos colocando em evidência e tratando como vestais as indústrias mais poderosas, imperialistas, mafiosas e criminosas do mundo. É como se, para nos livrarmos de uma invasão estrangeira, fosse necessário se ajoelhar aos milicianos e pedir ajuda aos jagunços que agem para os latifundiários.

Digo isto porque está circulando um texto ingênuo que, a pretexto de combater o negacionismo científico, exalta empresas como a Pfizer, com larga história de crimes contra a saúde pública.

Deve haver uma solução mais profunda para estas pandemias. Devemos analisar esta atual crise sanitária mundial como a ponta do iceberg porque as razões de seu aparecimento – a continuada agressão ao meio ambiente – não estão sendo combatidas pelas grandes nações industrializadas.

Talvez a forma para exterminar o risco de pandemias seja mesmo através do extermínio do capitalismo e sua lógica predatória. Mas para isso será preciso acordar as massas de sua letargia.

Veja o que nos diz Dr. Peter Gotzsche, fundador da Biblioteca Cochrane:

“Some pharmaceutical companies have been caught and fined for their activities. For example, Gøtzsche details how during 2007–12, in the USA, Abbott, AstraZeneca, Eli Lilly, GlaxoSmithKline, Johnson and Johnson, Merck, Novartis, Pfizer, and Sanofi-Aventis were fined from $95 million to $3 billion for illegal marketing of drugs, misrepresentation of research findings, hiding data about the harms of the drugs, Medicaid fraud, or Medicare fraud. However, some companies seem not to be deterred and apparently regard fines as marketing expenses.

“Fundamentally, I think capitalism and health care go very poorly together”, Gøtzsche told The Lancet. In his book, he recommends several reforms to address this issue. He claims that, like tobacco marketing, drug marketing is harmful and should be banned. Gøtzsche also stresses the need to remove the for-profit model and to radically reform the currently impotent or too-permissive drug regulation. His unequivocal opinion is that the pharmaceutical industry should not be allowed to do trials of its own drugs because being both the judge and defendant is a conflict of interest. Ideally, non-profit enterprises should invent, develop, and bring new drugs to market.

Removal of the link between the costs of research plus development and the price of drugs would, Gøtzsche believes, address the unaffordability and unsuitability of the current medical innovation model, and reduce the incentives for the development of me-too products (ie, variations of known substances) and marketing and promotion of drugs that might not be used rationally or are no better than the existing alternatives.”


Veja aqui a matéria completa publicada no Lancet.

Deixe um comentário

Arquivado em Ativismo, Medicina

Interesses ocultos

Não se trata de ser anti ciência, anti medicamentos, anti vacinas, anti cesarianas ou contra qualquer coisa, mas ter a coragem de fazer perguntas que precisam ser respondidas. É acima de tudo uma postura que encara as oligarquias planetárias e questiona seus métodos e seus objetivos. Afinal, quais os interesses de Bill Gates nesse cenário?

Uma lembrança: em 21 de abril de 1998 o jovem deputado Luis Eduardo Magalhães morreu de um infarto fulminante. A importância de sua morte era aumentada por três fatores: ser filho do poderoso ACM, ser líder entre seus pares e por ter apenas 43 anos de idade. A notícia chocou a todos. Na semana seguinte encontrei no corredor do prédio do meu consultório um colega cardiologista. No melhor estilo “small talk” disse a ele “E essa do filho do ACM, hein? Que horror!! Tinha só 43 anos!!”

Ele curvou os lábios para baixo e disse: “Nem fale, mas por outro lado o meu consultório nunca esteve tão cheio. Estou marcando consultas com semanas de antecedência. Podia acontecer uma coisa dessas cada seis meses.”

Claro, estava brincando, mas deu a entender, um pouco constrangido, que estes desastres acabavam lhe trazendo benefícios. A criação de doenças novas e a exaltação de tragédias produzem medo. E o medo, como bem o sabemos, faz desaparecer a razão e a clareza dos fatos e acaba nos jogando em um redemoinho de más escolhas. O pânico é sempre um péssimo conselheiro.

Assim, muita gente poderosa se beneficia com este tipo de tragédia global, e não precisamos ir muito longe para verificar isso. Os maiores beneficiários são empresários que estão revolucionando os setores de tecnologia, saúde e equipamentos médicos, como o bilionário sul-africano Elon Musk, ou a chinesa Zhong Huijuan.

