É sempre curiosa a reação da direita sobre este tipo de notícia. Parece que, para as pessoas ligadas ao conservadorismo nacional, estes fatos escandalosos não fazem qualquer diferença para o conceito que guardam desses políticos. Na cabeça do direitista padrão, o feminicídio, a corrupção, o parlamentar abusador, o deputado que deu tiros na namorada, a incompetência, a tragédia por descuido com a coisa pública ou a simples falta de resultados positivos no governo são irrelevantes; parecem não causar qualquer efeito negativo. Aposto como o Governador Caiado, mesmo que seu braço direito esteja envolvido em um caso de tamanha gravidade, não vai sofrer queda na sua popularidade. Não importa o tamanho do escândalo; para os seguidores da direita o que conta é combater o comunismo, atacar falta de Jesus na esquerda, defender a família e questionar os banheiros neutros.
Ou seja, para esta franja à direita da própria direita, os resultados positivos do governo Lula são desimportantes – ou falsos. O que conta é sempre uma versão fantasiosa e moralista da realidade, onde os comunistas (ou seja, qualquer coisa que possa se encaixar nesse conceito) são sempre seres malignos que desejam destruir a estrutura da sociedade ocidental. A crítica, como sempre é moral, tenta atingir a honra e o caráter de qualquer sujeito à esquerda. Para estes moralistas uma realidade paralela é construída; neste mundo criado, qualquer ação social dos governos da esquerda (como o programa Pé de Meia, que objetiva manter as crianças na escola), existe sempre um interesse malévolo e maligno, cujo único interesse é criar currais eleitorais, comprar votos, ideologizar a escola, etc.
Com esse nível de irracionalidade, é impossível estabelecer qualquer debate decente. A pressão precisa vir da população, extirpando estes oportunistas do cenário político brasileiro.
Precisou os desastes em sequência e a nova eleição de Trump para que acadêmicos decidissem surfar no desastre dos movimentos “woke”. Há mais de uma década que a esquerda revolucionária denuncia que essa “esquerda de costumes” dentro da “esquerda liberal” nada mais é do que uma estratégia da direita para a fragmentação da classe operária, impedindo sua organização. Mais do que distintos, a esquerda anticapitalista e os movimentos identitários são opostos, pois partem de perspectivas que se contrapõe; de um lado as identidades e os sujeitos, enquanto do outro a união da sociedade em torno da luta de classes. É razoável pedir que os identitários encontrem a expressão mais fidedigna de sua visão de mundo na direita liberal, pois seu discurso é mais adaptado a esta vertente do pensamento. Para a esquerda raiz, as lutas antirracista, feminista, anti-xenofobia, etc., não podem ocorrer apartadas da luta de classes e o fim da propriedade privada; não existe possibilidade de vitória por qualquer desses grupos oprimidos que possa vicejar dentro do capitalismo e do imperialismo.
Monark é um jovem tipicamente paranoico. Sua perspectiva de mundo é perturbada, fanatizada, unívoca e sem materialidade. Ele muito se assemelha a jovens cooptados pelas religiões, cujas ideias circulam em torno de uma crença central e nem a realidade visível é capaz de demovê-los de sua perspectiva. No lugar do demônio, o Estado; no lugar de Jesus, a “liberdade”, e não importa que isso não se perceba no mundo de verdade; a ilusão é mais forte e intensa que o real. Eu sequer acho que Monark seja de “direita”; ele é um anarco capitalista ingênuo, com ideias estapafúrdias, ideações persecutórias e uma visão de mundo ilusória onde o Estado malvadão não deveria ter qualquer importância e o Mercado a tudo deveria direcionar e regular. Conheço alguns adultos assim, e não acho que estas pessoas devam ser censuradas. Entretanto, o Monark era uma figura apenas folclórica antes do ataque insano de personagens malévolos como o Alexandre de Moraes. A perseguição verdadeira pode destruir psiquicamente um sujeito que já é, estruturalmente, paranoico.