Já é possível dizer que 2020 foi, na verdade, um dos melhores anos para os bilionários em muito tempo. As fortunas somadas dessa turma chegaram a US$ 10,2 trilhões recentemente, de acordo com um relatório divulgado pelo banco suíço UBS. Trata-se de um valor recorde, sendo que o anterior, de US$ 8,9 trilhões, data de 2017. Não apenas essas pessoas, as mais ricas do mundo, recuperaram seu patrimônio, como, em alguns casos, fizeram-no crescer. E isso aconteceu no mundo inteiro, e o Brasil participou da festa.De maneira geral, grandes nomes ligados ao universo da tecnologia e do varejo, como Jeff Bezos (Amazon), Bernard Arnault (LVMH), além dos chineses Ma Huateng (maior acionista da gigante de internet e da comunicação Tencent), cujo patrimônio aumentou quase US$ 20 bilhões em questão de meses, e Qin Yinglin (maior produtor de porcos do mundo) foram os grandes destaques desse show dos bilhões”. (leia aqui matéria completa)

PS: Veja abaixo uma entrevista sobre Bill Gates que foi dada por um dos jornalistas investigativos mais famosos da atualidade: Max Blumenthal, que entre outras coisas escreveu “The 51 Days War” sobre o massacre Palestino em Gaza em 2014.

Deixe um comentário

Arquivado em Medicina, Pensamentos

Precedência

“Na exigência de precedência das categorias profissionais para garantir a vacinação aparece de forma muito clara a arrogância e o preconceito de classe que tanto nos caracterizam. Todos se acham merecedores, porque honestamente se acham especiais, mesmo que apenas de forma ilusória. Por isso eu digo que só o olhar alheio nos situa e nos remete ao inferno; se fosse por nossa auto imagem estaríamos por certo com o céu garantido. A auto indulgência é o edifício mais sólido construído pelo nosso ego.”

Astolfo Rodrigues, Correio de Birigui, 04/02/21

Deixe um comentário

Arquivado em Ficção

Para onde correr?

A crise acabou fazendo a esquerda aplaudir Dória, agradecer a Máfia da BigPharma, abraçar a Globo e votar no Baleia. Espero que tenhamos a capacidade de reconhecer o significado dessas escolhas e não as consideremos naturais. A sociedade agora abraça o “progresso” medicamentoso e abre “os braços” (para não dizer outra coisa) para as multinacionais de drogas, confundindo oportunisticamente “droga” com “ciência”, como se estas empresas não fossem – no dizer de Peter Gotzsche – a perfeita definição de “Crime Organizado”.

A Pfizer, entre outras, tem uma longa ficha de crimes cometidos contra a saúde pública, tendo pago a maior indenização da história por seus delitos. Mas… ai de quem ousar questionar nossas salvadoras!!! Ao inferno com quem meramente questionar os “cientistas”.

Essa exaltação acrítica dos “pesquisadores” sem a devida contextualização sempre foi desastrosa na história. Tomar decisões com base no desespero, aceitando “qualquer coisa” para votar à “vida normal”, também.

“Não é o momento de criticar, isso se vê depois. Precisamos de uma esperança”, dizemos nós, de joelhos.

Na atual polarização política mundial o esquerdista padrão aceita bovinamente o controle das nossas vidas pela máfia das drogas, enquanto o reacionário nega qualquer avanço, chamando-o de “globalismo”. Para onde correr?

“Ah, cara… para de ser chato. Precisamos de algo para acabar com essa pandemia!!”. Claro, “punch 2”, certo? Questionar o que nos trouxe até aqui é como procurar a chave no lugar em que ela verdadeiramente se perdeu, mas onde é sempre muito mais escuro.

Veja mais sobre os crimes da Pfizer aqui e sobre problemas importantes de sua vacina aqui.

Deixe um comentário

Arquivado em Medicina

Vacinas, cesarianas e cadeias

Será o nosso pedido desesperado por “vacinas” mais um clamor pelas soluções mágicas, o qual esconde nosso temor de encarar os verdadeiros desafios?

Ainda hoje eu escutava pessoas sendo entrevistadas no rádio e pedindo às autoridades nacionais e mundiais que se encontre de imediato a solução para esta pandemia e um apelo pela criação e distribuição de vacinas. Não é difícil entender que, nesse momento de angústia disseminada, pedidos como este sejam voz corrente entre a população. Todavia, é necessário ir além dos pedidos desesperados para entender o significado dessa busca por soluções.

Da mesma forma, logo depois de um caso dramático de crime, os gritos são por mais segurança, mais polícia, mais repressão aos delitos e mais rapidez nas sentenças. Criar presídios, cadeias, justiça mais rápida e encarceramento parecem soluções adequadas e ágeis. Acreditamos que quanto maior a repressão melhores os resultados, na crença de que a impunidade é a grande estimuladora das contravenções. A experiência acumulada sobre o encarceramento, em especial em países com doutrinas positivistas hegemônicas, mostra o oposto: o encarceramento em massa jamais solucionou o drama da criminalidade.

Também com as cesarianas pensamos dessa forma imediatista; basta um caso isolado de problemas no parto normal para pedirmos mais cesarianas e mais tecnologia aplicada ao parto, com a fé de que as intervenções tecnológicas no nascimento produzem mais segurança, mesmo que as evidências apontem o contrário.

Vacinas, cesarianas e cadeias tem espaço nas sociedades contemporâneas, sem dúvida. Todas elas podem salvar vidas, ou evitar que outras vidas sejam perdidas. Entretanto, o uso dessas alternativas aponta para inequívocas falhas estruturais, erros na arquitetura básica da sociedade, e estas soluções podem servir apenas para nos oferecer um alívio temporário para doenças crônicas e insidiosas.

Não acredito que a solução para os dilemas do parto será pelo incremento de mais tecnologia, mas pela compreensão que grande parte dos transtornos do parto ocorre pela sua inserção numa cultura capitalista e que enxerga as mulheres e seus ciclos de forma diminutiva, olhando-as com lentes invertidas que as tornam defectivas, incapazes, insuficientes e indignas de confiança. A falta de protagonismo das mulheres aos seus ciclos é a falha essencial, e o incremento das intervenções aparece como o sintoma, mas não será jamais sua solução.

A repressão policial violenta vai ocorrer em sociedades desiguais e inerentemente injustas, e sempre será usada para conter a natural reação dos oprimidos às injustiças e à iniquidade. A força bruta será o meio de controle social enquanto a ferida aberta da desigualdade continuar sangrando, fazendo um enorme e crescente contingente de pobres e miseráveis ser contido através da violência. Sem que a real doença social do capitalismo seja curada, não haverá polícias e presídios suficientes para conter a revolta dos esquecidos.

Hoje gritamos por vacinas porque elas entram como a solução tecnológica para uma relação absolutamente disfuncional do homem com a natureza. Da mesma maneira, se não for modificada a nossa relação com ela, nenhuma vacina será suficiente, pois para cada anticorpo produzido dezenas de outros antígenos esperam na fila para atacar os corpos humanos. A raiz deste problema não se encontra na falta de tecnologia para encontrar os remédios, mas no excesso de intervenção na delicada tessitura da natureza, onde somos apenas um dos tantos prejudicados.

Vacinas, cesarianas e cadeias jamais serão soluções definitivas para o dilema humano. Nossa relação desequilibrada com a natureza, com a distribuição das riquezas e o desrespeito com o feminino e seus ciclos são expressões de violência que denunciam paradigmas disfuncionais subjacentes. Somente olhando de frente para estes dilemas teremos um mundo mais justo, igual e saudável.

Deixe um comentário

Arquivado em Pensamentos

Divergências

Tem uma tese que corre solta por aí que diz: “Quando eu era pequeno tomava todas as vacinas de boa e não perguntava o que tinha dentro e nem de onde vinham. Agora estamos todos metidos a cientistas de vacina”.

Bem, é certo que comportamentos paranoicos não ajudam a formular uma conduta sensata. Negar-se a usar um produto por puro preconceito com sua origem é quase sempre uma estupidez; deixar de usar algo baseando-se em memes ou fake news do WhatsApp também.