O seu sofrimento é nítido e inquestionável, sua dor é palpável. Os ataques a pessoas com ideias aberrantes, longe de curar seus problemas, acentuam suas radicalidades. A maneira pela qual tratamos Monark, através da censura e agora do deboche, mostra o caráter autoritário tanto dos ministros do supremo quanto, infelizmente, de boa parte da esquerda liberal. Nunca houve, na história da humanidade, uma ideia que tenha sido sepultada pela censura, mas boa parte das ideias – mesmo aquelas aberrantes que nos atormentaram – foram fortalecidas pela tentativa de silenciá-las.
Eu sei o quanto isso soa cafona e piegas, mas o Monark precisa de um abraço, e isso não significa concordar com suas ideias, muito menos deixar de combatê-las com rigor. Se isso não for possível, acredito que interromper as mentiras e os ataques insanos da justiça burguesa sobre ele o ajudariam muito.
Sim, é verdade que encontraram a minuta do golpe no gabinete de Bolsonaro, com as explicações para a tomada violenta do poder por parte da direita raivosa e ligada aos interesses imperialistas. Isso parece ser suficientemente grave para reconhecer que Bolsonaro tinha interesse em golpear a frágil democracia brasileira ao lado de seus comparsas da caserna. E não apenas isso: as provas materiais contra Bolsonaro se avolumam, não deixando qualquer dúvida de que ele planejava se manter no poder por meios obscuros e até violentos. Entretanto, não resta dúvida que as redes de comunicação do Brasil – Globo, Record, SBT e Band – também já tinham preparados, nas gavetas de seus executivos, os seus editoriais para divulgar em rede nacional no dia posterior ao golpe. Neles veríamos as explicações para a adesão ao ataque contra a democracia e, mais uma vez, a justificativa seria a “defesa da democracia” contra os interesses “comunistas”, para combater a “ditadura do judiciário” e o “mar de lama” da corrupção do PT. Seriam implacáveis com o Partido dos Trabalhadores e a esquerda, colocariam Lula e Alexandre de Morais na prisão e criariam do ar um apartamento, um barquinho de lata ou uma ligação com o PCC para jogar o povo contra seu líder.
Portanto, o combate ao bolsonarismo, como se ele fosse a origem do mal e o grande risco à democracia, é de uma ingenuidade inaceitável. Antes mesmo de Bolsonaro, o STF deu mostras de ser um órgão corrompido e politicamente orientado, legislando (sim, criando leis em estilo livre) sempre que os seus interesses foram ameaçados. Foi assim no golpe de 64, no mensalão, no golpe contra Dilma e na prisão criminosa de Lula, bastando lembrar o voto de Rosa Weber pela prisão do ex-presidente, uma das maiores vergonhas do judiciário brasileiro de todos os tempos, que rivaliza com a frase da mesma ministra no seu voto no julgamento do Mensalão: “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”.
Já Bolsonaro não passa de um idiota útil para a direita. Não existe nenhum intelectual conservador ou liberal que tenha respeito pelas suas capacidades de liderança ou pelas suas inexistentes qualidades morais ou intelectuais. Bolsonaro é a Geni da direita: desprezado, mal visto, desconsiderado, mas ao mesmo tempo popular e sedutor para uma parcela considerável da população, aquela que cai facilmente no discurso de força e de autoridade que viceja nas democracias liberais decadentes – vide França, Itália, Inglaterra, Polônia, Hungria. Isso atrai as massas deserdadas pelo capitalismo que adoram um ditador “mão forte”, vingativo, que represente o poder fálico do qual se ressentem, basta lembrar de Adolf e Benito. Mas bem o sabemos que Geni, da obra de Chico Buarque, não tinha poderes, apesar de ter sido incensada pelos poderosos e tratada como rainha quando foi necessária ao sistema. Na verdade ela era apenas o marionete de decote avantajado, manipulada pelos poderosos que estavam por trás de suas ações, os burgueses da cidade.