Porém, quando eu era pequeno, meu pai passava “Flit” pela casa para matar mosquitos e ninguém perguntava nada; todo mundo confiava nas empresas americanas que produziam esse veneno mortal. A gente tomava litros de anilina e glicose nos K-Sucos e achava apenas gostoso. A comida era cheia de aditivos e todo mundo comia de boa. A agricultura usava todos os tipos de defensivos tóxicos e todo mundo comprava sem perguntar nada. Quando uma nova indústria abria a gente comemorava, e nem ligava para a poluição. Quando o governo inaugurava uma estrada ninguém se importava com a destruição do meio ambiente; o mesmo com barragens e hidrelétricas. No tempo do meu pai matar passarinho era diversão.

Só os impertinentes reclamavam; só os inconvenientes escreviam textões em revistas que ninguém lia. Vozes diminutas…

As notícias da TV passavam pelo crivo de SEIS famílias, que controlavam TUDO que você poderia saber, e ninguém achava estranho. A gente comia embutidos, conservantes, saborizantes e muito açúcar e não havia muitas vozes para nos alertar dos perigos. A maioria iniciava o cigarro aos 14-15 anos como ritual de passagem, e poucas eram as vozes para alertar para o perigo do tabagismo. Na minha infância a gente dava leite de vaca para crianças pequenas e as tirava do peito, produzindo uma geração de sequelados que foram privados de leite (e afeto) materno, e ainda assim fazíamos concurso de beleza para bebês (obesos) tratados com fórmula artificial.

Só nos livramos dessas toxinas através de gente MUITO CHATA que apontava o dedo para os erros e para os equívocos e que chamavam a atenção para os desvios genocidas do nosso comportamento. Foi preciso escutar as vozes dissonantes para corrigir os erros e traçar novas rotas. Também foi necessário que milhões morressem para que a nossa indignação se transformasse em ação.

Não posso acreditar que abolir a consciência sobre os riscos do que ingerimos e injetamos possa ser errado. Criticar TUDO – inclusive as vacinas – é uma VIRTUDE do mundo contemporâneo. Por certo que muitos exageros vão ocorrer; é previsível que uma postura crítica possa descambar para a pensamentos persecutórios, “Nova Ordem”, “Illuminati”, paranoia “comunista”, “Globalistas”, “Ordem do Sião” e tanto mais; é o risco que temos que correr para disseminar o contraditório e encontrar soluções. Todavia, não é possível admitir que “pensar menos” sobre um tema e aceitar acriticamente determinações vindas de grandes corporações (também elas com seus interesses específicos) possa ser a saída para os dilemas que estamos agora enfrentando.

A única fórmula que reconhecidamente funciona para bloquear desinformação é produzir MAIS informação, isenta e de qualidade, e não criticando as divergências – naturais e benéficas – ou desacreditando sistematicamente tudo o que se contrapõe à narrativa hegemônica.

Não será obstaculizando a crítica que construiremos uma sociedade mais equilibrada e saudável.

Deixe um comentário

Arquivado em Pensamentos

Dom Quixote

Acho que, no lado das esquerdas, serei sempre visto como um Dom Quixote por não me furtar de fazer duros questionamentos à Big Pharma. Todavia, hoje em dia parece obrigatório ao campo democrático e progressista vestir a camiseta das vacinas, e qualquer crítica mais séria sobre este tema é vista como uma “traição”.

Tudo isso porque o tema “vacinas” se tornou um tabu alicerçado no desespero das pessoas diante do inimigo invisível – mas com resultados dramáticos e visíveis. Com isso se permitem inúmeros deslizes éticos (vide fundação Gates em África) com a desculpa de que os fins (salvar a humanidade) justificam os meios (abusos, coerções, danos irreversíveis, mortes, etc).

Pior…. tudo isso ocorre sob o rótulo de “Ciência”, como se a ciência fosse uma entidade mítica e monolítica, e não uma medusa com milhares de cabeças, cada uma delas com suas pesquisas conflitantes e contraditórias. E isso que não estamos citando a corrupção evidente na ciência inserida no capitalismo, que faz com que o pesquisador Peter Gotzsche (Fundador da Cochrane Library) não tenha pruridos para chamar a indústria farmacêutica de “Máfia” e Márcia Angel (editora durante duas décadas do New England Journal of Medicine) se permita dizer que é impossível acreditar em estudos e pesquisas contemporâneas.

Mas… questionar – a ética, os custos, a segurança, a aplicabilidade, a eficácia, etc – das vacinas ainda é tratado como bolsonarismo e terraplanismo. Na verdade esta postura não passa da aplicação de um dos princípios mais importantes da ciência: o saudável ceticismo. Aliás, o mesmo que nos fez desconfiar da Cloroquina como “bala de prata” e panaceia universal.