A cidade em romaria Foi beijar a sua mão O prefeito de joelhos O bispo de olhos vermelhos E o banqueiro com um milhão Vai com ele, vai Geni…
Portanto, à esquerda não cabe a tarefa de se postar como mero contraponto ao bolsonarismo. Quando este personagem for finalmente soterrado, outro pateta útil será colocado em seu lugar, e aqueles que outrora o aplaudiam, que o exaltavam e se acercavam dele, vão tratá-lo como um lixo, uma excrescência, algo a ser esquecido e até amaldiçoado.
Mas logo raiou o dia E a cidade em cantoria Não deixou ela dormir Joga pedra na Geni Joga bosta na Geni
Já tivemos Joaquim Barbosa, Dalanhol e Moro ocupando esta posição, os quais, sejamos francos, seriam muito mais danosos ao povo brasileiro do que o ex-militar bunda suja. Eles têm a mesma vinculação com o imperialismo e com a burguesia brasileira, mas não possuem o carisma dos ídolos da direita como Orbán, Netanyahu, Trump, Bukelele, e o próprio Bolsonaro. E ao lado destes ícones do neofascismo sempre esteve a imprensa corporativa, do Brasil e do mundo, sem exceção, apoiando ações golpistas em nome de seus interesses. Aqui na aldeia ela esteve ao lado de Bolsonaro, pelo menos enquanto a tragédia do seu governo ainda podia ser sustentada. Como esquecer a “escolha difícil” do Estadão?
A solução para o Brasil é resistir à tentação de atacar Bolsonaro como se fosse a “origem de todo o mal”, mas educar o povo, mostrando que a solução será pela luta de classes, inobstante o espantalho que seja colocado pela burguesia para manter intocados seus poderes.
A vitória de Milei na Argentina vai reprisar o filme de terror que vivemos com o fundamentalismo neoliberal cristólatra que vivemos no Brasil. Será o caos para os hermanos, mas parece mesmo que os povos precisam passar por certos desastres para entender o significado e a importância da luta de classes. Agora, que eles estejam preparados para os mesmos capítulos de arrogância, estupidez, perda de patrimônio público e destruição econômica.
Vamos deixar claro que quem elegeu o Milei na Argentina não foi a extrema direita, nem os fascistas. Quem garantiu essa vitória foi a direita limpinha, os “centristas”, o pessoal que tem medo do comunismo, a classe média esmagada pela inflação. Agora todos seremos atingidos, direta ou indiretamente, pela grosseria explícita de um ancap descabelado e boquirroto. Mas é errado tirar essa responsabilidade da direita que, sempre que sente medo ou está sob ameaça, se abraça nos fascistas e nos golpistas. Não esqueçam que “um liberal é um fascista que ainda não foi assaltado”, ou ainda, alguém que carrega o fascismo como colete salva vidas, para vestir sempre que a água bater na bunda.
Por muitos anos fui atormentado por esta contradição: o movimento de humanização do nascimento se adapta – e é mais bem acolhido – entre conservadores. Durante décadas eu vi parteiras americanas conectadas com grupos cristãos de caráter extremamente conservador e achava bizarro que assim o fosse. Em minha cabeça comunista eu pensava: como pode ser possível que um ideário que me parece libertador e conectado aos direitos humanos mais básicos pudesse ter ressonância com mulheres à direita no espectro político?
A resposta que pude elaborar – ainda que parcial e incompleta – se encontra no fato de que a humanização do nascimento sempre colocou uma enorme importância na maternidade e na amamentação, funções especificamente femininas que os movimentos feministas sempre trataram com reserva – para não dizer, contrariedade. Para estes grupos a emancipação da mulher passa pela liberdade econômica, a competitividade em campos outrora dominados pelos homens e o poder social conquistado na arena das disputas profissionais. Mulheres queriam o dinheiro e o poder para comprar sua “alforria”, sua independência, para serem donas do seu destino. Por certo, não há como criticar seu desejo legítimo. Todavia, parto, nascimento, puerpério e amamentação jogam as mulheres no universo de sua biologia, nos compromissos ancestrais com a espécie, no corpo, na sobrevivência, na “dívida” que as mulheres tem com sua raça. Impossível não entender o quanto esse mergulho na essência feminina mais bruta e primitiva significa um anteparo às suas legítimas aspirações de autonomia.
Desta forma, qualquer movimento que tente debater, esclarecer, problematizar e questionar a suprema invasão tecnológica do nascimento contemporâneo “desnaturado”, ou seja, retirado da natureza e da integralidade destes processos, estará funcionando como um anteparo à utopia libertária da mulher, pois estará enxergando seu corpo através de um prisma mais ligado à sua natureza e sua essência. Levei anos tentando entender e lidar da melhor maneira possível com estas contradições, mas creio que a compreensão histórica dessas lutas é sempre uma ferramenta fundamental para o seu entendimento.
Recomendo o documentário “A Lavagem Cerebral do meu Pai”. Todavia, apesar da qualidade e da profundidade das entrevistas, reconheço que, por ter sido realizado nos Estados Unidos, ele perde um dos pontos mais essenciais do debate sobre a influência da mídia sobre o cidadão comum. A mídia é sempre a semente que é lançada sobre a população, carregada de ideologia, com a potencialidade de crescer e se multiplicar. Entretanto, para que a semente possa germinar é necessário que exista um terreno fértil e acolhedor, e só assim a semeadura terá êxito.
Se a propaganda fosse suficiente para a mudança de padrões de comportamento, bastaria fazer propagandas diárias contra a violência doméstica, contra latrocínios, abusos de cesarianas ou corrupção. Infelizmente (ou felizmente) o terreno é essencial, sem o qual a propaganda atinge a rocha dura e impenetrável das nossas seguranças.
O surgimento da direita feroz americana só pôde ocorrer pelas crises sistemáticas e recorrentes do capitalismo, produzindo um sentimento de ressentimento e rancor que atinge, em especial, os homens de meia idade, traídos pela promessa de serem o sustentáculo de suas famílias. Há uma crise do capitalismo conjugada com a crise do patriarcado, produzindo um contingente gigantesco de homens desorientados, cuja falta de norte os leva à violência – inclusive a violência política. Portanto, ao se analisar o crescimento de Fox News ou Alex Jones nos Estados Unidos (ou Rede Globo e Alan dos Santos no Brasil) é necessário entender o contexto de crise dramática do sistema capitalista, em especial a partir dos anos 80 e da aventura neoliberal iniciada por Thatcher-Reagan. Olhar para as hordas de homens de meia idade e suas senhoras amontoados na praia de Copacabana no 7 de Setembro pode ajudar a entender o que os move.
O que vemos hoje se reproduzindo no Brasil com o ódio bolsonarista, o império das Fake News e das mentiras, as famílias divididas por sujeitos de extrema direita disseminado ideias extremistas (racismo, xenofobia, homofobia, etc.) é a herança nefasta dos estertores de um sistema econômico quase defunto, cujo corpo apodrece ao ar livre até que seja retirado. Nas palavras de Antonio Gramsci, “O velho resiste em morrer, e o novo não consegue nascer”. Esse é o mundo em que estamos inseridos, escutando o tic-tac que fará o planeta explodir.
Por outro lado, o documentário mostra a impressionante máquina da imprensa burguesa americana ocupada na lavagem cerebral de milhões, fazendo com que creiam nas mais absurdas teorias, nas mais rotundas mentiras e nas mais inacreditáveis fantasias. Também mostra como, vencida a etapa dos jornais e da televisão, o novo campo de disputa é a Internet e as redes sociais, e para este tipo de batalha a modernidade precisa estar preparada.