Deixe um comentário

Arquivado em Ativismo, Medicina

Vacina ruça*

Qualquer medicação oferecida (e vacina é remédio também) que não tenha uma experimentação de seus efeitos deletérios – e até letais – em humanos, em curto, médio e longo prazos, é um tiro no escuro. Ponto.

Podemos estar diante de um gigantesco fracasso, premidos pelo tempo e por interesses econômicos gigantescos. E não seria a primeira vez, inclusive com estes vírus respiratórios. Os fracassos do passado com estes virus deveriam servir de alerta.

Mas… as desculpas perfeitas já estão dadas, e todas já sabemos. “Sim, morreram X pessoas por ação direta da vacina, e outras Y ficaram seriamente danificadas (como as causadas pela vacina da gripe), mas segundo as projeções, sem a vacina morreriam milhões de pessoas. Portanto, essas vítimas foram os heróis que se sacrificaram pelo sucesso da vacina e por milhões de vidas salvas“.

Já está determinado o sucesso da vacina: qualquer número de vítimas será menor que a criatividade matemática das mortes presumidas; basta usar as “projeções” catastrofistas como escudo.

O mesmo artifício é usado há décadas para desculpar a ditadura militar, sacaram? “Sim, muitos foram torturados e tantos outros morreram, mas “segundo nossas projeções”, morreriam muitos mais pelas garras do comunismo“.

Além disso, ter uma postura crítica contra vacinas é ser “terraplanista”, desdenhar da ciência, ser adorador do Trump, como se as vacinas – um negócio multibilionário, por “curar” pessoas saudáveis, um mercado do tamanho do planeta – fosse o único lugar onde a “máfia da indústria farmacêutica” (palavras de Peter Goetsche e Márcia Angel, da Cochrane e do New England Journal of Medicine, respectivamente) é ética, correta, e transparente.

A mitologia das vacinas, um campo que ninguém no Brasil ousa questionar, acaba gerando um vácuo de debates porque NENHUM profissional se dá ao direito de jogar uma luz sobre os inúmeros elementos criticáveis da aplicação de drogas e elementos químicos em pessoas saudáveis.

Entendem? O inimigo nunca é visível e a gente acaba permitindo “ciência apressada” por medo de nada fazer.

E veja, apenas por escrever esse desabafo em nome da boa ciência e da ciência livre do controle capitalista, já vou ser tratado como “antivacinista“, terraplanista ou de direita trumpista (logo eu que sou comuna).

Ahh… e quem quiser tomar uma vacina testada em 40 pessoas (raça?, cor?, doenças concomitantes?, background?, só russos? quanto tempo de observação?) que o faça. Eu, que sou do grupo de risco, farei parte do antigo grupo de sobreviventes cujas mães não usaram Talidomida, Raio X na gestação e nem dietilbestrol. Ou dos caras que se recusaram a usar Vioxx por terem ouvido falar que os estudos que alertavam do perigo foram escondidos em uma gaveta do laboratório.

Lembram quando diziam que a ação da Cloroquina “in vitro” não podia ser extrapolada para “in vivo”? Nada mais correto que isso, mas por que deveríamos achar que, para vacinas feitas às pressas, esse critério é menos importante?

Quem sabe usamos os mesmos critérios rígidos que demonstraram a inefetividade da Cloroquina também para avaliar a qualidade destas vacinas – oferecidas a nós sem comprovação em larga escala. Não parece justo?

Quem quiser que se arrisque…

* Para o Houaiss, o significado é de “complicado, cheio de adversidades, de dificuldades; perigoso, apertado”.

Deixe um comentário

Arquivado em Medicina

Cloroquina, a droga da direita

Entrei em uma conversa numa página que criticava o uso da Cloroquina com a tese de que não há evidências de que esta droga produza benefícios, além de existirem suspeitas fortes de que seus efeitos colaterais suplantariam seus possíveis efeitos benéficos. Nada a discordar deste tipo de postura, por certo.

Resolvi, entretanto, responder dizendo que o mesmo comportamento de desconfiança com a Cloroquina deveria nos nortear em relação às vacinas – que estão sendo produzidas às pressas, nas coxas, e sem qualquer garantia de eficácia “in vivo” ou de que seus efeitos colaterais suplantam seus possíveis benefícios. Para mim é fundamental cultivar a coerência diante destas soluções exógenas criadas para tratar um desequilíbrio que – ao meu ver – tem relação com nossa ação destrutiva com o meio ambiente.

Sem surpresa fui atacado por pessoas desta página porque (ahhh, a velha falta de interpretação de texto!!) acreditaram que meu comportamento cioso com relação às vacinas (que estão para ser colocadas no mercado a “toque de caixa”), significava uma defesa da Cloroquina. Em verdade, era apenas um pedido de coerência. Se ainda guardamos na memória os desastres que já aconteceram com o uso insensato de drogas, deveríamos multiplicar nosso cuidado com uma vacina sem garantias. Não esqueçam da Talidomina, dietilbestrol, Vioxx, Rx na gestação, etc…

Porém, o que mais me chama a atenção nessas manifestações é a equação simplificadora presente nas mentes mais ingênuas. Para estes – que são até da esquerda!!! – a Cloroquina é uma droga de “direita”, pois o Bolsonaro e o Trump a defendem (ok, esquecem que Maduro, o cruel comunista, também). Por seu turno, as vacinas são de “esquerda”, porque são feitas por “cientistas”, que usam a ciência como ferramenta, sendo esta filha da razão, que é claramente de “esquerda”, em contraposição ao “misticismo” e ao “obscurantismo” que são de “direita”.

Se é importante combater a chaga do negacionismo – na história, na política e nas ciências – também é essencial entender como esta colocação de antípodas é absurda. A ciência NÃO é de esquerda, e nem de direita. Ela é apenas uma ferramenta para solucionar problemas. As vacinas, por exemplo, são medicamentos produzidos pelas indústrias mais poderosas do mundo capitalista, tanto do ponto de vista do imaginário popular quanto dos poderes sobre os governos. Achar que as vacinas – ou qualquer outra droga – representam a “Ciência” é uma conclusão tosca, em especial num planeta em que o sistema capitalista é dominante. Vacinas são drogas como quaisquer outras e sobre elas devemos ter a mesma exigência de segurança e eficácia.

A retórica das esquerdas precisa se aprimorar. A Cloroquina não é uma droga do “mal”, ou “conservadora”. Ela apenas é inútil para o uso nesta pandemia, pelo menos até onde os estudos recentes comprovam – o que pode até mudar. Para as vacinas, o mesmo raciocínio isento e equilibrado deve ser utilizado: tudo bem, desde que sejam adequadamente testadas e comprovadamente eficientes para oferecer proteção à população (tarefa que dura muitos anos para se alcançar), mas enquanto isso teremos apenas um remédio “mágico”, sem comprovação – como a Cloroquina.

Deixe um comentário

Arquivado em Medicina, Política

Vacinas à jato

Está todo mundo comemorando um remédio produzido às pressas, sem controle, sem avaliação de segurança, sem padrões mínimos de efetividade garantida e após uma onda de desinformação e pânico mundiais que foi no mínimo “estranha”? Isso me lembra o Tamiflu, que gerou milhões de dólares para a empresa farmacêutica do Donald Rumsfeld, e que agora sabemos tinha a mesma eficácia do AAS…

Não acham que estão comemorando um “negócio da China”, mas não para nós? Quem vai lucrar com o nosso medo, mais uma vez?

Lembram da pílula do Câncer que foi detonada até no Fantástico por não seguir as normas e os tempos determinados pela boa pesquisa médica para um uso seguro e uma eficiência comprovada? Pois agora, os mesmos que detonaram seu uso saúdam quando em poucos DIAS uma empresa israelense avisa que tem uma vacina para o corona vírus.

Coerência, Senhor, coerência.

Parece que o que vale mesmo são os zilhões de dólares de lucro pela venda de uma droga sem eficácia ou segurança comprovadas que chega ao imaginário popular após uma “campanha” muito consistente de pânico mortal pelos inimigos invisíveis de sempre. Primeiro instala -se o pânico; depois vende-se a cura sem nenhuma comprovação, apenas premidos pela urgência. Antes foi o Tamiflu a enriquecer muita gente, agora serão vacinas feitas nas coxas.

Deixe um comentário

Arquivado em Ativismo, Medicina, Violência