Que impacto seria produzido se cortássemos o salário dos políticos pela metade? O que isso representaria em dinheiro para o país? Por que deveríamos cortar o salário de políticos e não de presidentes de estatais, funcionários graduados, juízes e membros do MP?
Com sinceridade, a tese que coloca o salário dos políticos como “o problema” é uma bandeira da direita. O sonho dos extremistas do Estado Mínimo é que políticos trabalhem de graça, porque desta forma apenas os empresários e ricos poderiam exercer essa função, pois não precisam trabalhar para ganhar seu sustento.
Culpar desta forma os políticos e seus salários é um discurso que tenta atingir a POLÍTICA representativa liberal, e serve aos interesses autoritários.
PS: claro que alguns abusos devem ser cortados, como permitir que políticos populistas e reacionários aluguem BMW com dinheiro público. Ou as verbas de gasolina. Ou tantas outras falcatruas inaceitáveis. Mas culpar seu salário pelos problemas no Brasil é absurdo, ou oportunismo…
“Essa é a genialidade da Direita: fazer o preto e pobre acreditarem que o inimigo é outro preto, outro pobre, para que a gente não perceba que 1% dos brasileiros concentra 28% de toda a riqueza que o país produz. Atacamos nossos iguais, artificialmente colocados como distintos, para que os mesmos continuem lucrando com nossa miséria. Matamos uns aos outros para que a verdade permaneça escondida.”
Andrade Moraes, “Correio de Itapirubá”, coluna de política, pag. 135
Não vejo possibilidade em curto prazo de uma modificação substancial no perfil dos médicos e da própria Medicina no Brasil. Minha descrença é fácil de entender, basta ver de onde vem os alunos da medicina. Eles são egressos das melhores escolas, dos melhores cursinhos preparatórios, são filhos das famílias que podem bancar esses anos de estudo, tem sobre o corpo a “melhor” cor de pele e as famílias possuem o melhor saldo bancário. É possível dizer o mesmo do judiciário e do Ministério Público, onde verdadeiros feudos dominam o cenário da justiça. A esquerda é francamente minoritária nesses cursos superiores e certamente nas corporações. E essa minoria é muito pequena MESMO.
Sou capaz de contar nos dedos da mão os colegas claramente de esquerda que conviveram comigo durante anos de percurso pela medicina. A imensa maioria tem discurso e atitude meritocrática, acreditam piamente que estão cursando estes cursos apenas pelo seu esforço pessoal, deploram o socialismo e suas vertentes, apoiam o fim do SUS, aplaudem PPP (parcerias público-privadas) na saúde, acreditam no paradigma tecnocrático da medicina de forma quase religiosa, acham que a iniciativa privada é superior (mesmo alguns tendo sido empregados do Estado a vida inteira), acreditam que os médicos são “especiais” e merecem privilégios e enxergam a saúde pública e a medicina de família como espaços menores da atuação médica – quando comparadas com especialidades tecnológicas como neurocirurgia, medicina por imagem ou algumas novidades mercantilistas.
Não acredito que o pequeno número de médicos com consciência de classe e com uma visão progressista e popular farão diferença em curto prazo. O que precisamos é de uma reformulação no ingresso e a abertura de “faculdades populares de medicina” para produzir novos médicos educados dentro do paradigma social e com ênfase na saúde pública e na prevenção. Questionar e aprofundar a crítica à visão capitalista e elitista da medicina deve ser uma grande tarefa para o século XXI.
No nosso atual contexto a corporação médica é reacionária, elitista e alienada em sua grande maioria, e alguns setores são francamente fascistas – bastam 5 minutos na comunidade “dignidade médica” para confirmar isso.
O Brasil precisa de uma medicina para seu povo, ligada às comunidades, e não uma profissão adjuvante das empresas de saúde e da fabricação de drogas.